Estudos &
catálogos — mãos
Dos
leitores
Sent: Tuesday, January 20,
2004 11:03 PM
fui
agraciada com o seu texto Estudos & Catálogos
– Mãos, que
eu encontrei em casa na volta de uma viagem de começo de
ano. Foi o texto mais lindo, mais bem plasmado, que li
ultimamente. A princípio pensei que fosse um conto, só depois vi
que era um prefácio. É mais
que um prefácio. Ah, se tivéssemos
tantos prefácios assim! Você precisa escrever um romance sobre o
tema. E as apreciações? Como temos gente boa neste nordeste,
neste país. Também levei seu texto para o meu grupo literário,
foi sucesso.
Um
forte abraço com todas as louvações.
Cláudio
Aguiar
Meu
caro
Soares Feitosa,
Agradeço
a remessa de Estudos & Catálogos –
Mãos, pelo que deduzi,
prefácio a livro do nosso querido amigo Virgílio Maia.
Há
na sua lavra aquele rumor poético que ultrapassa a delimitação
dos gêneros que parece prescindir da forma, porque se apresenta
pura, cristalina, gerando emoções ambivalentes e plúrimas.
Obrigado
pela lembrança.
Um próspero 2004!
Abraça-o
Cláudio
Aguiar
Clotilde
Tavares
Sent: Wednesday, January 21, 2004
1:28 PM
Subject: Deslumbrada!
Caro amigo,
Recebi
seu Estudos & Catálogos –
Mãos, que li enlevada.
Imagine que estou escrevendo as antigas histórias da minha família,
passadas no meio de fazendas, criação de gado, essas coisas das
quais você fala... A leitura caiu como água em terra seca. A
delicadeza do "Ele" e do "Ela"...
Obrigada
por ter enviado essa preciosidade pelo Correio. Fico sua devedora.
Alcir
Pécora
Caro
Soares Feitosa,
acabo
de receber o Jornal de Poesia com o seu prefácio
do livro de Virgílio Maia, que infelizmente não conhecia. Sorte
que há gente como você aplicada a destruir ignorâncias.
Obrigado,
Alcir.
Gláucia Lemos
Soares,
Que
saudade, meu amigo, dizemos nós, seus amigos da Bahia, por onde o
poeta passou rapidinho e deixou um cheiro gostoso de amizade.
Felizmente faz chegar-nos, de quando em quando, um fruto de sua
sensibilidade. Bem aventurados os que o merecem!
Cururu
é bicho nordestino, bicho do mato mesmo, batráquio que gosta de
lagoa. O ferro e concreto das terras do Sul, o diesel e o neon e os
areais salgados das "beaches" sulistas não têm cururu.
Bem vinda as Edições Cururu! O bicho não mora lá, mas as Edições
viajam, sim.
E
o prefácio, mas que prefácio, menino?! O texto todo é miolo
principal, razão de ser de publicação à parte, esse que me fez
revisitar um cheiro de terra molhada no receber um pé-d’água em
cima da quentura do chão. Resgatou-me da infância o cantar da
chuva noturna em telhado de telha-vã feita de barro. Conto que só
quem conhece é quem viveu em cidade do Nordeste, que a chuva não
canta assim em cima de cobertura de laje. O texto, seu Soares, é
mais uma impressão digital do poeta Soares Feitosa. Um coração
nordestino tem o formato do mapa de toda a sua região. Altera a
anatomia.
Que
saudade me deu de um trecho da infância vivido em uma capital mais
nordestina que esta capital da Bahia onde nasci e que amo
extremamente! Quem me dera retornar à Paságarda onde não sou
amiga do rei, mas mereço andar pelas ruas sem o dever de me cuidar
de uma possível arma me ameaçando as costelas. A gente cansa desse
universo de portões e grades, e da paisagem rígida de espigões
que tapam o sol e escondem as águas da baía. E pensa no mato.
Por
isso, um VIVA! Aos aboios das manhãzinhas e dos entardeceres
ecoando em distâncias imensuráveis... apenas ecoando. Um VIVA! ao
poeta que vive tão intensamente essa sua raiz e nos faz evocar um
mundo que talvez nem exista mais. E ao "Francisquinho de dez
anos", que até dá vontade de carregar no colo. Instinto
materno é ainda mais forte que raiz. Privilégio feminino ou...
sentença de servidão.
Pensei
em retribuir o envio do seu texto. Naturalmente haveria de ser com
um texto meu. Envio-lhe Luaral, um delírio meu. Talvez uma prosa
poética como disse Mário Calmon. Nada nordestino, ao contrário,
de uma universalidade que impossível, por inalcançável, filho da
febre em que deliramos.
E
um abraço, bem abração.
Gláucia
Lemos
Carlos Nejar
Poeta-Amigo
Soares Feitosa:
Há
muito devo-te mais de uma palavra. Desde antes de nosso encontro
fraterno em Salvador. Quero abraçar-te, comovido, pelo fulgor e
inventividade do teu prefácio ao admirável Virgílio Maia
(conheço-o de outro livro, não deste). O prefácio é um poema de
belíssima feitura, com o estalo e o catálogo do sertão, o que
fica: coração aprumado na luz.
Parabéns
pelo trabalho pioneiro e maravilhoso de divulgador de poesia na
internet: operário inumerável da palavra. Despertei tarde a este
veículo, cada dia mais útil. Foi-me uma espécie de retardança de
progresso, ao contrário do que sou na linguagem. Aliás,
mandar-te-ei alguma coisa minha.
Seu
irmão pampeano,
o
Carlos Nejar
Marigê Quirino Marchini
Prezado
Soares Feitosa,
Seu
prefácio Estudos & Catálogos – Mãos é um maravilhoso
ordenamento de um Brasil existente nos bois, nos ferros cruéis, nas
madrugadas. nos sertões, nas gentes sertanejas que, nós aqui,
nestas urbes — desenvolvidas, violentas e poluídas — mal
conhecemos, mal amamos, mas bem recebemos, com júbilo, pois é um
portal magnífico para adentramos nas tradições e diferentes
formas de vida em nosso País
Sua
vasta cultura, Soares Feitosa, direi mesmo erudição, está toda
perceptível nesse prefácio encantador, humano e abrangente. E na
divisão dos tempos d’Ele, d’Ela, que refinamento de linguagem,
que poesia!
Este
prefácio está à altura da poesia de Virgílio Maia, que conheci
quando estive em Fortaleza. Você ele, dois grandes poetas.
Com
meu abraço de muita amizade, estou-lhe mandando meu livro Hierofanias,
o religioso na lírica feminina, e um arquivo com Duas
poéticas, sobre Aluysio Mendonça de Carvalho.
Cordialmente,
Marigê
Quirino Marchini
Marcelo Ariel
Evoé
Soares!
Recebi
o Estudos e catálogos – mãos O teu prefácio possui a mesma aura
libertária dos três prefácios do João Rosa em Tutaméia; nele
sinto que é possível recuperar o aspecto encantatório e
engraçado (refiro-me à graça de Simone Weil e falo da graça
incancelável de Proust reescrito por Oliveira de Panelas, Zé
Limeira ou por sertanejos como você).
Será
que somos nós os bois e cavalos da palavra mundo e de todas as
outras partículas invisíveis do visível? (Palavras-átomos do
mundo da alma?) Não estou sendo agora nele estas palavras? (Esses
fios engraçados e difíceis que se tocam através das mãos dos
olhos?) Que se tocam na vida e na morte dos nomes todos que depois
invisivelmente ressuscitam como palavra e memória do mundo
(mundos?).
Voltando
e indo, como faço para adquirir o recordel? Ah, gostei do nome! Edições
Cururu... isso tem magia!
Aqui
da minha margem, assim que terminar o trabalho de òurivesaria
metafísica do meu Silêncio contínuo (reunião de poemas e
insônias), te envio o material.
Até
Lá
Um
abraço cósmico...
Marcelo.
Dimas Macedo
Meu
caro Soares Feitosa
Estudos
& Catálogos – Mãos é um texto para matar. Clássico, bom
gosto de marca literária e de estilo. Erudito. Feito léguas de
memórias e de crença na ancestralidade edificante. E mais: sem
reticências.
Dimas
Regina Souza Vieira
Grande
poeta amigo Soares:
Estes
versos de Carlos Drummond de Andrade, em louvor a João Guimarães
Rosa:
"Ficamos
sem saber o que era João
e
se João existiu,
de
se pegar?"
("Um
chamado João" in Versiprosa)
ficariam
bem ajustados na paródia que eu gostaria de fazer agora:
Ficamos
sem saber o que é Feitosa
e
se Feitosa existe,
de
se pegar?
Verdade,
poeta e amigo Feitosa! Admiro de há muito o seu trabalho no Jornal
de Poesia; admiro ainda mais a oportunidade que você dá a
poetas e escritores neófitos que encontram, por um lado
aquiescência e incentivo para publicarem no seu site, por outro
lado nele encontram um arcabouço de conhecimento de autores
nacionais e estrangeiros.
Recebi
o seu Estudos & Catálogos – Mãos e imagino o prazer e
o orgulho de Virgílio Maia, cuja obra não conheço nem tampouco a
pessoa, mas que imagino ambos privilegiados por este prefácio seu.
Se em lê-lo, sinto-me honrada, imagine-se o autor do livro, que
terá nas primeiras páginas de sua obra esta apresentação
profunda!
Com
Você, a gente se surpreende sempre. Nós, por exemplo, nem nos
conhecemos diretamente e eu me gabo de receber o seu convite para
publicar o meu livro A prosa à luz da poesia em seu site.
Que presentão! O que eu fiz para merecê-lo? O que lhe dizer para
que as palavras correspondam ao meu agradecimento? E sabe por que o
seu carinho me é tão importante? Há meses venho pensando em
disponibilizar na internet este livro, mas nunca me decidia a isto.
Aí surge o seu convite, que surpresa!
O
meu livro, à parte qualquer pretensão, contém uma vasta pesquisa
sobre a prosa drummondiana e, mais do que isto, em analisando os
gêneros praticados pelo autor mineiro, há uma parte teórica sobre
crônica, ensaio e conto, que pode ser útil a outros pesquisadores
ou estudantes.
Garanto-lhe
que fiz o que pude para divulgar o meu trabalho: dei palestra em
Itabira, busquei e até consegui o apoio da Fundação Casa de Rui
Barbosa e do neto de Drummond, Luís Maurício, mas a divulgação
é difícil, o tempo passa e nós mesmos acomodamo-nos ao que não
foi feito.
Bem,
vou enviar-lhe em anexo o livro, se puder disponibilizá-lo me dará
uma das maiores recompensas literárias que posso almejar. Apesar de
este e-mail já se fazer longo demais – será que sofro de
gigantismo epistolar? – quero apenas colocar-me ao seu dispor ou
ao dispôr do JP para tudo ou qualquer coisa em que eu puder
ser útil. Sou uma apaixonada por literatura e me voluntário sempre
a qualquer pesquisa ou a qualquer informação.
Uma
última observação, quase um pedido: o meu site acolhido hoje no
JP já não é o meu atual, se puder alterar, será um MUITO
OBRIGADA a mais que lhe fico devendo.
Sua
sempre amiga.
Regina
Souza Vieira
Luiz Costa de Lucca Silva
Muitíssimo
Agradecido pelo conteúdo poético que tive a satisfação de
receber ontem.
Ha
no texto um exemplo clássico do estilo da prosa poética nordestina, na sua expressão mais autêntica, naquele gênero que
identifica a verve do Nordeste pela sua maneira característica,
seja no verso, seja na prosa "versejada", que nos dá uma
impressão direta de uma conversa à sombra de alguma árvore
de jenipapo, ou na calma de algum alpendre imperial das
regiões mais brasileiras deste Brasil.
Sim porque, de um modo ou de
outro, mais ou menos, absoluta ou relativamente, tenho a sensação
de que o Nordeste e Minas Gerais são os ambientes em que já se
pode sentir um Brasil definido, em todos os aspectos.
Um
grande abraço e, mais uma vez, muito obrigado!
Maria da Conceição Paranhos
faz uma análise crítica do tipo tomografia.
Basta clicar aqui ou na foto
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