Eunice Arruda
Observador Observador claras manhãs nas calçadas pessoas rápidas respiram claras manhãs nas vitrinas doces ávidos saciam a outra fome, claras manhãs
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Boliche Boliche Rodando ao redor De nenhuma fogueira Sem braços abraços rodando tentando escapar Da roda
Estranhamento Estranhamento Quem é que eu olho? Almas escuras águia nos olhos Iguais diferentes Quem é quem me olha?
Obscuro Obscuro No meio das folhas No meio de um meio-dia passos rápidos relâmpagos seqüestros No meio no redemoinho um rosto tenta nascer
Esqueci Esqueci o meu caminho de casa o sono úmido útero o nome dos sentimentos as mãos dadas às praças as flores as estações, esqueci o rosto de minha mãe
Batalhão Batalhão Lá a tarde não cessa É uma praça parece Lá aguardam e tem pressa de reiniciar o que foi guerra promessa Lá posso escolher o meu outro rosto
27/06/2005