Um
copo
de
prosa
Uma
câmara
ardente,
a
viva
voz
A
cintilação
dos
olhos
Temperados
pela
transparência
da
luz
A
abertura
dos
poros
Aparelhados pelas
aerovias
do
momento
Ainda
no
segundo
copo
falar
das
novas
para
o
lado
do
azul
ainda
que
estanque
e
sem
defesa
contra
membrana
cinza
túrgida
desses
dias
férreos
e desse
continente
não
se veja
uma
tampa
removível
um
istmo,
que
fosse
mesmo
algum
trilho
No
terceiro das
contemplações
e
inquietações
crescentes
algum
velho
projeto
tão
aquém,
incompleto
carcomido
novo
tornando-se
atraso
mas
por
princípio
resistindo
das
gorduras
excessivas
em
relação
a
um
tempo
pretérito
dos
anos
decorridos
com
valor
demonstrativo
indicador
de
posse
presente
ou
futura
Depois
sensíveis
ouvidos
oscilando
entre
a
gravidade
e o
riso
mansos
e
serenos,
receptores
de
um
jato
das
águas
passadas
mesmo
quando
a
língua
cheia
de
demônios
Nesse
caso
pode dar-se o recontágio do
espírito
uma
reaproximação
coronária
ao
que
ambos
fomos
um
precipitar-se
para
dentro
do
subsolo
dos
afetos
e
então
toparemos
com
a
fonte
verdadeiramente
viva