Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

Juarez Leitão 

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Livros de Juarez Leitão, inteiro teor, clique aqui:

  • Ignis, o inventário da paixão

  • Padre Leitão, o cura da ribeira do Curtume

  • Sábado, estação viver

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

Um esboço de Da Vinci   Um cronômetro para piscinas

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Juarez Leitão



Biografia

É filho de João Fernandes de Oliveira e de Maria Soares Cavalcante Leitão. Estudou nos Seminários de Sobral e de Fortaleza e, após desistir da carreira eclesiástica, cursou três anos da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará.

Bacharelou-se em História e Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, em 1976. Seguiu o magistério como professor de História nos Colégios Lourenço Filho, Farias Brito, Batista, Colégio 7 de Setembro e cursos pré-vestibulares, bem como, de Filosofia, Sociologia e Visão do Mundo Contemporâneo.

Na esfera política foi vereador de Fortaleza em duas legislaturas, suplente de senador e assessor político da Assembleia Legislativa do Ceará e da Câmara Municipal de Fortaleza. Participou de vários grupos literários no estado do Ceará.

Foi membro do Conselho Estadual de Cultura. Poeta, cronista, conferencista e historiador com várias obras publicadas, ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 14 de março de 1996, tendo sido saudado pelo acadêmico Teoberto Landim. Ocupa a vaga deixada por Mozart Soriano Aderaldo, cadeira número 19, cujo patrono é José Albano. É membro da Academia Cearense de Retórica, União Brasileira de Trovadores, União Brasileira de Escritores e Academia Fortalezense de Letras.


Obras

  • Urubu Rosado, (1981),
  • Tangenciais, (1987),
  • Ignis, O Inventário da Paixão, (poesias/1993),
  • Pelas Ruas do Mundo e da Esperança, (1995), em parceria com Artur Eduardo Benevides;
  • Padre Leitão, o Cura da Ribeira do Curtume, (1999),
  • Sábado, Estação de Viver, (2000),
  • A Praça do Ferreira, República do Ceará Moleque, (2002),
  • Futebol, Ofício de Paixão, (2002),
  • Quixeramobim, (2003),
  • O Vaqueiro Gavião & Outros Causos da Boca do Mundo, (2004),
  • O Sabonete Premiado & Outras Histórias de Humor e Espanto, (2005),
  • Ensino Como Quem Reza – Vida e Tempo de Filgueiras Lima, (2006),
  • Sonhos e Vitórias - A História de João Gonçalves Primo - em parceria com o escritor e biógrafo cearense Túlio Monteiro (2007),
  • Crônicas de Amor ao Ideal Clube, (2014),
  • Olga Barroso – Na Vanguarda da Vida, (2017),
  • Deusmar Queirós - o Tecedor de Ousadias (2019).

(Texto redigido em 26.12.1022)

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean L�on G�r�me (French, 1824-1904), Bathsheba

 

 

 

 

 

Juarez Leitão


 

 


 

Comentário de José Edilson Costa

"Juarez, agora arrasou demais. Um ser extra terrestre a aparecer uma vez em mil anos, feito um cometa!! Parabéns pela feitura do poema que foi resplandecido pela declamação de um mestre da oratória! Você viverá eternamente em nossas memórias!! Bendito seja o Seminário da Betânia que nos deu o privilégio de convivermos com você!! Esse é um belo presente deste sábado que eu o desembrulhei com muita ansiedade e dizer milhões de MUITO OBRIGADO!!"

José Edilson Costa, oftalmologista no CE

 

Jean L�on G�r�me (French, 1824-1904), Bathsheba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Juarez Leitão


 

Promessas


A manhã
em verdes ventos de palmas
balança.
Devagar
meu olhar se molha
de morna cobiça.

Mergulhas.
Vasculhas as águas
impresumível.
Corcoveias sibilina e fugaz,
o quadril opalino
brilha num vôo trêmulo
e submerge.

De longe
te como, Castanha,
te mastigo:
minha casa de palha está em chamas.

O dragão tatuado não sabe
de sua missão
nem o azul da piscina
conhece matizes.

O azul e o dragão são adereços
cada qual com seu preço e tarefa.

Bebo.
O limo do desdém não me governa:
estou construindo promessas.
 

 

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Juarez Leitão


 

Namoro


Varanda da intemperança
fio da navalha
tempo de pura ousadia.
No riso de astuta pantera
a paixão nos espera
e a vida vale um dia.

Quem faz o edifício
quem me dá o sinal
que me tempera?
 

 

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Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

 

 

Juarez Leitão


 

O Legado


Que não se percam nunca
os dias construídos
na fina argamassa
de luz e cor.
Nem se lamentem as águas
que lavaram espantos
Nem as agudas noites de sabor.
Tudo correu bonito
Em movimentos vivos
de audaz transparência.
A cidade nos deu presentes
De sangue e canto
De todo encanto.
E lançamos aos ventos
gritos
sofreguidão
ardências.
Um pedaço de ti
Guardei aqui
para tatear na noite obscura
e sentir esse jeito
essa voz
essa virtude altiva
Paixão viva
de eterno direito
de amor e de nós.
 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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