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Lustosa da Costa
Bio-bibliografia
Jornalista profissional desde 1954, tendo iniciado suas atividades no Correio
da Semana, em Sobral, no estado do Ceará, principal cenário dos vinte e oito
livros que publicou, inclusive dois em Portugal, Vida, paixão e morte de
Etelvino Soares e Clero, nobreza e povo de Sobral.
Lustosa da Costa era formado em Direito e foi professor de Sociologia
brasileira da Universidade Federal do Ceará, procurador do IPASE e técnico
em comunicação da Câmara dos Deputados.
No Correio da Semana, de Sobral (CE), em 1954, Lustosa escreveu seu primeiro
artigo sob as iniciais L.C., a respeito da ascensão de Café Filho à
Presidência da República.
Em Fortaleza, foi repórter político e trabalhou na TV Ceará e na Ceará Rádio
Clube, todos veículos dos Diários Associados. Ocupou o cargo de editor-chefe
de Unitário e do Correio do Ceará, antes de se transferir para Brasília,
onde, durante 14 anos, foi repórter político da sucursal de O Estado de S.
Paulo e do Jornal da Tarde, além de comentarista político do Correio
Braziliense (o primeiro periódico genuinamente brasileiro, porquanto
lançado de início em Londres). Até seu falecimento (2012), era colunista
político do Diário do Nordeste, em Brasília.
Em 2000, elegeu-se para a Academia Brasiliense de Letras e ganhou o Prêmio
Ideal Clube de Literatura com a obra Rache o Procópio! Em 2002, lançou,
na Embaixada do Brasil em Lisboa, a edição portuguesa do livro Vida, paixão
e morte de Etelvino Soares, que recebeu elogio de nomes como Alice Raillard.
Em 2008, teve sua vida contada em duas biografias: Lustosa da Costa, uma
biografia (2008, relançado em 2021), de Renato Barros de Castro e Itinerário
de Lustosa da Costa: causos e trajetória (2008), de Luiza Helena Amorim.
Lustosa da Costa é dono de um estilo único, com enorme capacidade de síntese
e dono de um humor, ironia e sarcasmo surpreendentes. Seu modo de narrar,
de forma leve e cativante, o levou a ser comparado não sem razão a Aldir
Blanc e Mário Prata, além de ter convivido com outros grandes nomes da
literatura nacional e internacional, a exemplo de Jorge Amado, Mia Couto
ou José Saramago. Historiador e, ao mesmo tempo, personagem da história
política, cultural e social do Ceará e de Brasília, teve sua vida contada
em duas biografias, uma delas relançada em 2021: mais do que nunca, antigos
e novos leitores poderão conhecer a vida e a obra deste grande nome do
jornalismo e da literatura nacional, acompanhando histórias bem-humoradas
tanto do seu cotidiano como a do país onde acompanhou de perto fatos marcantes
de toda uma geração.
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