Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

 

Lúcia Maria Leite Sousa

 

luciaapf@hotmail.com

 

Alessandro Allori, 1535-1607, Vênus e Cupido
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


 

 

Crítica, ensaio e comentário:

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Fortuna crítica:

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Uma notícia da poeta: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Velazquez, A forja de Vulcano

 

Tiziano, Mulher ao espelho

 

 

 

 

 

 

 

 

Ingres, 1780-1867, La Grande Odalisque

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The Gates of Dawn, Herbert Draper, UK, 1863-1920

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manoel de Barros

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

 

Gerardo Mello Mourão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lúcia Maria Leite Sousa

 


A POESIA

 

 

Sentimentos mil...

Que no âmago de um poeta desabrocha,

E do gesto sublime, singular de cada expressão,

Surge desvairada a emoção...

Da nostalgia,

Da alegria,

Da harmonia,

Das ressonâncias da vida... a poesia.

 

 

 

ARCO ÍRIS DA TERRA

 

Como um arco-íris de energia e cor

um imenso facho de luz surgiu

e da imensidão dos raios,

nasceu o azul cristalino do céu...

que nos encanta e presenteia

com a suave pureza do luar...

que apaixona e enlouquece os enamorados.

 

Eu vi o mar...

que nasceu verde...ou azul...

como um arco-íris... vultoso,

inundando de emoção o nosso olhar.

 

Eu senti o melodioso sussurrar do vento

nas folhas verdes das árvores...

como um arco-íris...

num vôo de esperança,

no verde-esperança da vida.

 

Eu vi a cinza semente borbulhar

no seio da terra...

num sublime renascer.

 

Eu vi no céu o encontro do sol e da lua,

num maravilhoso entardecer,

de cores vermelhas e incandescentes...

como um arco-íris...

e os pássaros a entoar melodias,

enriquecendo a grandiosa coreografia.

 

Mas no dia-a-dia da vida,

eu vi o facho de luz se apagar

e na imensidão do céu

um buraco negro predominar.

 

E as nuvens de gases,

eu vi o arco-íris encobrir,

e o azul do céu sombrear,

e o verde do mar escurecer,

e o amarelo das folhas entristecer,

e o verde das árvores esvair,

e toda terra gritar... não me deixai morrer!

 

Quero ser com um arco-íris,

e resplandecer luz e cor

até o infinito...eternamente!

 

13.07.92, Maceió/AL
 

 

O AMOR DURA UMA ETERNIDADE!...

 

Bem o sabemos:

O tempo é o senhor da razão.

E a distância a senhora do esquecimento...

Que arrasta e leva embora

Assim como um vendaval,

Ideais...

Sonhos...

Nossos melhores momentos...

 

Dita senhora!...

Mas!...

Não nos destrói os alicerces

Bem fincados no chão,

Construídos de razão, fortalecimento e verdade...

 

E não importa a distância a ser percorrida,

Podendo durar uma ou muitas vidas,

Perdura em nossos corações o amor...

 

Até!...

Até a eternidade!...

 

 

 

MINHA INESTIMÁVEL ÁRVORE DE CACHOS DE OURO

 

Quando o meu olhar distante

Reflete a saudade

Sento a teus pés

Enraizados à porta do meu lar...

Que me amparam

E o teu caule espesso

Me apóia o pensamento

Me ameniza o momento...

E dos teus envergados galhos tortos

Acinzentados pelo tempo...fortes!

Caem tuas folhas compassadamente em meu colo

A agasalhar meu coração molhado em lágrimas

Arrematado pelo brotar desse inevitável sentimento...

Eis a lembrança

Dos belos tempos que então

Um dia!...

Nascidos de um mesmo broto

Plantados pela mesma mão

Hoje se propaga no ar

Trazida pela essência perfumada

Dos teus belos cachos de flores

Raros!...

Uma vez por ano a brotar...

E com eles,

A desabrochar uma esperança...

De sonhos!...

De anos que ainda vindouros...queremos!...

Servas de um amor

Seremos fatalmente cúmplices

Por tudo que a vida nos deixou...

E nos levou!...

Minha inestimável árvore de cachos de ouro!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25.5.2007