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José Aglaison Lopes Pinto

Thomas Colle,  The Return, 1837
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:

 

 


Ensaio & resenha:


Uma notícia do autor: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Velazquez, A forja de Vulcano

 

Sandro Botticelli, Saint Augustine, Ognissanti's Church, Firenze

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leighton, Lord Frederick ((British, 1830-1896), Girl, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um esboço de Leonardo da Vinci

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da Vinci, La Scapigliata, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The Gates of Dawn, Herbert Draper, UK, 1863-1920

 

 

 

 

 

 

José Aglaison Lopes Pinto

 

 

Diário do Nordeste, Fortaleza, Ceará, Brasil

9.11.2008

 

Notícia de bordo, a poesia sincrética de Linhares Filho

 

 

Cultivador de um gênero que resiste às técnicas e ao dinamismo de seu tempo, Linhares observa o humano e o expõe nos versos como que a maior exemplificação da vida, real e imaginária. O velho e o novo estruturam uma poesia cheia de apelos emotivos e circunstanciais. Dado o seu conhecimento acerca da arte poética, é capaz de produzir textos nas mais diversas formas: clássica, romântica, moderna, pós-moderna, sem abdicar da principal veia da poesia, a exaltação à arte de escrever, à Literatura.Seu livro de poemas, Notícias de bordo, indicado para o vestibular da UFC, é o motivo maior dessa edição.

Em Linhares, esta arte tece o ser humano nas suas mais variadas expressões, da alegria efusiva do nascimento à depressão e angústia da perda, da morte. Sem nenhum propósito estético-estilístico, podemos afirmar que os versos de Linhares Filho ilustram o ser humano, ou seja, é humanizado porque assim é a vida dentro e fora do indivíduo. Nós humanos somos um celeiro de sentimentos e ressentimentos, a vida ensina e malsina, porém ninguém quer deixá-la, senão os transgressores extremados, a exemplo de Quental e Sá-Carneiro, em Portugal, e Raul Pompéia em nosso país.

A fuga da vida, veja bem que não é a morte, mas uma não-intenção de viver, marca a poesia de Linhares Filho, um poeta que apenas reprisa o pessimismo sem adotá-lo, uma vez que credita os seus versos a uma evolução da humanidade, do ser humano enquanto criatura divina, porém sem ser a celeuma divinizada. Em Seres, que pode representar o processo de criação do escritor, o humano é mais humanizado, mas sem ser humanista, como bem se observa nas seguintes versos: Dos seres sendo produto, / sou deles nova versão. / Devendo-lhes um tributo, / exprimo-o pela criação.

Poética de uma vivência

Os poemas de Linhares Filho convergem, notadamente a antologia poética Notícias de Bordo, para uma situação experimental vivenciada por um eu

carregado de saudades - da terra natal, dos entes familiares, da Literatura que o influenciara, influenciou e influencia -, e de apelos sensuais. Este livro reúne o que, na concepção literária de Linhares, melhor representa a sua produção de 1968 até os nossos dias. E o ano de 68 marcou, no cenário artístico-literário cearense, o surgimento de um grupo de escritores e intelectuais que buscou ampliar o conceito de poesia em nosso estado, trata-se do Grupo SIN, que ao mesmo tempo passa o sentido de afirmação da poesia cearense e toda a sua amplitude, bem como menciona as mais variadas formas de composição poéticas, assim, configurando-se em um sincretismo literário. O ser humano em Linhares Filho é a sua grande fonte, é o seu motivo maior de produção. E nessa produção o homem e a mulher trafegam com todos os seus sentimentos, do mais mesquinho ao mais enobrecido. Linhares sintetiza em sua poesia o legado que se estende, na Literatura em Língua Portuguesa, da Idade Média aos nossos tempos contemporâneos; é um poeta completo, considerando-se as mais diversificadas formas de se fazer poesia: da medida velha à medida nova; do clássico soneto à poesia sentimentalista romântico-simbolista; da postura e visão iconoclastas dos primeiros modernistas ao experimentalismo estético-literário do grupo do qual foi um dos fundadores e que o projetou para o plano literário nacional e, também, universal.

Também é autor de uma das mais intrigantes teorias, muito bem ilustrada pelo enigma Machado de Assis, a Teoria da Latência Sensual, onde recorre ao simbólico e ao latente, previstos na obra romanesca do velho Bruxo. Linhares é camoniano, machadiano, pessoano, torgueano, drummoniano, recebe e adota todas as influências que se fizerem necessárias ao seu texto poético, sem deixar de ser Linhares, o filho de uma terra marcada por contradições e por isso mesmo rica de valores literários, e muito humana.

Retrato de um caminho

Os poemas selecionados para a construção do livro Notícias de bordo, antologia poética, podem exemplificar a tendência da poesia cearense e brasileira que se verificou a partir da década de 60 do século passado. Convencionalmente o grupo de escritores que fez parte desta vertente recebeu a denominação de Geração 60. Aqui no Ceará tal expediente ficou evidenciado logo que o Grupo SIN foi projetado e consolidado, isso no ano fatídico para a história política do Brasil de 1968. Este grupo pode ser compreendido como o amálgama poético no século XX.

Adotou posturas simétricas com destreza e altivez, mas também soube dar um tônus de relevante sentido regional, político, urbano e cosmopolita. Era uma poesia sem preocupações academicistas, contudo não chegou a ser ácida com os seus antecessores, reacionários ou subversivos, apenas buscou ampliar o plano poético de nosso estado, o qual, com o SIN, deixou de ser provinciano para se tornar universal.

A natureza temática

No que diz respeito ao livro de Linhares observa-se o homem preocupado com os seus mundos, exterior e interior, traçados ao gosto dos sentidos e sentimentos, não apenas do esteticismo. O poeta não tem preocupação alguma com o engajamento de sua obra, apenas, como se fosse pouco, poetiza as vivências nos vários planos de sua vida, pessoal, acadêmica, literária, social, dentre outros. São poemas extraídos de sete livros, cabalisticamente selecionados, no entanto não se pretende dar um tom espiritual e enigmático à obra do poeta de Lavras, visto que ele mesmo já traçou esses elementos como pertinentes a sua vida.

De Sumos do tempo (1968), foi extraído o texto Poema algo cômico de minha essência, onde viceja o cosmopolitismo de alguém cansado da vida moderna e enfadonha, e tão somente aliviado pelo ato de escrever poesia. Nesses versos o poeta se diz por acaso, pois o homem traz em sua alma o traquejo do mundo, seja de qual tempo for, algo que pode ser ilustrado com a última estrofe do interessante ´Poema algo cômico de minha essência´: ´O céu e a terra cosem-se aos meus artefatos. / Engrandeço-me na sua grandeza / e sinto-me um nada diante deles. / A dor é a minha matéria / e, quando trato do prazer, não vos iludais: / nos interstícios de uma faço ressoar o outro. / Penetrei o segredo de todas as ironias / arremessadas contra Deus e contra a vida, / mas nunca me converti à revolta dos homens. / Por isso, também canto salmos e hinos. A primeira parte tende à reflexão filosófico-espiritualista, mas não adota sistema algum de religião ou filosofias. É claro que existem as recorrências literárias, entretanto não determinam o sentimento do poeta, sevem como exemplos e referenciais, jamais como determinação de seu texto poético.

Dos poemas

A tematização da morte, muito freqüente em Literatura, não delimita o versejar de Linhares, nota-se apenas uma marca que também faz parte da vida, seja de quem fica ou de quem parte, conforme os versos de ´A minha mãe, habitante da morte´: ´Tua branca rede já não se arma / para a sesta. Todavia guardo, / com o ranger longínquo dos armadores, / a placidez do teu sono, / a entreter o meu sonho.

Na segunda parte Voz das coisas, verifica-se não mais uma transição entre o poeta e a poesia, não mais reflexões existencialistas, mas a consolidação de uma poesia rica e engenhosa, paralela aos maiores nomes do cânone em Língua portuguesa. Inicia-se com uma composição carregada de ironias que marcam o cotidiano das entidades de um século promissor em seu início, mas tenso e contraditório se mostrou em seu final.

Se tivermos de engajar o texto do poeta em algum segmento de estilo, podemos afirmar que tanto autor como poesia estão inseridos no contexto estético modernista.

O homem, os seus espaços, os seus entes queridos e toda a sua vida passam por um processo de recriação. Talvez o homem supere a morte com a memória, mas jamais vai deixar de velar os seus mortos; talvez o homem se fixe nalgum lugar, porém não deve deixar de cultuar aquele onde nasceu; talvez o homem crie um meio de ser feliz, contudo a sofreguidão continuará em seu passado, na angústia do presente e na incerteza do seu futuro. Linhares Filho chega à perfeição poética quando dialoga com outros textos, na ode ao rio de sua aldeia, não a aldeia de outros poetas, mas a do poeta cearense, sabedor como bem poucos que, para ser universal, é preciso antes de tudo pintar o seu quintal. E ele pinta uma imagem do Rio Salgado com doces palavras poetizadas: (Texto I)

Mais adiante o rio será testemunha do bem e do mal produzidos pelo ser humano. Está implícito o diálogo com Pessoa e seu Tejo, o que torna o texto de Linhares ainda mais rico em lirismo e poesia. A saudade do rio fecha o poema como que uma lamúria de nunca mais o poder margear. Trata-se de uma visão poética das mais expressivas da nossa literatura, comparada ao Rio Jaguaribe cantado em verso por Demócrito Rocha.

A Metapoesia
A última voz desta parte do livro afirma o legado que pode deixar o poeta-mestre, o qual se centra no repasse de informações e conhecimentos da vida. Fala o catedrático, o homem de conhecimento, que não promete metais, mas pode abrir mentes para, desse modo, falar e cantar as verdades de que a vida precisa no Ante-supremo canto ou prematuro testamento: (Texto II)

Pode-se destacar desta segunda parte a alternância de estrutura e forma do poema. Ora fixa-se a métrica, ora abre-se o texto com versos de liberdade branca sem simetria. Isso só comprova o vasto conhecimento literário que se internaliza em Linhares Filho.

Na terceira parte, Frutos da noite de trégua, o poeta nos passa uma lição de poesia, atestada com os versos: Banho-me no Poema / e me liberto redivivo e novo. A poesia é o ópio do poeta. Este aforismo é um tanto quanto vazio, mas se enche de verdades ao lermos estes versos de um poeta cheio de vida e conhecedor dela. A vida é pura poesia, quando comparada com a morte, mas se expande e anula o fim (a morte) ao se tornar imortal com todas as suas linhas escritas.

As forças antagônicas
Não é fácil comentar poemas de grande relevância sem se entregar e integrar a eles. Poucos poetas têm esta capacidade, e Linhares Filho consegue essa

proeza, em virtude de ser oriundo de um grupo de poetas que sabem do ofício de engendrar o texto em verso. Segue-se o ritmo da saudade e da sensualidade. A vida, a morte, a vida pós-morte e a aldeia são revisitadas como um Pessoa a revisitar a sua Lisboa. Lavras de Mangabeira é o mundo de Linhares, e o rio Salgado concede fertilidade para que o poeta ejacule palavras de várias matizes sem cair no chulo, como bem se afigura nos versos da Canção marítima: (Texto III)

Em Tempo de colheita, configura-se a influência recebida por Linhares, tanto de poetas da terra como de outras, antigos e modernos. Aqui se celebram Homero, Lorca, Torga, Bandeira, João Cabral de Melo Neto e a própria poesia. Os versos iniciais nO Trajeto da criação remetem-nos ao conhecido texto de João Cabral de Melo Neto, Tecendo a manhã, mas o poeta cearense não copia o poeta pernambucano, apenas busca um diálogo, ampliando o valor estético de seu texto. Não é a primeira vez que isso acontece no comentado livro, anteriormente, o autor de Lavras faz uma aliança literária com Cassiano Ricardo, evidenciando uma das marcas de sua poesia com os seguintes versos de Cassiano: Quem morreu, não foi ele. / Foram as coisas, que deixaram / de ser vistas pelos seus olhos. O título desta parte do livro se bem justifica com o poema Tempo de colheita 2, em que o homem cultiva uma terra de sacrifícios para dela extrair a própria poesia. Se Torga recorre à penedia para dela extrair o sumo de seu texto poeticamente elaborado em prosa, Linhares Filho cava o seu torrão para dele retirar uma poesia marcadamente telúrica e universal. Aqui terra e homem se unem, efetuando uma troca justa: a terra dá a seiva bruta, e o homem a trabalha, transformando-a em poesia.

O Canto do Passado
A quinta sessão (com ss por se tratar de um encontro e não um compartimento), Andanças e Marinhagens, o poeta mergulha no Atlântico para ser testemunha de um evento histórico que marcou profundamente a pátria lusitana e também o encontro de nosso país. Portugal, ao achar o que iria ser o Brasil, se reencontrou com sua história. Somos o mesmo povo, mas com a ressalva de sermos mais complacentes do que os portugueses. No soneto Invocação a Portugal, está patente uma sentença: a literatura portuguesa é tão marcante que ela não faz parte de Portugal, mas Portugal, dela, conforme os versos: Ensina-me com as tuas caravelas, / ó pátria de Camões, a

navegar, / que, enquanto ondas houver, batendo nelas, / não vais deter teu desafio ao mar. Note-se que a pátria é de Camões e não Camões da pátria. Linhares tem na Literatura um dos maiores temas existentes no seu livro

Notícias de bordo, este título pode sugerir as reminiscências de um nauta a caminho de um porto longínquo, rememorando toda a vida, sendo perscrutado pela morte, de familiares ou até mesmo do próprio eu-lírico. Ainda nesta parte do livro,tem-se homenagem a dois grandes nomes da literatura brasileira, Drummond e Machado de Assis, e um lusitano, Fernando Pessoa, que são referências de uma poesia cheia de vivências, andanças, marinhagens, tempos, vivos e mortos. Revela-se, por este turno, um soneto que pressente o tempo final da vida, mas não, felizmente, consolidado, uma vez que há muito ainda o que dizer em verso e prosa. A vida passa, a poesia não morre e o poeta se imortaliza com seus versos que ilustram e justificam o viver, conforme a idéia do belo canto de esperança Espera da ave da paz, onde se celebra, então, o retorno do amor verdadeiro ao coração dos homens. Rebuscas e reencontros revela uma poesia marcada pela humanidade, sem o racionalismo humanístico. Enaltece o homem, criatura sujeita ao bem e ao mal, Camões, grande fonte de todos os poetas do vernáculo, o Ceará, lugar onde o sangue rega o solo, Lavras Mangabeira, cidade ausente, porém, uma ilha e um refúgio permanentes.

A Expressão Clássica
E, para fechar o livro, em Cantos de fuga e ancoragem, faz-se um canto de amor em forma clássica, onde a sedução da amada é o lugar em que se pretende largar a âncora, enterrar-se nela e ser parte do mesmo corpo, da mesma alma, pois sentencia-se que O meu desejo em turbilhão se agita / por esse porte de palmeira esbelta. / O fulgor da atração me precipita / para os anseios teus, que exala um delta. Neste soneto afirma-se um tema de grande importância para o livro, o Amor, enquanto sentimento de atração e convergência, que torna dois em um só, porque, assim, ´Contigo me encontrei para, na vida, / um só plano cumprir de corpo e alma, / sentindo sempre que és o meu poema.´

A amada é fonte inesgotável, segundo os versos de Linhares no último segmento de seu livro. O estribilho neste poema confirma que o poeta é cheio de emoções. Nas estrofes que intitulam esta obra, o poeta recorre ao verso redondilho para afirmar as notícias que traz consigo a bordo da vida, que ensina, malsina e termina em verso e poesia.

VERSOS

Texto I
Rio Salgado da infância,
eu te olhava com uns olhos
compridos como o desejo:
nadar em ti nunca pude
como faziam os outros
meninos de tuas margens.
Por isso é que em tuas águas,
ó Jordão de minha vida,
tive o batismo do sonho
e ainda me corres no peito.
Salga-me, assim, com doçuras,
Para que eu não apodreça.

Texto II
Dou-vos escassas colheitas,
conseguidas com o ofício
de fazer chuva-de-giz
defronte do quadro-verde.
Chuva de uma como cinza,
cinza branca de uns cigarros,
que na vida vou gastando
como em teatro sem aplauso;
cai nos olhos, suja os dedos,
cobre de neve os cabelos,
no entanto fecunda o trigo
para o pão de nossa mesa.
Deixo-vos prédios de sonhos
e latifúndios de nadas.

Texto III

Mulher e Mar, tens encantos de fêmea
para o meu sôfrego percurso.
Meu destino é a quietude
que se esconde sob as tuas algas
e sob a tua salsugem.
Não há limites para o marulhar
que em tua ilharga ferve.
Enquanto ninfas e elfos
longe se divertem,
eu renasço para te amar.
Se marejas, tens mariscos
ao lusco-fusco, na preamar.
 



SAIBA MAIS
BARBALHO, Alexandre & BARROSO, Oswald. Org. Letras ao sol: antologia da Literatura cearense. 2ª ed. Fortaleza: Ed. Fundação Demócrito Rocha, 1998.

FILHO, Linhares. Itinerário: trinta anos de poesia, 1968-1998. São Paulo: Scortecci, 1998.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 14ª ed. São Paulo: Cultrix, 1999.

MORICONI, Italo. Como e por que ler a poesia brasileira do século XX. Rio de Janeiro: Objetiva , 2002.

PERRONE-MOISÉS, Leyla. Inútil poesia e outros ensaios breves. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
 



JOSÉ AGLAILSON LOPES PINTO*
Colaborador
*Ensaista e professor

FIQUE POR DENTRO

Um perfil da vida e obra de Linhares Filho
Nascido a 28 de fevereiro de 1939, em Lavras da Mangabeira, filho de José Linhares Gonçalves, ex-prefeito da cidade antes mencionada, e da artista plástica Maria da Conceição Esteves Linhares, o poeta, ensaísta, crítico literário, acadêmico e, principalmente, Professor Doutor em Literatura, Linhares Filho, figura entre os que cultivam de forma exemplar a versificação pautada na terra da luz. Linhares Filho se engaja no grupo de intelectuais que formaram e enriquecem o trabalho literário do Ceará. Vindo do sertão do Cariri, este homem fez os primeiros estudos no Crato, depois, veio a Fortaleza concluir os estudos básicos e superior, respectivamente, no Liceu do Ceará e na Universidade Federal do Ceará (UFC). Nesta instituição de ensino também cursou Direito, mas a paixão pela Literatura o fez desistir e ingressar, pela mesma universidade, na Faculdade de Letras.

          

Direto para a page de Linhares Filho

 

 

Adriana Zapparoli

 

Ana Guimarães

 

 

 

 

8.11.2008