Adriana Bernardi
Comentário de Réquiem
em sol da tarde:
SF
E réquiem só conhecia o de Mozart e o do
Guarnieri - e de mais alguém que não me lembro o nome... Fui lá,
certa que encontraria uma missa... Não era uma missa, vê se pode?
Era, de fato, um réquiem. Prazer em conhecê-lo, réquiem sem coro nem
tímpanos. Só com maestro. E despedida. Como tem que ser.
Fiquei pensando nessas vezes que a gente
tropeça, depois de muito tempo sem ver, em ex-amores, grandes amigos
que deixaram de fazer parte das nossas vidas... que volta à casa da vó muito tempo depois dela ter partido... no colégio do jardim da
infância... na pracinha que a gente andava de bicicleta... e a gente
se espanta com o novo penteado, a barriguinha que surgiu, com o
cheiro de casa de vó que virou cheiro de tapete fofo, com aquelas
árvores traiçoeiras que continuaram a crescer sem precisar do nosso
olhar como adubo!
Bateu saudade...
Sabe o que mais me espanta nos teus
poemas??? É a singeleza. (existe essa palavra pelo-amor-de-deus???)
A delicadeza. A simplicidade ao expressar a dor. Um fato. Um mundão.
E fico tentado imaginar como teu olhar funciona. O que ele vê... de
que jeito vê. E as peripécias que vc deve aprontar pra chegar ao
simples... é porque num quero acreditar que vc chega facim, facim na
essência. Assim... como num espirro. Num é possível!!! ou é?. E num
te falei. Mas no céu também tem internet¹. ''Divinha por quê??)
Outro abração
Adriana
1- A propósito de No céu tem prozac
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