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Jovino Machado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


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Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

Da Vinci, Cabeça de mulher, estudo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jovino Machado


 

Bio-bibliografia


Jovino Machado nasceu em Formiga, MG. Foi criado em Montes Claros e reside na Torre dos Azulejos em Belo Horizonte. Nos anos de 1990 estudou letras (UFMG). Atua como restaurateur. Publicou nove livros, entre eles Trint´anos Proustianos (Mazza Edições, 1995), Disco (Orobó Edições, 1998), Samba (Orobó Edições, 1999), Balacobaco (Orobó Edições, 2002) e Fratura Exposta (Anomelivros, 2005). Participações em Dimensão (Revista Internacional de Poesia, Uberaba, MG, 1998), A Poesia Mineira no Século XX (Imago, Rio de Janeiro, 1999), A Cigarra-Revista de Poesia (Santo André, SP, 2000), O Melhor da Poesia Brasileira – Minas Gerais (Joinville, SC, 2002) e na antologia poética O Achamento de Portugal (anomelivros, Belo Horizonte, MG, 2005). Menção honrosa na revista literária da UFMG (1991) e terceiro prêmio de Poesia Falada de Campos dos Goytacazes (RJ, 2002).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Jovino Machado



Canções de senzala


encontrei o bardo
tomaz antônio gonzaga
que ao som da sanfona
do sanfaneiro que falava pouco
bebia muito e tocava demais
me contou sobre a ternura de Marília
me convidou para mais um trago
eu aceitei: tim tim...
me disse que a vertigem da poesia
começa justamente onde termina a morbidez
de barba por fazer
afrouxou o nó da gravt
como um ilustre fidalgo
cantou canções de senzala
disse que sentia enjoado de conspirações
e pediu mais vinho
ajeitou o chapéu e me convidou
pra subir e descer ladeiras
saímos sem pagar a conta.
 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Alcina Azavedo

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904) - Phryne before the Areopagus

 

 

 

 

 

Jovino Machado



Poema dos trinta anos


aos sete perdi a infância
não perdi a elegância
aos dezessete perdi a virgindade
não perdi a dignidade
aos vinte e sete perdi a ingenuidade
não perdi a vaidade

não perdi a fé
gosto de café
ando a pé
 

 

 

 

Allan Banks, USA, Hanna

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Jovino Machado



No primeiro dia da criação


no primeiro dia da criação
eu era o último da fila
nasci de improviso
deus estava em crise
minha alma é um lago à tarde
não sei chorar para fora
vejo as estrelas
meu desalento dorme
e se encontra com o desespero
no primeiro lugar da fila
no último dia da criação

 

 

 

 

Leonardo da Vinci, Embrião

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25/04/2006