Mauro Mota
Bio-bibliografia
Mauro Mota (M. Ramos da M. e Albuquerque), jornalista, professor,
poeta, cronista, ensaísta e memorialista, nasceu em Recife, PE, em
16 de agosto de 1911, e faleceu na mesma cidade em 22 de novembro de
1984. Eleito em 8 de janeiro de 1970 para a Cadeira n. 26, na
sucessão de Gilberto Amado, foi recebido em 27 de agosto de 1970,
pelo acadêmico Adonias Filho.
Filho de José Feliciano da Mota e Albuquerque e de Aline Ramos da
Mota e Albuquerque, estudou na Escola Dom Vieira, em Nazaré da Mata,
no Colégio Salesiano e no Ginásio do Recife. Diplomou-se na
Faculdade de Direito do Recife em 1937.
Tornou-se professor de História do Ginásio do Recife e em várias
escolas particulares; catedrático de Geografia do Brasil, por
concurso público, do Instituto de Educação de Pernambuco. Desde os
anos universitários colaborava na imprensa. Foi secretário,
redator-chefe e diretor do Diário de Pernambuco; colaborador
literário do Correio da Manhã, do Diário de Notícias e do Jornal de
Letras do Rio de Janeiro. De 1956 a 1971, foi diretor executivo do
Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais; diretor do Arquivo
Público de Pernambuco, de 1973 até 1983; membro do Seminário de
Tropicologia da Universidade Federal de Pernambuco e da Fundação
Joaquim Nabuco. Foi membro do Conselho Federal de Cultura de
Pernambuco e do Conselho Federal de Cultura.
Como poeta, destaca-se por suas Elegias, publicadas em 1952. Nessa
obra figura também o "Boletim sentimental da guerra do Recife", um
dos seus poemas mais conhecidos. Sua poesia é de fundo simbólico,
sobre temas nordestinos, retratando dramas do cotidiano em linguagem
natural e espontânea.
Recebeu o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras e o
Prêmio da Academia Pernambucana de Letras por suas Elegias (1952); o
Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio PEN Clube
do Brasil, pelo livro de poesias Itinerário (1975).
OBRAS POESIA: Elegias (1952); A tecelã (1956); Os epitáfios (1959);
O galo e o catavento (1962); Canto ao meio (1964); Antologia poética
(1968); Itinerário (1975); Pernambucânia ou cantos da comarca e da
memória (1979); Pernambucânia dois (1980); Antologia em verso e
prosa (1982).
ENSAIO CRÔNICAS: O cajueiro nordestino (1954); Província e academia
(1954); Itinerário da escola (1956); Paisagem das secas (1958);
Capitão de fandango (1960); Geografia literária (1961); Terra e
gente (1963); História em rótulos de cigarros (1965); Quem foi
Delmiro Gouveia? (1967); O criador de passarinhos (1968); O pátio
vermelho, crônica de uma pensão de estudantes (1968); Votos e
ex-votos, aspectos da vida social do Nordeste (1968); Os bichos na
fala da gente (1969); Pernambuco sim, em colaboração com Gilberto
Freyre e Roberto Cavalcanti (1972); Modas e modos (1977); A estrela
de pedra e outros ensaios nordestinos (1981); Barão de chocolate e
companhia (1983).
Escreveu prefácios a vários livros e colaborações em obras
coletivas, como a enciclopédia Mirador Internacional, e textos seus
foram inseridos em antologias nacionais e estrangeiras. Tem
registros sonoros em disco (Boletim sentimental da guerra do Recife
e Mauro Mota em prosa e verso) e em gravação para o Museu da Imagem
e do Som do Rio de Janeiro e de Pernambuco.
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