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			Sérgio Mattos 
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
              
                                                                   
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
            
            Quando sinto 
			 
			 
			Quando sinto o desencanto, procuro tuas mãos  
			que trazem o conforto e me fazem palpitar.  
			Permaneço disperso, sentindo teu perfume 
			e tua presença, suspensa nas nuvens da imaginação. 
			 
			 
			Do papel onde escrevo, tuas curvas tomam formas  
			e, como sombra, teu corpo nu, eu vejo.  
			Um sorriso va enche-me o rosto  
			e na tentativa de acariciar-te ouço longe,  
			muito longe, passos, vozes e o bater da máquina de escrever. 
			 
			 
			Teu corpo nu desaparece, enquanto o tempo volta a agir 
			e minhas mãos a trabalhar.  
			Um leve tremor invade-me a alma  
			e uma complacente esperança  
			consola-me, porque tenho certeza  
			de ao chegar em casa, sobre a cama,  
			encontrar teu corpo quente. 
             
  
                                                                   
          
                                                                        
                                                                        
                   
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