Livros, papel ou tela?

Barros Alves

Hoje, 19.07.2023, o meu amigo, poeta Barros Alves, publicou artigo em O POVO, CE, reabrindo o debate livros de papel-e- tinta versus livro digital. Ele, radicalmente a favor do livro de papel; eu, a favor do livro digital. Eu, quem? O Adv. Francisco Feitosa e o poeta Soares Feitosa, ambos a mesma pessoa, colega de Sócrates, porque também filho de parteira, Anísia, véia minha mãe, de muita saudade.

Barros Alves, quem? Também advogado e poeta, bibliófilo do papel-e-tinta, daqueles de alisar um livro velho, quanto mais velho, melhor, e ainda perguntar pela primeira edição, disposto a qualquer preço. Alves conta que comprou um Kindle mas o rebolou no matagal, lá longe. Conto que não temos, o advogado e o poeta, eu, duas pessoas numa só, nenhum livro em papel-e-tinta.

— E agora?

Bom, não precisamos falar das vantagens do livro de papel-e-tinta que todo mundo sabe o que é. Uma propaganda das editoras de papel-e-tinta: Não precisa de energia, nem de internet: basta abrir, folhear, espiar as figuras e ler; pode riscar e anotar; com lápis é melhor, para apagar depois (ou não).

Livros digitais, alguma explicação: O método antigo, na máquina xerox, "esqueixelava" o livro e copiava, em folha A4, as duas páginas do livro aberto; encadernava, espiral de arame ou de plástico, um “livro duplo”, duas páginas em cada folha, na horizontal, péssimo de manusear. Eram os livros "copiados", que muito aliviavam o bolso dos estudantes. Defeito maior, uma cópia do tipo foto, sem os recursos do livro digital, de que já falaremos.

O livro digital, Amazon, iBook e Google, dentre outros? Excelentes! Perfeitos para ler em qualquer dispositivo eletrônico, inclusive no celular, o telemóvel como o chamam em Portugal.

Ler no celular?

Sim, que hoje toda e qualquer leitura, regra geral, começa mesmo é pelo celular, o que eu chamo de "pré-leitura". Rapidamente no celular, uma geral e, interesse houver, ler no tablet ou no computador. Dá para ler no celular? Sim, com um mínimo conforto, tanto melhor se virá-lo à horizontal! Funciona.

Esses livros digitais, Amazon e congêneres, uma digitalização profissional, letras de ótimo tamanho, programável facilmente para mais ou para menos; a cor da tela com várias opções, branca, creme etc e tal, conforto absoluto. (Botei aqui um fundo de tela, em prol do conforto)

Falemos agora do ponto alto do livro digital: O mecanismo de buscas! O famoso "Control-F", ou o ícone de buscas (formato de lupa), basta clicar e digitar o que lhe interessa pesquisar, eficiência total. O livro digital é simplesmente ótimo, no quesito buscar-e-achar!

O meu amor pelo livro-objeto é… nenhum. Sou essencialmente um "conteudista", mas sei entender os que se apegam ao objeto. Os colecionadores, o “tipo cinco” do Enneagrama, mas isto é outra história.

Seriam eles, os colecionadores, inimigos da cultura? Sim e não.

Aquele que mantém milhares de livros sob a cláusula “não vendo, não troco, não empresto”: aprisionam os livros, privando-os do acesso a quem quer ler. Uma herança colonial, poucos sabiam ler; donde, conclusão, muitos e muitos livros, belíssimas estantes, dorso em letras de ouro: status. Inimigos, sim, dos piores.

Dia destes, na TV, um doutor-juiz, audiência on line, filmada para o mundo, caiu-lhe o “painel desenhado” de “livros a mancheias”, tudo de mentirinha, risadaria geral, a autoridade tentando agarrar o painel, cai-não-cai, “pei”, no chão, quase por cima dele, bem na unha encravada, lá nele. Era um madeirite pintado, de livro nenhum, só as figuras, um "espantalho". Até ele riu.

Biblioteca Cururu

Por conta dessa ideia, "livros prisioneiros", com o poeta Rodrigo Marques fundamos, há uns vinte anos, a Biblioteca Cururu, que pretendia distribuir livros a torto e a direito, com uma etiqueta pedindo que a aquele livro, gratuitamente recebido, não fosse entesoirado; pelo contrário, passado adiante a novos leitores, mais e mais vezes. Fizemos, real, três “curuzagens”, Faculdade de Letras, Fortaleza, CE. alguns milhares de livros distribuídos.

Veio-nos a ideia de que, em vez de distribuí-los zonzos, a novos “entesoiradores”, o melhor seria digitalizá-los, à disposição.

Uma digitalizadora HP, durou uns doze anos, eficientíssima, 60 folhas por minuto, frente e verso, 120 páginas, no modo texto, via OCR de alta qualidade, aplicativo pago, que esses gratuitos funcionam de brincadeirinha. Agora outra máquina, nova, tinindo! Os preços baixaram: uma digitalizadora de 60 folhas por minuto, mais o OCR, uns cinco/seis mil reais.

Falemos agora dos livros e processos digitalizados, escritórios, bibliotecas digitais. Não é uma cópia xerox, mas uma página/ livro/ processo, no modo texto, com o mesmo recurso Control-F.

Biblioteca Cururu

Um velhote, dos nossos, poeta Cesar Vale, cultíssimo, bibliófilo, Crateús, CE, a caminho dos 90 (eu também), disse-me:

"Poeta, um bocado de livros preciosos, vão-se acabar, com certeza, junto comigo. Vou-lhe mandar".

Mandou alguns grajaus de livros (sabe o distinto o que é um grajau?). Pois bem, em meio à velharia, a Antologia Nacional, Fausto Barreto e Carlos de Laet, caindo aos pedaços. Preciosíssima, uma das mais belas páginas da Literatura de língua portuguesa, A última corrida de touros em Salvaterra, pronto, bastou um control-F, pesquisar "Salvaterra" ou “corrida” ou “touros”, mais rápido que o relâmpago-corisco no medo da noite sem luz. Se dá para ler? Perfeitamente! Ler e aprender. Clique: Antologia Nacional.

O mecanismo de busca faz a diferença!

Outra vantagem? Mandar imprimir as páginas da corrida de touros — e outras mais que quiser, ou até o livro inteiro —, botar debaixo do braço, correr para a rede, a ler e riscar à vontade.

— Vírgula, mandar imprimir, sim e não. Sim, nas "digitalizações de pobre", estas que fazemos com os nossos papeis, livros e processos. Nos livros da Amazon, Apple e Google, nem pensar! Bloqueios totais anti-pirataria: não imprime, não copia e não compartilha. Solução: quer compartilhar um livro? No "site" de cada um, o mecanismo "presentear", passar no Caixa, indicar o email do presente, num ciscar de olho! (Alias, olhos e ouvidos, é para ciscá-los com o cotovelo, qualquer dois dois. Com o dedão do pé, pode). Presentear? Uma boa ideia!

Um recurso bem interessante que vale para os livros travados e quaisquer outros. Copiar uma página inteira, a tela inteira do computador, ou apenas um fragmento: clicar ao mesmo tempo em shift windows s — a tela ficará um pouco cinza, só um pouco; com o rato-mouse, selecionar a tela inteira ou apenas o pedaço de interesse. Pronto! Vai ao texto em que está trabalhando, Wzapp, Insta, Face, Word ou qualquer outro, dá-lhe um control-V — perfeito. Anote para não esquecer, muito fácil e muito útil.

Vantagem fundamental da biblioteca digital: a garantia contra traças, baratas, gatos e guabirus de dois e de quatro pés, estes, os guabirus, loucos por livros.

Ao tempo dos livros de papel-e-tinta, no escritório deste Advogado (Francisco Feitosa), a revista Dialética Tributária, do poeta amigo Valdir Rocha, um sufoco quando precisávamos do exemplar nº 217, cadê a revista 217? A secretária, com o ar de troça, mascarando o "muito velho", para comigo: "O senhor levou para casa, não lembra?!" "Lembro não!" A revista, o lugar mais limpo! Com as revistas, todas digitalizadas, no modo texto (essencial o modo texto, para proporcionar o Control-F), num segundo as revistas, qualquer uma, em mãos, aliás, aos olhos, para pesquisar e achar.

E se o computador pifar?

O computador e o HD podem pifar à vontade: arquivos armazenados também no Google Drive, ou no OneDrive. No Google-Drive, em torno de sete reais ao mês por 100 gigas, cabem a "Alexandria" inteira e muito mais. No OneDrive, quem for assinante do Office, um “tera”, sem acréscimo. Todos os livros e processos também no computador central do escritório, no meu e no de casa. E, evidente, com acesso via celular, tablet ou CP, em qualquer lugar deste planeta, subitamente tão pequeno, a partir da rede mundial de computadores.

Modo texto? O que é isto?

Anísia

As digitalizações antigas, tipo xerox, eram no “modo figura”, um “retrato” da página, impossível de pesquisar. O correto há de ser o modo texto. Como saber? Passe o rato-mouse na página: se marcar, é texto; se não marcar, é figura. Depois de digitalizado no modo figura, dá para converter para texto, basta falar aqui com o véio Chico, colega de Sócrates, mãe parteira e professora, braba toda!

Na livrarada de papel-e-tinta, um ( amigo/ inimigo da cultura), aqui do Ceará, disse aos jornais possuir cem mil livros e que teve que alugar uma casa muito grande para guardá-los. Custo de manutenção alto, uma equipe, se não, em pouco tempo, só o bolor, livro nenhum. Outro, do Recife, até a gata de quatro pés foi embora, não tinha mais lugar, por entre os livros, para se espichar. O dono? Cum Christo, que nós também, qualquer dia, em dia incerto.

— Do que precisamos, em termos de livros físicos?

Bibliotecas nacionais, de alto padrão, livros digitalizados, no modo texto, acessibilidade instantânea, gratuita. Sei o que padeci para encontrar O abominável cão do segundo livro, aqui lhes conto.

Falei e falei mas não contei como é essa digitalização de 60 folhas por minuto. O livro precisa ser desencadernado, isto é, cortar-lhe o espinhaço, na guilhotina, com muito cuidado em grampos metálicos. Já tenho freguesia numa gráfica local, mando a “Scannia” levar e pegar de volta, três reais cada um. Em seguida, 100 folhas de cada vez, um pouco mais, um pouco menos e, num piscar, digitalizado. A tarefa de formatar, via OCR, leva um pouco mais, uma hora, hora e meia, para cada livro. Scannia zerada e seus grajaus, ótimos para brinca e pegar livros. (Vejam a Scannia zerada, Anísia os meninos na brincadeira, muito bom demais! Essas carrocerias laterais, os grajaus, cheios, livros muitos. Quem quiser digitalizar os seus, mandarei pegar, de graça (não transacionamos dinheiros). Uma viagem a Crateús, 360km, pegar mais livros do poeta Cesar Vale? Ora, mas espie! Doze dias apenas, num instante, alforjes de paçoca de carne seca, queijo de coalho e rapadura; mais a borracha-de-sola a garantir a água da sede).

— Faço o que com os livros depois de digitalizados?

— Reciclagem! A produzir novos livros!

Aqueles com dedicatória pessoal, de grandes medalhudos? Também, afinal, a página da dedicatória: digitalizada está! (Ocorre-me agora, neste instante, criar um diretório especial, no Google Drive, só para as dedicatórias, algumas preciosíssimas, como as de Jorge Amado, Florisvaldo Mattos, Cajazeiras Ramos, Helio Pólvora, Conceição Paranhos, Gerana Damulakis, Aleilton Fonseca, Gláucia Lemos…, a ficar apenas na Cidade da Bahia, e de quem mais não lembro agora, que véi é véi, a gente nunca pode confiar).

Carlos Cunha

Conto-lhes mais, do meu desapego ao objeto-objeto: Amigo, dos mais-mais, o finado Carlos Cunha, Cidade da Bahia, convidou-me a sua casa. Muitas e muitas historinhas, livros e pássaros, ficarão para outro dia. Apenas esta: Abriu ele um baú e em meio as relíquias, uma caixinha de ouro — ou tingida de ouro. As mãos tremiam. Intensa emoção, sabendo-me ele, para mim, "NSJC nos céus e Castro Alves à Sua direita" — ele disse, tremendo os beiços: “Poeta, nesta caixinha, uma mecha do cabelo de Castro Alves. Só a você”. Muita emoção minha, pela amizade; pelo objeto, não. Eu disse: “Poeta, guarde. Castro Alves, aqui, ó! Do lado de dentro”. Emocionamo-nos, eu e ele, ambos; de que tanto, não sei quem mais dos dois. (Quem me consegue os livros de Carlos Cunha, a perpetuá-los em inteiro teor no Jornal de Poesia?).

Um poeta do Facebook, o Wendel Uchoa, louco por livros velhos, adquiriu livro meu, Psi, a Penúltima, no sebo. Queria porque queria uma dedicatória, ele em Belém, eu aqui, no Ceará. Eu disse: Farei numa folha idêntica, mandarei pelo correio. Ele disse: Só serve no livro! Contei para ele que todos os meus exemplares, medalhões e medalhudos, todos digitalizados e mandados à reciclagem.

Ele disse:

— De Jorge Amado também?

— Sim.

— Acredito não!

Assinatura Jorge Amado

Espiem, está aqui uma dedicatória de velhote Amado, que Deus o tenha em Sua gulória. O velhote sabia ler: assinalou, pescado por ele, poema meu: “Guardei todos os pássaros”. Não sei como é que se guardam todos os pássaros. Só pode ser, presumo, dentro da poesia…, desde quê. Somente nesta gaiola do “desde quê”, cabem tantos. Um é ele, Jorge; o outro, Carlos Cunha. Do lado de dentro, ambos. Os vivos, sim — “ainda” do lado de fora. "Por enquanto". Eu também.

Finalizando, digitalização de uma preciosidade. O primo-poeta, Juarez Leitão, Academia de Letras daqui, CE:

— Chico, tu tens O Livro dos Enforcados, do Gustavo Barroso?

— Tenho não.

Campeou e campeou, um velhote amigo dele, também professor, Galileu: “Não vendo nem empresto. Quiser ler, venha pra cá”. Muita conversa, de grandes amigos, o primo conseguiu emprestar sob a garantia de que o livro, encadernação de capa dura, não seria “esqueixelado” em cima do espelho do scanner. Eu disse: Mando já pegar. O operador, mestre Célio Guerreiro, todas as manhas do trecho, scanneou no celular, uma tarde inteira, paciência de relojoeiro, folha a folha, procurando as frinchas possíveis com iluminação especial. Ficou perfeito, quase; o suficiente para ler e copiar no Word, porque está no modo texto. Gustavo, nazistão completo e falsificador de “Os Protocolos”, mas O livro dos Enforcados é ótimo, a desmentir a nossa “Brasil, cordialidade”.

O velhote Galileu ficou aos pulos! Despachou o PDF para vários amigos. Juarez também mandou. Mando-lhes agora, inclusive para o amigo Barros Alves. Basta dar um clique e salvar (download) dentro do seu computador!

Pergunta: A máquina para digitalizar sem cortar o espinhaço do livro? Existe, sim. Caríssima, muito lenta, um trabalhão. Para mim, armazém do Jornal de Poesia, serve não. Mesmo porque, depois de digitalizado, o livro, na minha cabeça, serve mesmo é para ir à indústria de novos livros. Os de Jorge Amado? Por certo, já reconvertidos em novos escritos, vide "mãos sobre mãos", em Estudos & Catálogos - Mãos, aqui mesmo, neste livro digital, basta clicar.

O abraço e a estima do Soares Feitosa.

O advogado? Não é aqui não.

 

 

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Este, o 29º capítulo de Poética, um livro vivo, aberto, gratuito, participado e participativo, cheio de comentários que, a rigor — esta, a proposta —, os comentários, mais importantes que o texto comentado: abrir o debate, uma multivisão.

— Livro vivo, como assim?

— Porque em permanente movimento, espaço aberto a quem chegar, tão amplo como o espaço àqueles que aqui estão desde os séculos, todos em absoluta ordem alfabética. Seja bem-vindo!

POÉTICA: Capa, prefácio e índice poemas e poetas comentaristas

 

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Comentários:

CRISTINA BITTENCOURT: Soares Feitosa! Poeta extraordinário.... Que maravilha este livro fotocopiado - Antologia, Fausto Barreto. Estou embasbacada. Começou-me a infância de novo. Como me lembro das aulas de Língua Portuguesa através de Textos... (...) Sua ideia dos livros que passeiam é maravilhosa, entendo isso muito bem. E entendo seu amor ao livro digital, o tal do palimpsesto, você mesmo já nos avisou. (...) Eu gosto do livro em papel, acho, porque me faz rememorar, o objeto. Talvez seja menos nômade, talvez de mais idade e não queira sair muito do lugar. Sinto tanta saudades do que não ocorreu... os livros físicos me salvam. Talvez seja a cidade grande, porque sua ideia faz mais sentido transposta à minha infância e juventude, aquele Brasil, de nem tantos disparates. (...) Já os li, o tesouro da rainha, do outro poeta, e o cão, o seu. Como escreve em tudo encantado!, a estória de uma vida, da sua, transmutada: com talento, limpidez e fluência - é fluido, passa do fato, da descrição lírica e crua ao mesmo tempo, à referência concreta, de um autor - uma escrita genuína, cheia de verdade, não poderia ter acontecido de outro modo. Foi assim mesmo. Eu ainda vou descobrir por quais mistérios sua escrita é 'claridade'. Com grande admiração, A Leitora Dedicada.

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DURVAL AIRES: Devo agradecer ao poeta Soares Feitosa por ser certeiro desde os tempo de seu Jornal de Poesia. Pareceu simples, mas não é não. Armou um poderosíssimo "google da literatura" . Imagino que daquela época em que lançou o aplicativo, quantos metros quadrados em livros fomos poupados. Por essa nuvem digital, conheci quilômetros e quilômetros de versos de nomes conhecidos (nome e obra,), "semiconhecidos" (só a obra, ou só o nome) e também de anônimos (sem conhecer o autor, nem a obra). A Raquel também devia tributar agradecimento ao poeta tributarista, na qualidade de futura viúva, porque a eternidade é osso, sempre nos transforma em pó. Que faria minha senhora com tantas florestas extintas, postas em prateleiras, caso não tivesse acessado, em tempo e modo certo, o esperto jornal eletrônico? As vezes compro um ou outro livro nas poucas livrarias que restaram. Mas é só mania do papel que já representou esse papel em volume. No grosso mesmo de uma pesquisa mais espessa, só mundo digital me possibilita saber um pouco sobre alfa e beta e, bem assim, não deixar que me torne virtuoso analfabeto!

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RODRIGO ROSAS FERNANDES: Poeta, ficou excelente para ler ou pré-ler no telemóvel também. Sou a favor dos dois, mesmo sabendo que o futuro será todo digital. Tenho alguns raros que realmente gostaria de digitalizar. Como o Livro dos Enforcados. Quando leio, é e pesquiso é no papel. Quando deito e apago a luz, abro o tablet. Ouso dizer que no atual momento, as duas formas possuem as suas serventias. Poeta, posso marcar uma live contigo, para este segundo semestre? Seria em alguma quinta-feira às 20h. O assunto? Você escolhe. Tudo on line. O que vc me diz?
Filósofo, digo que sim!
Rodrigo tange, no Face e Youtube, " Errrantes e Divergentes", gratuito, de alto nível

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