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Pedro Nunes Filho

18/04/1944 - 23/01/2017

Theodore Chasseriau, Fran�a, 1853, The Tepidarium

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


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Alguma notícia do autor:

 

 

Allan Banks, USA, Hanna

 

William Blake, Death on a Pale Horse

 

 

 

 

Da Vinci, La Scapigliata, detail

Pedro Nunes Filho



Biografia

Pedro Nunes Filho – Pernambucano de São José do Egito, criador de cabras e ovelhas na Fazenda Mugiqui, Cariri paraibano, onde passou sua infância. Auditor aposentado da Receita Federal do Brasil, fez pós-graduação em Direito Tributário na Faculdade de Direito do Recife, onde se graduou em 1971, e especialização em Tributação Internacional no Japão, em 1995.

Era sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri – IHGC e da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.

Autor dos livros: Cariris Velhos – Passando de Passagem; Caatinga Branca; Guerreiro Togado – A saga do Bacharel Augusto Santa Cruz, Mundo-Sertão – Terra não revelada, dentre outros. Era também exímio poeta e escultor, deixando muitas obras talhadas na madeira.



 

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Fernando Py

 

 

 

 

Da Vinci, La Scapigliata, detail

Pedro Nunes Filho



Comentário de Habitação

Que é isso,poeta! A que alturas você quer chegar?! Creio que não pretende chegar a lugar algum. Poetas nunca chegam. São seres entre-mundos. Difícil alguém ser capaz de dizer o que você disse nesse poema. As palavras são suas, mas são minhas também. São nossas porque dizem o que cada leitor gostaria de dizer e não consegue.



 

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Fernando Py

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Pedro Nunes Filho




O Cosmo, o Homem, Deus
 



 

Feitosa é seu nome de guerra. A primeira vez que o vi, achei-o um sujeito diferente. Fugia do padrão. Destoava. Era, sem nenhuma dúvida, uma pessoa incomum.

Conheci-o num seminário de tributaristas. De repente, levantou-se desinibido, foi para a frente da platéia, e deu seu recado de cearense que estava chegando no pedaço, sua opinião técnica de tributarista seguro e estudioso.

Repito: achei estranho aquele sujeito baixinho, quase gordo, cabeça-chata, linguagem original e sotaque de matuto que não se contaminara com os modismos vazios da cidade grande. Com toda franqueza, na hora em que apareceu, tive uma surpresa ante a interferência ousada daquele personagem incomum. Franzi a testa, olhei desconfiado, mas logo comecei a gostar do sujeito.

Seu linguajar de matuto bateu certinho com algo que havia dentro de mim. Eram raízes comuns, trajetórias semelhantes de menino pobre que foge para a cidade grande, sem nunca esquecer a cultura e a alma de seu povo, sem se desligar - e sem se envergonhar - de sua origem sertaneja. Aí soma uma cultura à outra e torna-se mais rico por causa da transitividade que tem em universos diferentes. É isso que Soares Feitosa é: o resultado da super- posição de duas culturas: a cultura simples do interior e a cultura erudita das bibliotecas!

Dos sertões de Monsenhor Tabosa, Nova-Russas e Santa Quitéria, ele trouxe a cadência e toda a musicalidade que tornam seus poemas gostosíssimos de ler. De lá, trouxe também o vocabulário e, mais que tudo isso, trouxe um linguajar próprio das plagas sertanejas, daquele mundão sem fim, que somados à erudição resultaram numa plasticidade lingüística original e de rara beleza.

O que mais admiro nos poemas de Soares Feitosa é a capacidade de harmonizar o regional com o universal. Ele viaja, sem dificuldades, por universos bem diferentes. Quem faz uma análise superficial de seus poemas corre o risco de pensar que nada bate com nada. Ledo engano. Os gênios têm a capacidade de sair de um mundo e, de repente, entrar noutros completamente diferentes, buscando e mostrando um nexo, resgatando o que há em comum entre os lugares, as pessoas e os fatos, o que normalmente fica escondido aos olhos das pessoas comuns.

Percebo que os poemas de Soares Feitosa têm a mesma estatura. Todos nasceram grandes. Não há uma evolução entre o primeiro que escreveu (SIARAH) e o último que me trouxe quentinho (FORMAT CÊ DOIS PONTOS). Também não se repetem. Tudo é novo.

Pode até um dia se tornar repetitivo. Acredito que não. Poeta que não tem fôlego cansa logo, não vai muito distante. Soares Feitosa foi longe. É criativo, fecundo, seus poemas brotam com naturalidade e neles há profundidade e síntese nas idéias, um permanente confronto de culturas, valores e crenças.

Embora saiba que omnis comparatio claudicat, posso dizer que Soares Feitosa, conversando, lembra Zé da Luz. Escrevendo é um erudito. Apesar de partícipe da cultura do silêncio a que Paulo Freire se refere, consegue fazer um elo de ligação com a cultura dos homens letrados da cidade grande.

Mostra, sem intenção e sem pedantismo, que não há uma distância abissal entre as duas culturas, entre os dois mundos. O mundo dos que obtiveram o grau acadêmico e o mundo dos que aprenderam lições de sabedoria em sintonia com a alma do povo.

Lendo seus poemas, fica claro que tudo tem uma relação íntima, que há um ponto comum no Universo, porque a Realidade é uma só e o contato com ela é a Verdade. Em outras palavras, Soares Feitosa me fez entender que a Realidade não tem princípio nem fim. É isso mesmo, a Realidade é uma só; são diversas, porém, as formas como ela se manifesta no Universo.

Lendo seus poemas, fica claro que tudo tem uma relação íntima, que há um ponto comum no Universo, porque a Realidade é uma só e o contato com ela é a Verdade. Em outras palavras, Soares Feitosa me fez entender que a Realidade não tem princípio nem fim. É isso mesmo, a Realidade é uma só; são diversas, porém, as formas como ela se manifesta no Universo.

O poeta, quando criança, aprendeu muito bem as lições de sabedoria do Padre-Mestre. Imagino que o Padre-Mestre era um homem que ensinava os meninos, não com palavras, mas com atitudes. Ensinava que a espiritualidade não é uma aquisição, mas uma evolução e que é próprio da divindade querer humanizar-se, para que o homem possa divinizar-se.

Há pessoas que vivem exclusivamente nas periferias, ignorando o centro; há outras que, fechadas no centro, abandonam periferias. Imagino que o Padre-Mestre conseguia viver na periferia e no centro, ao mesmo tempo.

Em Compadre-Primo e outras combinações da rara beleza, revela a singeleza da estesia lógica, bem comum no linguajar interiorano.

Soares Feitosa fica me devendo uma coisa: um livro em prosa, não para pessoas eruditas, mas para gente simples ler. Um livro de memórias falando do menino que desertou para a cidade grande, deixando um mundo de sonhos e de ilusões para trás.

Um mundo de gente simples, com a alma plasmada na grandeza do sofrimento e do silêncio. Aí ele poderia falar novamente nos arreios de prata, no cavalinho Bacalhau, nos jumentos Moleque e Meia-Noite, nos gatos Mimoso, Zepelim e Banduco, na gata Xanduca, nos cachorros Rompe-Ferro e Foguete, na cachorra Biquara; no gibão de capoeiro... nos vaqueiros que povoaram sua infância, mostrando bravura na pega dos novilhos ariscos das caatingas, das queimadas e das bocas-de-serras dos seus sertões. Queria que Soares Feitosa falasse no cheiro da terra molhada, nas manhãs de inverno, na babugem que nasce com as primeiras chuvas do final das longas estiagens. Enfim, em tudo aquilo que os meninos pobres do interior abandonam para mudar seus destinos nas cidades grandes.

 





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Pedro Nunes Filho



Leandro Gomes de Barros

 


Leandro Gomes de Barros nasceu em 1865, na Fazenda Melancia, município de Pombal, Estado da Paraíba. A Fazenda pertencencia aos trisavós do autor desta nota, Manuel Xavier de Farias e sua mulher Dona Antônia Xavier de Farias, por quem Leandro foi criado. Manuel e Antônia eram pais do Padre Vicente Xavier de Farias, que nasceu na mesma fazenda em 1822. Ordenado sacerdote, aos 24 anos de idade mudou-se para o Teixeira em 1846, tendo permanecido ali durante 61 anos. Faleceu em 13 de dezembro de 1907, com 85 anos de idade. Em 1880, os pais do Pe Vicente mudaram-se para o Teixeira, vindo em sua companhia o grande e talentoso Leandro, aos 15 anos de idade.

O Pe Vicente foi o terceiro vigário do Teixeira, como se pode ver no Livro de Tombo abaixo transcerito:



CAPELA DE SANTA MARIA DA MAGDALENA



Fundamentos da Capela lançados em 1792. Doação do patrimônio em 1795. Inauguração da Capela em 1809. 1º Capelão: Cônego Manoel da Costa Palmeiro, vigário de Patos. Foi ele quem lançou os fundamentos e inaugurou a capela. 2º Capelão: Pe Antônio Dantas Correia de Góes, falecido em Patos, no dia 12 de março de 1852. Elevação do Teixeira à Freguesia em 06.10.1857 pela Lei Provincial nº 16. 1º Vigário: Pe José Germiniano Pereira Régis 2º Vigário: Pe Bernardo de Carvalho Andrade 3º Vigário: Pe Vicente Xavier de Farias

Em Teixeira, Leandro conviveu com violeiros da estatura de Inácio da Catingueira, Romano da Mãe d'Água, Bernardo Nogueira, Ungulino Nunes da Costa e Nicandro Nunes da Costa. Por eles nutriu admiração e deles adquiriu o estro da poesia popular.

De Teixeira mudou-se para Vitória de Santo Antão e de lá para o Recife, onde viveu na rua Motocolombó, nº 87, em Afogados.

Leandro era casado com Dona Venustiniana Aleixo de Barros, união da qual nasceu uma única filha, Raquel de Barros Batista que se casou com o poeta Pedro Batista (1890-1938).

Sobre Leandro, Luiz da Câmara Cascudo in Vaqueiros e Cantadores nos dá o seguinte depoimento (pág. 264 - edições de ouro):

"Nasceu e morreu na Paraíba, viajando pelo Nordeste. Viveu exclusivamente de escrever versos populares inventando desafios entre cantadores, arquitetando romances, narrando as aventuras de Antônio Silvino, comentando fatos, fazendo sátiras. Fecundo e sempre novo, original e espirituoso, é o responsável por 80% da glória dos cantadores atuais. Publicou cerca de mil folhetos, tirando deles dez mil edições. Esse inesgotável manancial correu ininterrupto enquanto Leandro viveu. É ainda o mais lido dos escritores populares. Escreveu para sertanejos e matutos, cantadores, cangaceiros, almocreves, comboieiro, feirantes e vaqueiros. É lido nas feiras, nas fazendas, sob as oiticicas nas horas do "rancho", no oitão das casas pobres, soletrado com amor e admirado com fanatismo. Seus romances, histórias românticas em versos, são decoradas pelos cantadores. Assim Alonso e Marina, O Boi Misterioso, João da Cruz, Rosa e Lino de Alencar, O Príncipe e a Fada, o satírico Cancão de Fogo, espécie de Palavras Cínicas, de Forjaz de Sampaio, a Órfã Abandonada, etc constituem literatura indispensável para os olhos sertanejos do nordeste. Não sei se ele chegou a medir-se com algum cantador. Conheci-o na capital paraibana. Baixo, grosso, de olhos claros, o bigodão espesso, cabeça redonda, meio corcovado, risonho, contador de anedotas, tendo a fala cantada e lenta do nortista, parecia mais um fazendeiro que um poeta, pleno de alegria, de graça e de oportunidade.

Quando a desgraça quer vir Não manda avisar ninguém, Não quer saber se um vai mal E nem se outro vai bem, E não procura saber Que idade Fulano tem. Não especula se é branco, Se é preto, rico, ou se é pobre, Se é de origem de escravo Ou se é de linhagem nobre! É como o sol quando nasce O que acha na terra, cobre!

Um dia, quando se fizer a colheita do folclore poético, reaparecerá o humilde Leandro Gomes de Barros, vivendo de fazer versos, espalhando uma onda sonora de entusiasmo e de alacridade na face triste do sertão."

O poeta João Martins de Ataíde, que comprou os direitos autorais de Leandro a Venustiniana Eulália de Barros, escreveu o seguinte no folheto A Pranteada Morte de Leandro Gomes de Barros:

Poeta como Leandro Inda o Brasil não criou, Por ser um dos escritores Que mais livros registrou, Canções, não se sabe quantas, Foram seiscentas e tantas As obras que publicou. No dia de sua morte O céu mostrou-se azulado, No visual horizonte Um círculo subdourado Amostrava no poente Que o poeta eminente Já havia se transportado.

Na tentativa de preservar a memória deste gênio da poesia popular, não posso deixar de registrar o depoimento de Carlos Drummond de Andrade, publicado no Jornal do Brasil, edição de 9 de setembro de 1976, que escreveu o seguinte:

"Em 1913, certamente mal informados, 39 escritores, num total de 173, elegeram por maioria relativa Olavo Bilac príncipe dos poetas brasileiros. Atribuo o resultado a má informação porque o título, a ser concedido, só poderia caber a Leandro Gomes de Barros, nome desconhecido no Rio de Janeiro, local da eleição promovida pela revista FON-FON, mas vastamente popular no Nordeste do País, onde suas obras alcançaram divulgação jamais sonhada pelo autor de "Ouvir Estrelas". (...) E aqui desfaço a perplexidade que algum leitor não familiarizado com o assunto estará sentindo ao ver defrontados os nomes de Olavo Bilac e Leandro Gomes de Barros. Um é poeta erudito, produto da cultura urbana e burguesa média; o outro, planta sertaneja vicejando à margem do cangaço, da seca e da pobreza. Aquele tinha livros admirados nas rodas sociais, e os salões o recebiam com flores. Este, espalhava seus versos em folhetos de cordel, de papel ordinário, com xilogravuras toscas, vendidos nas feiras a um público de alpercatas ou de pé no chão."

E continua Drummond, sua comparação justa e inteligente:

"A poesia parnasiana de Bilac, bela e suntuosa, correspondia a uma zona limitada de bem estar social, bebia inspiração européia e, mesmo quando se debruçava sobre temas brasileiros, só era captada pela elite que comandava o sistema de poder político, econômico e mundano. A de Leandro, pobre de ritmos, isenta de lavores musicais, sem apoio livresco, era o que tocava milhares de brasileiros humildes, ainda mais simples que o poeta, e necessitados de ver convertida e sublimada em canto a mesquinharia da vida (...). Não foi príncipe de poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro."

Severino Nunes de Farias, irmão mais velho do autor desta nota, na Fazenda Mugiqui onde mora atualmente, recolheu da memória e passou para o papel os seguintes versos inéditos de Leandro onde ele descreve um encontro que teve com o poeta Chagas Batista na estação de trem de Tapera:


Batista viajava de Vitória a Jaboatão,
Quando chegou a Tapera,
Que saltou na estação,
Encontrou-se com Leandro,
Entraram em coversação:
Bom-dia, Senhor Leandro,
Como vai, como passou,
Leandro não conhecia,
Mas disse também bom-dia,
De onde vem, quando chegou?
Para comprar cigarro
Tinha saltado do trem,
Disse ele: Não vou bem,
Conheces o meu ofício,
Já divulgo o precipício
E o desmantelo já vem.
Bom-dia, colega amado,
Disse Leandro a Batista
E lhe apurando a vista,
Viu-lhe o bigode raspado,
Ficou muito admirado,
Com muito cuidado olhou
E tomando liberdade,
Disse: Raspou de verdade,
Colega, quem desfeitou?
Disse-lhe Chagas: Ninguém,
Raspei porque hoje é moda,
Eu que sou homem da roda,
Por isso raspei também,
Só não raspa quem não tem,
A moda é de quem quiser,
Pode usar ela quem quer.
Então, Leandro lhe disse:
Homem sem barba é mulher,
Quando eu tinha doze anos
Não precisava de estojo,
Um cabra teve o arrojo
De me chamar de santinho,
Eu lhe disse: Você quer
Meter-se em couro de boi?
Ele me disse: Perdoe,
Homem sem barba é mulher!


Leandro nasceu em 19 de novembro de 1865, no sítio Melancia, em Pombal, e faleceu em Recife, no dia 4 de março de 1918.


[In Nota nº 72 do livro GUERREIRO TOGADO, Fatos Históricos de Alagoa do Monteiro, de autoria de Pedro Nunes Filho]

 

 

Rafael, Escola de Atenas, detalhes

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Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Pedro Nunes Filho



O guerreiro togado
 



GUERREIRO TOGADO é um livro cheio de emoções e cores, a saga de um guerreiro das caatingas que relata fatos históricos ocorridos no Cariri paraibano nos anos de 1911 e 1912. O personagem central deste ensaio é o bacharel Augusto de Santa Cruz Oliveira, formado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895. Augusto envolveu-se na vida política de Alagoa do Monteiro, sua terra natal, fazendo oposição à oligarquia dominante em seu Estado, sob inspiração do movimento das salvações, durante o governo do Presidente Hermes da Fonseca. O livro mostra uma geração austera, de formação granítica, tesouro de virtudes primitivas; mostra também como, aos poucos, a Nova República foi se armando para dar um bote definitivo no poder, quase sem limites, dos velhos coronéis.

O ensaio traz comentários críticos de Frederico Pernambucano de Mello, José Rafael de Menezes, ambos da Academia Pernambucana de Letras, de Linda Lewin, professora do Departamento de História da Universidade de Berkeley, Califórnia, e do poeta e Desembargador em Pernambuco, Manoel Rafael Neto. A capa é do artista plástico Adão Pinheiro.

O livro traz o selo da Editora da Universidade Federal de Pernambuco.

Recife: Editora Universitária, 1997
572 p., 14.5 x 21.0 cm.
Capa: Adão Pinheiro
Impressão: Sistema Digital de Publicação por Demanda da Editora Universitária - UFPE

 

 

 

Da Vinci, Cabe�a de mulher, estudo

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Maria de Lourdes Hortas

 

 

 

 

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