Eis que, depois de um feriado debaixo e abaixo de chuva, ao sair à tarde, voltar para casa depois de apreciar a tentativa do sol mostrar sua cara, vermelha com fundo amarelo, e após olhar a caixa postal (aquela real, não esta) e não havia nada!

Adentrando ao edíficio, noto qualquer coisa parecida com um envelope, de cor de tijolo, sobre a antiga caixa de correio que, aqui, no meu edifício, ficava na parte interna do mesmo. Deve ser de alguém que não mora mais aqui, pensei. Fui verificar. Que delícia: era justamente para mim. Algum vizinho com dó do jornal, ao receber o carteiro, o pegou e colocou ali. Não caberia dentro da nova caixa e os carteiros de hoje em dia dobram tudo o que não vir a caber na tal caixa... Também, foi-se o tempo em que nos conhecíamos a todos, principalmente, nessas metrópolis onde vivemos, não é mesmo?

Após entrar em casa e, no silêncio do quarto, eis-me a devorar o jornal: o jornal, não. Os três que você me enviou!  "Estudos & Catálogos - Mãos", "Da maldição das estantes" e, "Da Caixa Postal aos Corrós de Açude". Ainda a tentar perder-me neles, pois, quando nos encontramos, já não tem mais graça.

Muito obrigado, amigo, pelo bem que está a fazer-me, hoje.

Um abraço

P@ulo Monti