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Carine Araújo 

poetacarinearaujo@hotmail.com

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Contos:


Alguma notícia da autora:

 

Carine Araújo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

William Blake, Death on a Pale Horse

 

Allan Banks, USA, Hanna

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Andreas Achenbach, Germany (1815 - 1910), A Fishing Boat

 

 

 

 

 

Carine Araújo


 

Biografia:

 

“Seja qual for o caminho que eu escolher
um poeta já passou por ele antes de mim”
S. Freud


 

Vem da cidade serrana de Muritiba. Lugar aprazível pelo seu clima, sua história, sua gente.
Terra onde as Filarmônicas enchem as ruas com seus dobrados; terra de pessoas devotas de Nosso Senhor do Bonfim que, em janeiro, embalsa a cidade com muita água de cheiro nesse Recôncavo Baiano.
Carine, como todos os muritibanos, aprendeu desde cedo a respeitar um certo Castro Alves, poeta e filho ilustre daquela terra, quiçá de todas elas.
Em 2004, com a performance Mãe África foi selecionada para a Bienal do Recôncavo, recitando ao som ancestral do rum, rum pi, rum lé o poema Vozes d’África, do poeta e mestre conterrâneo.
Estreou a sua pena aos 13 anos de idade quando venceu o 1º Concurso de Poesia do CECA, escola da região.
Mas o poeta não se faz por concursos ou prêmios, se faz talvez pela quase maldição de querer traduzir o Eu, o Outro, o Ser e as Coisas, o Nada.
Eis os versos de Carine Araújo, palavras riscadas no papel dessa filopoesia que traz Idéias sobre Si e sobre o Mundo.
Versos que traduzem uma admiração incomensurável pela vida, um amor inefável pela Literatura e uma vontade ímpar de compartilhar as alegrias e as angústias da arte de Ser Poeta.

 

Fábio Batista Pereira
Historiador e músico
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caravagio, Êxtase de São Francisco

 

 

 

 

 

Carine Araújo


 

Alfa e Ômega
                                     Àquele que é o único lugar onde tenho vida, F.B.P.


Durmo a vigilância do teu sono
Embalada e embalando o teu ressonar
A sombra impressionista do teu corpo
Revejo teus sonhos em making-off
E guardo em segredo teu último olhar
Fechas os olhos, a escuridão se achega
Não há mais lugar onde possa habitar
És onde estou e onde quero chegar
 

 

 

 

Henry J. Hudson, Neaera Reading a Letter From Catallus

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Marcelo Coelho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Titian, Venus with Organist and Cupid

 

 

 

 

 

Carine Araújo


 

Anarquia


 


A rebeldia que nos alimenta
Vem talvez do fel
Derramado pela serpente adâmica
Vem talvez da morte
De heróis que não se sabiam
Vem talvez da dor
De crianças desnascidas
Vem talvez de nós
E dessa vontade incontrolável
De ser

 

 

 

Rembrandt, Holanda, 1606-1669, A volta do Filho Pródigo

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Alfredo Fressia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Consummatum est Jerusalem

 

 

 

 

Carine Araújo


 

Delírios de noite e meia


Imagens criptógraficas
Em desenhos fosforescentes
Pendurados no ponteiro
Por sobre os rios de Cachoeira
Correm, tic-tac, sem parada
Até o hedonismo profundo do ser
Que se rompe e se contrai
Em pó, barro
E lançado no rio
Lama


 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), The Grief of the Pasha

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Carlos Herculano Lopes

 

 

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

 

 

 

 

Carine Araújo


 

DRUMMONDEAR


Não farei versos do tamanho do mundo
Em meu coração já não cabem
E nem eu em mim mesmo
Não vou cantar recordações
De uma terra que nem conheci
Vou dizer a verdade das rosas
Que catei num caminho
Sem pedras
Vou anunciar a loucura
Contida em cada lucidez
E a cada momento voltar-me-ei para ti
E saberei que estás de pé
 

 

 

 

Ticiano, Salomé

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Batista de Lima

 

 

 

 

 

24.10.2005