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Luciene Barrel (Lubarrel)

lubarrel@msn.com

Jacques-Louis David (França, 1748-1825), A morte de Sócrates

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia da autora:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ticiano, Magdalena

 

Allan Banks, USA, Hanna

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Auto-biografia

 

Lubarrel nasceu em Governador Valadares, situada a leste de Minas Gerais. Quando pequena, ativa e conversadeira, se dava bem com todas as coleguinhas do meio em que vivia. Gostava de ficar horas e horas lendo um livro de literatura que sua irmã mais velha estudava no curso superior de Letras. Fato esse que a ajudou muito.

Hoje, é professora primária, graduada no curso Normal Superior, Magistério de 2º grau , Adicional de Pré-escolar, Curso Técnico em Administração de Empresas.

Apaixonada pela literatura e pela arte de forma geral, teve duas poesias classificadas em 6º lugar, no X Concurso Internacional de Primavera promovido por Arnaldo Giraldo, as quais foram publicadas no livro "A Forja da Liberdade". Tem uma poesia publicada na 16ª e outra na 21ª antologia, do CBJE (Clube Brasileiro dos Jovens Escritores).

Suas poesias encontram-se registradas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Escreveu vários contos: Renascimento, que retrata a vida de uma conhecida; Uma pequena peça de teatro “O Debate Ecológico” que fala sobre a fotossíntese e repassa a mensagem de amizade; “Perdão Assustador” que retrata uma realidade vivenciada por um antepassado, e outros.

Seu lema é confiança e a FÉ em Jesus Cristo.

Ama a simplicidade das coisas. A natureza é um exemplo da beleza divina e nela se refugia, a ela se reporta, quando enfrenta problemas existenciais.

Admira o sorriso de uma criança.

Não gosta da solidão, corrupção, desamor e tristeza.

Gosta de movimento, de sentir bem consigo mesma.

Sonha com um mundo melhor para todas as pessoas.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, Venus Presenting  Arms to Aeneas

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



As Fadas


Seres iluminados
Cheios de bondade
São como anjos encarnados
Repartindo caridade.

Quem quiser ser uma fada
é tão fácil como o soprar do vento
Basta ter sempre na alma
o amor doando a todo o tempo.

Fada que se presa não empresta
doa o coração sem espera
pois seu galardão é seguro
Quando o seu sentimento é puro.

Fadas no mundo são poucas
mas valem por uma multidão
pois repartindo a bondade
vai ganhando coração.

A cada coração conquistado
Sua aura resplandece
Seu esplendor se enaltece
e o céu sutilmente , agradece.

Procure em seu interior
a fada então adormecida.
Desperte-a cheia de fulgor
e sejas feliz por toda a vida.
 

 

 

 

Ticiano, Flora

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Wanderlino Arruda

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Triumph of Neptune

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Tributo ao Mar


Quando chego à praia
Fico a observar,
Como é revolto
O crepúsculo do mar.

O inefável murmurar das ondas
Induz meu peito a palpitar.
Dilacera a minh’alma,
Faz meu corpo trepidar.

O negrume da noite
Em contraste com a luz do luar,
Adorna, reluz e inebria
Essa imensidão salutar.

E eu fico a observar
O quase inexorável,
Adorável e infinito
Esplendor divino.

Oh, doce paz!
Ameaçada pelo ser audaz
Que se diz inteligente
E polui...Polui...Somente.
 

 

 

 

Sophie Anderson, Portrait Of Young Girl

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Edson Bueno de Camargo

 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Placidez Noturna


Sento-me embaixo do arvoredo
Sob a sombra plácida e noturna.
Observo atentamente e percebo
Que a sublimidade não se desfigura.

Ainda em meu olhar atento
Pressinto que não estou só.
A altivez da folha farfalhando ao vento
Dá-me a certeza do que há ao redor.

As nuvens que povoam o céu
Não são as que me povoam por dentro.
Dentro, minhas nuvens fazem escarcéu
E as do céu incitam o meu sentimento.

O arrebol que a pouco se findara,
Aliciou a terra e debelou o momento.
Cheia de fulgor a terra se depara
Com a mágica transformação do tempo.

Aos poucos a natureza adormece
E os vigias soturnos sobrevoam ao léu.
Ouço sons suaves que enaltecem
A beleza inexprimível desse imenso véu.

 

 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Yeda

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José Aloise Bahia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Refúgio


Amo a noite cálida.
Inebriada fico a vagar,
Por entre as sombras plácidas,
Acalentadas pela luz do luar.

Noites de amores e súplicas,
Eternos e afoitos desejos,
Propicia a um amor encontrar.
Oh, noite! Irás me ajudar?

Procuro um amor saliente
Que preencha o meu coração.
Aplaca a minha sede,
Invada a minha existência
E suga a minha razão.

Na noite ardilosa,
Razões e incertezas
Caminham lado a lado.
Na aurora do porvir,
Quem vencerá de fato?

Sentimentos que me afloram
São incertos devaneios.
Tento vencer o medo,
Buscando fins através dos meios
Pra sair da solidão.

E por isso me refugio
Sob o véu negro do céu,
Que toca o meu ego.

Oh, noite!
Tira-me desse ardor,
Dessa dúvida...
Não me deixe ao léu.
 

 

 

 

Leonardo da Vinci, Embrião

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Wladimir Saldanha

 

 

 

 

 

 

 

 

São Jerônimo, de Caravagio

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Ode a Iara


Doce veneno
Entorpece o meu ego,
Aniquila a minha razão,
Esmaga o meu coração
Que sedução!

Debruço-me sobre o teu olhar
Que me inebria e enlouquece.
Ponho-me a admirar
Tua cauda escamada
A sacolejar ao léu,
Mostrando-me os recôncavos do céu.

Musa de meus sonhos
Desvairados e inconseqüentes.
És onisciente presente
Com teus lábios tão eloqüentes.

De teus lábios as notas que saem
Chegam suaves aos ouvidos meus.
Um dia, hei de sagrar o teu canto
Deixarei os meus prantos
E me entregarei aos encantos teus.
 

 

 

 

Octavio Paz, Nobel

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Bruno Miquelino

 

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

Luciene Barrel (Lubarrel)



Reencontro


Quando os meus olhos se detêm aos seus
Em apenas um milésimo de segundo
O tempo perde-se no infinito,
A razão não tem mais razão de ser...
As entranhas de minh’alma se estremecem
Quando estou perto de você.

Meus pensamentos se põem a vagar
Em busca dos pensamentos seus.
Diga-me onde poderei lhe encontrar
Para o meu sol se pôr junto ao seu.

Procuro no ar, nas estrelas e no luar,
Solução para os anseios meus.
Sua presença em mim é salutar,
Reaviva o meu ego, inebria o meu “eu”.

Quero encontrar novamente
Você no íntimo do meu ser
Para que eu possa finalmente,
Ver o amor em mim, florescer.
 

 

 

 

William Blake, Death on a Pale Horse

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Mantovanni Colares




 

 

04/11/2005