Marlene Andrade Martins
Sem-terra, num infinito teto, co’as dores
Nem as dores sobrevivem à expectativa.
Tem um silêncio contemplando
o piscar do brilhar de hoje da estrela pobre
se distanciando da força de ontem.
O vagalume ostenta seu brilho,
sem constância.
Daqui e dali, se ruma na força da gravidade, até quando?
A lâmina da foice brilha na noite,
enquanto espera a decisão,
se vem... depois do amanhecer.
A terra sem consciência de dono
espera por quem a cuide.
A lâmina da foice brilha na noite.
O vagalume, daqui e dali,
se ruma na força da gravidade.
O silêncio contempla o brilhar da estrela de hoje.
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