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Jorge Humberto 

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Poussin, The Empire of Flora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leonardo da Vinci, Embrião

 

Franz Xavier Winterhalter, retrato de Roza Potocka

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Cole (1801-1848), The Voyage of Life: Youth

 

 

 

 

 

Jorge Humberto


 

E a noite... lá fora


Flor, não tem,
Perfume eu nunca vi,
Que ficasse bem,
Àquela que me sorri.


Não tem nem pode ter
E, se bem ficasse, seria aquém,
Que quem pode bem meu querer,
É bela como ninguém.


E é tão certo, isto que digo,
Que não tem contradição,
Gostar de ti, meu amigo,
Amar a quem tem meu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Jorge Humberto


 

Isto é quem sou...


Isto é quem sou... e não outra coisa que o valha.


Desculpem-me, a minha dignidade,
Se sou poeta e não me conformo nunca,
Nem com o que existe, menos ainda pelo que virá,
Sempre mais tarde ou mais cedo.


Obviamente que me faltarão outros requisitos – aos quais
Dou estremo valor -, como ter a responsabilidade,
Para governar uma casa, mas nem me acho injusto, nesse aspecto,
Agora que escolha fazer – que morra o poeta; quiçá,
Ocasionalmente, haja o Homem, que nasça,
Em toda a sua suada, surda, muda pequena sensatez?

 

 

 

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Benedicto Ferri de Barros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Triumph of Neptune

 

 

 

 

 

Jorge Humberto


 

Amantíssima companheira


Minha amantíssima companheira,
De todas a primeira,
Como é bom estar contigo,
Na noite altaneira,
Ser teu parceiro e amigo.


Compartilhar meus segredos,
Sem receios ou vagos medos,
É conquista aprendida,
Nas desventuras e nos anelos,
E eu vivo assim a nossa vida,


Esperando a hora pacientemente,
Que chegues a casa finalmente,
E do beijo tão esperado,
Sirvo-te o jantar ainda quente,
Num prato simples e bem adornado.

 

 

 

Bernini_Bacchanal_A_Faun_Teased_by_Children

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Aleilton Fonseca

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, Acis and Galatea

 

 

 

 

Jorge Humberto


 

Poencanto


De Terras de Portugal,
que me viu nascer,
vim para Terras do Brasil
e aqui espero morrer.


Pelo amor que lhe tenho -
a esse Brasil,
que tem nome de mulher-,
até a morte parece menos vil,
por isso, enquanto ela me quiser,
eu serei dela e ela, minha mulher.

 

 

 

Albrecht Dürer, Germany, Study of praying hands

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Cussy de Almeida

 

 

24/05/2005