Daniel Glaydson
Madrugada de Antero
Tu que dormes, espírito sereno,
com irmão do amigo, sonho incontido
Cenas escondidas num baú reprimido
Vês como teu mistério é pequeno
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
vem limpar a massa infecta de teus dentes
Fazer com o caos de cerdas rangentes
transbordar da gengiva sangue moreno
Escuta! é a grande voz das multidões!
A ver a luz após noites de danações...
Nada dizem, somente a cadela late
Ergue-te, pois, Soldado do Futuro!
Tu nada combates, vives num monturo,
tentando se suicidar com chocolate.
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