Estudos &
catálogos — mãos
Dos
leitores
Pedro Rogério
Prezado Soares Feitosa.
Agradeço o envio do Jornal de Poesia, contendo o exuberante
Estudos & Catálogos - Mãos. Maravilhosa viagem pelo sertão de nossa infância. Magnífico trabalho de artesanato da palavra escrita. Mande-me
mais. Fiquei admirador do seu imaginoso texto guimaraesroseano.
Abraço cordial do Pedro Rogério.
Paulo
Cauim
Estudos
& Catálogos - Mãos
Soares
serifa
vogais
d
e
Rimbaud
a
ferro
Erige
ambiências
Tempo
água
queijos
couro
Catálogo
d
e
catálogos
logos
galos
cabrais
Teu
olhar
formigueiro
no
catálogo
das
profecias
me
remete
à
caranguejeira
que
atravessa
a
rodagem
Teu
texto
xadrez
d
e
xerém
miríade
d
e
abois
Quentes
catálogos
das
mãos
entre
as
víceras
no
catálogo
acaso
das
mãos:
as
mãos
são
mais
velozes
que
o
mouse
[De
mãos
das
com
o
leitor]
Atravessa
Feitosa
o
inferno
contemporãneo
e
nos guia
até
o paraíso
de
juazeiros-livres-sem-sinucas
A
sinuca
é
apenas
o
prefácio
Estudos
& Catálogos - mãos
um
texto escrito
por
Doidinho
José
Lins do Rego
depois
de adulto
Você
inventou
o
prefácio-prelúdio (aquecimento) antes
de
o leitor
todos
os
outros
movimentos
No
prefácio-prelúdio
temos
de ir de vau a vau
a
grande travessia
[
R e c o r d e l ]
Soares,
em
que estante do tempo
você
deixou arquivado o catálgo
de
por-sobre-sempre-por-sobre
[d'Ele
d'Ela]
?
Brasília,
2 de março de 2004
Grande
abraço
Paulo
Cauim
Maria
Fortuna
Meu caro poeta Soares Feitosa,
Com q satisfação recebi o q vc. chama de "papés", contendo um texto seu q muito me surpreendeu! "O que o tempo há de querer, já conhecia. Já havia lido suas inesquecíveis poesias no site Jornal de Poesia, onde navego familiarizada com um terreno em q minha alma teima construir sua morada eterna. Agora me vem as mãos algo que mexe com minha memória poética, pois meu pai, velho cearense João Evagelista de Souza Lima, autor de apenas um livro, trouxe para minha infancia de criança maranhense sonhadora e messiânica, um linguajar daqueles que conhecem a caatinga, que presenciaram um boi morrendo de sede por causa da seca. E tantas coisas mais que o prezado poeta tão bem invocou naquele texto mágico onde deixou transparecer um parentesco, próximo a Beleza, daquele intrigante neolologismo no linguajar de Guimarães Rosa.
"Há que ter sorte para abrir um livro. Abri-lo na página certa. De gostar ou não gostar" . E eu gostei muito do que
li. Senti o borbulhar da minha raiz cearense e agradeci a Deus por ter alguem, com tanta sensibilidade, preservando a linguagem crepitante do sol da seca nordestina, aspergindo a àgua da poesia. Refrescando, deixando chover palavras de bom augúrio.
Obrigada por entrar no site do Fausto Wolff e ali ler meu artigo "O pivete".
Parabéns!
Um grande abraço
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