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Carlos Herculano Lopes

Tintoretto, Criação dos animais

Conto:


 Ensaio, crítica, resenha & comentário:


 Alguma notícia do autor:

 

 

Mary Wollstonecraft, by John Opie, 1797 John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Consummatum est Jerusalem

Carlos Herculano Lopes


 

Comentário sobre Estudos & Catálogos - Mãos:

 

 

Carlos Herculano Lopes

 

Caro Feitosa,Carlos Herculano Lopes

Muito obrigado pelo Estudos & Catálogos — Mãos, que li com o maior interesse. Precisamos sempre de gente assim. com sua garra, para manter sempre aceso o pavio da poesia. O Ceará nunca falha.

Um grande abraço e parabéns.

Carlos Herculano Lopes,

BH/jun/2004

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

Carlos Herculano Lopes



Nota bibliográfica e fortuna crítica:

 

 

Carlos Herculano Lopes é um garimpeiro de realidades. É no fato, na cena de rua, no olho das pessoas, na vida sem maquiagens, que o escritor mineiro acha as suas pepitas, com uma peneira de pele e um irresistível dom de catar pedras nas nuvens, flores em alto-mar, latas abertas no dente, na marra, nos desejos que nos movem. Formado em jornalismo, ele trabalha no jornal O Estado de Minas. Já publicou três romances, três livros de contos e um de crônica, participou de 15 antologias e recebeu alguns dos mais importantes prêmios da literatura brasileira, entre eles o Guimarães Rosa, o Cidade de Belo Horizonte e o da 5º Bienal Nestlé. Autor de SOMBRAS DE JULHO, O PESCADOR DE LATINHAS, O ÚLTIMO CONHAQUE, A DANÇA DOS CABELOS, CORAÇÃO AOS PULOS (editora Record), e outros livros de fazer o leitor saltar de alegria, Carlos Herculano nos surpreende a cada novo trabalho.

O escritor e crítico Nelson de Oliveira, por exemplo, é um dos que se assombram com a qualidade literária de Herculano. Em resenha publicada no Jornal do Brasil, Nelson entra nas veias de CORAÇÃO AOS PULOS, uma deliciosa coletânea de minicontos:

“O susto que levei ao começar a ler o primeiro conto do novo livro de Carlos Herculano Lopes, CORAÇÃO AOS PULOS, foi por conta da simplicidade do texto (...). Que fique claro: o termo simples, neste caso, denota densidade ficcional aliada à clareza discursiva, jamais falta de elaboração. (...) Nesta coletânea, o universo onírico e os desajustes com a figura paterna, em geral agressiva e bronca, são reelaborados compulsivamente. Mesmo que tais temas já tenham sido explorados à exaustão, a suavidade com que Carlos Herculano Lopes os reapresenta faz de CORAÇÃO AOS PULOS uma coletânea para diversos paladares, do rústico ao refinado. Razão pela qual o gesto simples, que nada tem a ver com a mera simplificação, vem bem a calhar quando o que se procura é a leitura menos polêmica e mais sedutora, e, por conta disso, a ampliação do número de leitores de contos, curtos e longos.”

Por sua vez, com o romance A DANÇA DOS CABELOS, Carlos Herculano Lopes despenteia a lógica, apara as ausências, desembaraça ainda mais os mistérios da sedução narrativa e tira a crítica para dançar de rosto colado no texto. Alguns comentários sobre o livro:

“Inventivo no enredo, no apuro da frase, no trato das sexualidades ilegítimas e dos amores heréticos, está na praça um romance de alto nível.”
Deonísio da Silva, O Estado de São Paulo.

(...) neste pequeno e denso romance temos a oportunidade de entrar profundamente em um Brasil não-cordial, pré-lógico, pré-urbano e pré-diurno, construído a sangue, fogo e infâmia. Aí está um pouco da história oculta do nosso passado.
Carlos Emílio Corrêia Lima, Jornal do Brasil.

A DANÇA DOS CABELOS é a vida vivida e refletida na arte, o viver do outro fermentando e jorrando de maneira lírica.
Duílio Gomes, O Estado de Minas.

(...) escreveu pouco e disse muito.
Antônio Carlos Rocha, O Globo.
 

 

Na orelha do livro, Rita Espeschit escreve:

Além de ser um belo romance, A DANÇA DOS CABELOS também pode ser considerado um delicado bordado, uma renda fina de palavras tecidas pelas lembranças de três Isauras: avó, mãe e filha. São as vidas destas mulheres que, cosidas num mesmo tecido, compõem o jogo de armar de uma história que seduz e captura o leitor desde o início.

Como já disse o crítico Ronaldo Cagiano, “Carlos Herculano Lopes faz uma faxina na forma e no conteúdo, e ao longo de sua vitoriosa carreira literária, confirma não apenas o talento versátil e o estilo singular, mas seu vínculo e compromisso com uma arte do mais alto padrão estético.
 

Um padrão que não se prende a modelos e se desfaz feito chuva, nos textos do autor, para ganhar outras formas, ainda mais ricas e remexidas, na visão de cada leitor.

 

 

Bronzino, Vênus e Cupido

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Xênia Antunes

 

 

 

 

 

Goya, Maja Desnuda

Carlos Herculano Lopes


 

Livros:

 

O ÚLTIMO CONHAQUE (1980, Record)

SOMBRAS DE JULHO
(1991, Atual)

CORAÇÃO AOS PULOS
(2001, Record)
O PESCADOR DE LATINHAS (2001, Record) A DANÇA DOS CABELOS
(2001, Record)

 

Albert-Joseph Pénot (French, 1870-?), Nude with red flowers in hair

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Wilson Martins

 

 

 

 

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