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Eleonora Cajahyba

Poussin, The Empire of Flora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia da autora:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Albrecht Dürer, Head of an apostle looking upward

 

Bernini_Bacchanal_A_Faun_Teased_by_Children

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Nurture of Bacchus

 

 

 

 

 

Eleonora Cajahyba


 

Bio-bibliografia


Nasceu em Ubaíra, Bahia. Bacharel em Direito com Doutorado, pela Universidade Federal da Bahia, em 1966. Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, desde 1996. Obras Poéticas Publicadas: Temas e Rimas, (Poesias), Empresa Gráfica da Bahia, EGBA, 1975; Estrutura Metálica, (Poesias), Empresa Gráfica da Bahia, EGBA, 1978; O Silêncio do Verso, ( Poesias), Empresa Gráfica da Bahia, EGBA, 2000; Mil Anos de Amizade, (Prosa), Empresa Gráfica da Bahia, EGBA, 2001; Lampejos da Meia-Noite, (Poesias), Edições Cidade da Bahia (Guido Guerra), Empresa Gráfica da Bahia, EGBA. Recebeu críticas elogiosas de diversos escritores. Foi homenageada por serviços prestados à comunidade baiana, tendo sido designada como nome de rua e colégio público. Representante do Magistrado Baiano, em 1995, perante o Instituto dos Magistrados Brasileiros. Representou a entidade em outros eventos. Membro Efetivo da Comissão de Concurso para Juiz de Direito em 1998/99. Obra no Prelo: Crônicas e Contos Juvenis.


Fonte: In pág. 270, CARNEIRO, Caio Porfírio. SAYEG, J, B. em Vocação Nacional da UBE - (62 anos) - União Brasileira de Escritores, São Paulo, RG Editores, 2004.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Theodore Chasseriau, França, 1853, The Tepidarium

 

 

 

 

 

Eleonora Cajahyba


 

Ode à poesia


Cantei o poeta e os mais altos louvores
Do criador de mundos ignorados,
Que flutua em hipóteses de amores,
Dos mais distantes mares vislumbrados.

Não cantei da Poesia seus fulgores
De rainha dos nobres cadenciados
Versos de gama e gema multicores,
Dos gregos aos romanos, decantados...

Peço perdão, com a mente genuflexa,
Pelo tempo perdido e indiferente
A tão augusta musa sem rival.

Safo quedou-se pasma, mas perplexa
Ante tua grandeza resplendente...
Dos séculos serás Deusa imotal!


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Eleonora Cajahyba


 

Estelionato literário


De tudo existe neste velho mundo,
Até quem faça crônica qualquer
Sem ter um pensamento ou idéia sequer:
Furta o mérito alheio – o mais fecundo.

Estelionato, crime assaz oriundo
De todo mau caráter, faz mister
O Escrutor denunciá-lo, e assim, requer
A Lei contra esse engodo vil e imundo.

Mas pula esse insensato carreirista
No talento do mais bondoso artista,
Posando de notável escritor...

Assim, tem grande fama de letrista,
Até que um dia o cínico golpista
É descoberto... e o santo cai do andor.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eleonora Cajahyba


 

Balada do ontem e do hoje


Eu já cantei o amor e o afável vento,
A tristeza, a saudade e a comoção;
A dor, a fria morte e o sentimento
Desfolhei rosas rubras da paixão...

Joguei-as lá no caos do esquecimento
E colhi-as no enlevo da oração;
Mas chega tão pungente o desalento
E dói na alma e tritura o coração.

Se acaba do passado tal tristeza
Brilha o sol e sorri a natureza
Chovem dourados pingos pelo chão.

Eis a dança de dois, após a luta
Do hoje sobre o ontem;tudo assim exulta
A inigualável paz do coração!


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Eleonora Cajahyba


 

Eleonorinha


És um pingo meigüíssimo de gente
Terno, suave, doce como a flor;
Na pele rósea, tens a cor do amor,
Vejo-te em sonho quando estás ausente.

Teus olhos de safira transparente,
Fitando-me com máximo dulçor,
Embalam-me no riso encantador,
A me elevar a Deus, como um presente.

Foi Ele o sustentáculo da vida.
Que emoldurou tua alma delicada,
Trazendo-me a alegria, antes perdida.

Serás feliz assim, muito querida,
Teu amor espargindo, e muito amada,
Por toda a tua senda já florida...


 

 

 

 

 

17/11/2005