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Cida Jappe


 

Prefácio, ensaio, crítica, resenha & comentário:


Poesia:


Alguma notícia da autora:

 

 

Culpa

 

Mary Wollstonecraft, by John Opie, 1797

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Cida Jappe



Biografia


Cida Jappe (Perê) é mineira de Miraí, onde foi professora e bibliotecária. Formou-se em Administração de Empresas em São Paulo e, em 1978, realizou o sonho de morar no Rio de Janeiro, sem nunca esquecer seu “pequenino Miraí”. É autora do livro infantil O Segredo do Burrinho (1989) e do livro de poesias Dualidade (1990), tendo participado das coletâneas Poesia na Metrópole – Editora Litteris (1991) e Saciedade dos Poetas Vivos – Vol. VIII Mulher – Editora Blocos (1995).

Suas poesias foram publicadas também na revista Cigarra (Santo André/SP) e nos jornais Alto Madeira (Porto Velho/RO), Blocos (Rio de Janeiro/RJ), Correio do Sul (Varginha/MG), Garatuja (Bento Gonçalves/RS), Jornal das Letras (Rio de Janeiro/RJ), Jornal do Povo (Maringá/PR), Nozarte (Rio de Janeiro/RJ), entre outros.

Cida, entretanto, não se sente muito confortável com a designação “poetisa” ou “escritora”. Para ela, o ato de escrever é uma necessidade, uma catarse e, por vezes, um ritual místico, revestido de pura leveza.
Dedicando-se desde jovem à Literatura, depois de aposentada passou a dedicar-se também à sua outra paixão. A Pintura.

 

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

 

 

Cida Jappe


 

A poesia de Soares Feitosa

 

Ah! Soares Feitosa, como não me deitar delicadamente no Rio Macacos e deixar-me levar morosamente ou tombar nas árvores ou entregar-me quando das corredeiras; alegrar-me com o dia claro, assustar-me e entrar em paz na escuridão?

Como não aprender (e muito!) com os Poemas da Besta, uma verdadeira tese? Aprender e apreender com cabeça e coração? Como não desesperançar com ‘Uma Canção Distante’ e, ao mesmo tempo, como não continuar a esperar?

Ah! Como queria eu ter escrito o Femina! Como, meu Deus, como!!! Ah! se todos os fiscais do imposto de renda tivessem o dom de cobrar de nós esse tributo maior que é a emoção! Muito, muito, muito obrigada!
 

 

 

 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Reflexion, detail

Cida Jappe


 

Poeminha de Raíssa


O meu primeiro dentinho caiu
você colocou lá na plantinha
Bem-vindo dentinho novo
ao castelihno dos dentes


 

 

 

 

 

 

 

Frederic Leighton (British, 1830-1896), Memories, detail

 

 

 

 

 

Cida Jappe


 

Papel em branco


Eu quis
fazer um poema
em louvor a Deus
O lápis, o papel
estavam ali,
mudos, imóveis
e eu nem sequer soube pegá-los


Desci a escada
fui embora...
E o meu poema chegou a Deus,
na folha de papel em branco


 

 

 

 

 

 

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