Edições Cururu®
O
nome da editora é criação do poeta Rodrigo Marques (foto),
a partir do ensaio Dos
Sapos e dos Livros, Três Pequenos Enigmas, de Soares Feitosa.
Com o nome debaixo do braço — e isto de ter um nome é
fundamental —, botar a editora para funcionar foi apenas um pulo:
pronto, aqui está, artesanal, o seu primeiro produto, o prefácio Estudos
& Catálogos - Mãos, ao livro Recordel,
do poeta Virgílio Maia. Para o ano de 2004, os planos são muitos.
Edição gráfica de FAZENDINHA, do poeta Rodrigo Marques, e LÍRICA,
de Soares Feitosa.
Outro
projeto em que a Cururu se envolverá em 2004 será a
publicação do livro sem fim, Salomão, que, no dizer
do poeta Leontino Filho: «nos aponta para a maior das utopias: o
encontro do sertão com o mar, encontro esse que desnudará toda a
beleza do universo». Como se fosse pouco, já estamos fazendo
contatos para editar pelo menos um dúzia de títulos no decorrer de
2004.
De
Estudos & Catálogos - Mãos foram impressos bem mais de
mil exemplares, fora de comércio. Teria sido muito mais barato
mandar imprimir na gráfica. Manualmente porém, o prazer (jardinagem
urbana) de fazer com as mãos, imprimir, abastecer os cartuchos
de tinta, regular a impressora, encadernar, grampear, etiquetar,
reconferir, listar, postar, etc, etc, etc, etc... Haja mãos!
Algum
correio? Sim! Chegar mais cedo em casa, a esperá-lo. Haja fé!
Do
cururu:
O
cururu possui duas glândulas de veneno na parte posterior da
cabeça. O veneno esbranquiçado de sabor e odor desagradáveis
oferece perigo até para o homem. O predador que ingerir esse veneno
altamente tóxico certamente morrerá. As cobras e algumas aves,
especialmente o íbis, às vezes engolem um cururu inteiro, mas ele
se infla e sufoca o inimigo.
O
cururu tem hábitos noturnos. Alimenta-se de insetos, camundongos,
cobras e caracóis. Possui uma bolsa grande que lhe permite coaxar
de modo a ser ouvido bem de longe. Sua reprodução é igual à do
sapo comum e multiplica-se com rapidez.
Apesar
de venenoso, não há registros de acidentes com humanos. Muito pelo
contrário, compadre Cururu é amigo do homem no combate aos
insetos, inclusive ao Aedes Ægipti e outras pragas. Sejamos,
pois, pró-cururu.
O
inimigo do cururu, ao que consta do folclore nordestino, seria o
compadre Guaxinim que, sabiamente o enfrenta "por baixo"
— rasgando-lhe, com unha poderosa, a couraça pelo papo,
livrando-se assim das bolsas de veneno que estão em cima. Aberto
por baixo o compadre Cururu, compadre Guaxinim se refestela até um
certo ponto. Não!, às partes de veneno, não, que todo guaxinim
tem juízo.
Em
tempo: sapo é outro bicho, isto é, um cururu sem veneno. Mas, a
rigor, o cururu também é um sapo no âmbito de uma classificação
mais geral, da mesma forma que a rã também é sapo, mas nem todo
sapo é rã. Sim, de grande presença na Literatura,
desde Esopo a Manuel Bandeira, consta
que um deles, um cururu barbudo, teria sido eleito Presidente da
República, uma historinha de
final... feliz? [Sei
não! Até estava crente, mas, depois que expulsou o jornalista,
começo a desconfiar de sua peçonha. Com todo respeito (e temor),
repare no bocão dele.]
O
selo Cururu cuidará sobremaneira das edições em adobe.pdf
ou MS-Reader, ou até mesmo em Word, de livros
inteiros (texto integral) dos amigos de Rodrigo e Soares, na velha
lei de São Mateus — primeiro os teus, sem excluir, de maneira
alguma, as edições em papel e tinta, em fino lavor.
Agora,
a classificação acadêmica do patrono de Edições Cururu:
FILO: Chordata; CLASSE: Amphibia; SUPERORDEM: Salienta;
ORDEM: Procœla; FAMÍLIA: Bufonidæ.
As
coleções da Cururu:
A
Cururu tangerá, de início, quatro coleções — virtuais e em papel e
tinta:
-
Cantos de Lúcifer, de José Alcides Pinto
-
100 Trovas,
de Adaucto Gondim
-
Coleção
Livro Magro
-
Coleção
Três Enigmas
-
Coleção
Onda Alta
A
coleção FAC-SÍMILE lançará on line (depois
também em papel e tinta) obras de real valor, em fac-símile,
iniciando com três livros de José Alcides Pinto: Cantos
de Lúcifer, As Pontes e Pequeno Caderno de
Palavras. Até os furos das traças serão reproduzidos. Se alguma, durante da operação de escanear, der sopa,
será também "editada". Na íntegra! Fides, fidei!
Não poderíamos prestar melhor nem
maior homenagem a esse grande poeta, o Alcides Pinto que, na
minha conta, precisava apenas ter escrito o Projeto
Rural. Mas, a rigor, a escolha dessa
coleção inicial, Fac-símile, foi uma ideia
do poeta Dimas Macedo. Clique aqui para ler como foi a
história, do começo. |
|
A
coleção LIVRO MAGRO: o nome é invenção do poeta
Rodrigo Marques, a partir do ensaio Dos
Sapos e dos Livros, Três Pequenos Enigmas
abrigará os livros de poesia ou contos de poucas páginas,
abaixo de 80. Clique aqui para saber mais:
|
|
A
Coleção TRÊS ENIGMAS, o nome também inventado
pelo Rodrigo Marques, a partir do ensaio já referido,
abrigará poesia, contos, fábulas (Rodrigo é um fino
fabulista, com destaque especial às estorinhas de sapos,
gias e cururus.)
|
|
A
coleção ONDA ALTA, mais
um nome inventado pelo Rodrigo a partir do poema Salomão,
Segundo Movimento, Os Cantares de Pulso, de Soares Feitosa.
Destina-se em princípio mesmo a homenagear a Musa de quem o
Coronel teria escutado: A onda é alta, Coronel!
|
Obs.
A Biblioteca Cururu começou por aqui.
Lula era o nosso Presidente à época, palavras de Brizola, o nosso
Sapo Barbudo.
Passo seguinte, outros livros em fac-símile
|