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Andra Valladares

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Poesia:


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Bernini, Apollo and Dafne, detail

 

Bernini_Bacchanal_A_Faun_Teased_by_Children

 

 

 

 

 

 

 

 

Theodore Chasseriau, França, 1853, The Tepidarium

 

 

 

 

 

Andra Valladares



A Concha





 

Seu cálido olhar me embriaga
De sonhos inconfessáveis...
Quisera ser como a concha
Perdida à beira do mar,

Que se deixa sem rumo levar
Pelas ondas imperfeitas...
E mesmo depois de esquecida
Em longínqua praia deserta

Guardar saudosas lembranças
De sua voz dentro de mim,
Num murmúrio a confessar:

“Não há mistérios no amor,
Somente uma triste verdade:
Sua sina é a saudade...”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Andra Valladares



Ao Chico, com amor...


Essa é uma HOMENAGEM AO MALANDRO,
para o VELHO FRANCISCO,
que nunca escreveu UMA PALAVRA
que não fosse SOB MEDIDA.
QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ...
Depois que A BANDA passou
ingressou na RODA VIVA
e até CAROLINA notou
seus sentimentos À FLOR DA PELE.
Ao expor seu COTIDIANO
com SAMBA E AMOR
nAS VITRINES da VIDA,
SOBRE TODAS AS COISAS,
seu CHORO BANDIDO
imprimiu TATUAGEM
em todo SUBURBANO CORAÇÃO brasileiro.
Mesmo em seus ANOS DOURADOS,
quando, INJURIADO, teve de dizer
BYE, BYE, BRASIL...
Com TANTO MAR de distância,
manteve-se nos BASTIDORES
e continuou sua CONSTRUÇÃO.
No BAILE DOS MASCARADOS,
CARA A CARA, entornou seu CÁLICE.
E APESAR DE VOCÊ saber dos riscos,
pensou: “Ficar calado, LOGO EU?
Enfim, o SABIÁ voltou pro seu lugar...
POIS É, não foram em vão TANTAS PALAVRAS
para essa GENTE HUMILDE,
cuja realidade é um RETRATO EM BRANCO E PRETO,
mas sempre vive o SONHO DE UM CARNAVAL...
AGORA FALANDO SÉRIO,
FICA prá sempre Chico,
e aposte nessa BOLSA DE AMORES.
ATÉ PENSEI em terminar por aqui,
Mas antes me responda: “TEM MAIS SAMBA, aí?


(*) todas as expressões em caixa alta e itálico são títulos de músicas em Chico Buarque é autor ou co-autor.
 

 

 

 

Ticiano, Magdalena

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Andra Valladares



Manhã de Primavera
 



 

É manhã de primavera,
O passaredo está em festa!
Ao indolente amanhecer,
Todos vibram e saúdam
A alegria de viver...

São cantos de inúmeros tipos
Que inundam o ambiente.
E em uníssono criam
Graciosa sinfonia,
À luz desse alvorecer.

Num carrossel de emoções,
Celebram a liberdade.
Em desvairada, tresloucada, revoada.
E dançam, languidamente, sensualmente,
Ao som dessa doce orquestra.

No céu, a lua, curiosa, inda brilha.
Resistindo ao luzente raiar do sol.
E em celestial parceria,
deleitam-se com o mágico festival.
Rico em cores, movimentos e sons,
Em louvor à criação divinal.

O incrível é que muitos de nós,
Imbuídos em estúpida rotina,
Passam por toda a existência
Sem despertar a consciência,
Ao menos por raro instante...
A toda poesia que a natureza descortina.


 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Slave market

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Mauro Mendes

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Andra Valladares


Sent: Thursday, September 30, 2004 9:28 PM
Subject: Femina

 


 

Poeta Soares Feitosa

Lavei a alma ao me deliciar com a leitura de Femina, que descreve tão docemente essa sensualidade apaixonada que parece estar sendo sepultada nos dias atuais. 

 
Andra Valladares


 

Link para Femina

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

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Adail Sobral

 

 

 

22/04/2005