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Luís Augusto Cassas

Poussin, Rebecca at the Well

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Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

Jomard Muniz de Britto

 

Leonardo da Vinci,  Study of hands

 

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Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Luís Augusto Cassas



Biografia

Luís Augusto Cassas nasceu em 1953, em São Luís do Maranhão, reside em São Paulo.

Aos trinta anos, travou conhecimento com a obra de Carl Jung, I Ching, taoísmo, que lhe ampliou a compreensão da vida e do mundo. À busca do transcendente, desenvolveu ampla experimentação, incorporação e dissolução de códigos, com o que vestiu seu azul.

A partir de 1981, publicou vinte e três livros de poemas. A saber: República dos Becos; A Paixão Segundo Alcântara e novos Poemas; Rosebud; O Retorno da Aura; Liturgia da Paixão, Ópera Barroca; O Shopping de Deus & a Alma do Negócio; Titanic – Boulogne: A Canção de Ana e Antônio; Bhagavad-Brita: A Canção do Beco; Deus Mix: Salmos Energético de Açaí c/ Guaraná e Cassis; O Vampiro da Praia Grande; Em Nome do Filho:Advento de Aquário; Tao à Milanesa; Evangelho dos Peixes para a Ceia de Aquário; Poemas para Iluminar o Trópico de Câncer; A Mulher que Matou Ana Paula Usher; O Filho Prodígo; Bacuri-Sushi: A Estética do Calor; A Ceia Sagrada de Míriam; O Livro: Livro I – O Sentido (Relatos da Fumaça do Incenso), Livro II – O Paraíso Reencontrado; enfeixados em A Poesia Sou Eu; Poesia Reunida, dois volumes encadernados (Imago Editora, RJ, 2012).

São obras recentes A Pequena Voz Interior & Outros Comícios do Vento; Maria, a Fortaleza Sutil que Vence toda Força e Paralelo 17.

Em 2021, publica pela Arribaçã Editora “Quatrocentona: Código de Posturas & Imposturas Líricas da cidade de São Luís do Maranhão”.

A poesia tem sido o seu bunker, templo, cinema, psicoterapia.

 

(Texto redigido em 28.12.1022)

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

 

Poussin, The Empire of Flora

 

 

 

 

 

Luís Augusto Cassas


 

Poema da Grande Transformação (Arcano 13)


A primeira vez
que a Morte passou pela minha vida,
caíram-me por terra
a coroa do império, o cetro do orgulho,
o castelo da vaidade.
E fui ficando mais leve
do enorme peso da vida.

A segunda vez
que a lâmina da Morte passou pela minha vida,
cortou-me os braços
e todo o apego fugiu-me por entre o dedos.
E fui ficando mais livre
do enorme peso de existir.

A terceira vez
que a lâmina da Morte passou pela minha vida,
cortou-me as pernas
e aprendi a caminhar com os próprios passos.
E fui ficando mais livre
do eterno peso de existir.

A quarta vez
que a lâmina da Morte passou pela minha vida,
rasgou-me o horizonte do coração
e todas as estrelas do futuro
caíram-me aos pés.
E fui ficando mais solto
do pesado fardo de ser.

A enésima vez
que a Morte passou pela minha vida,
já estava podado
de quase todos os excessos do ego.
Separado o espesso do sutil,
reduzido à essência do ser.
E fui ficando mais leve
do aéreo peso da vida.

A última vez
que a Morte passou pela minha vida,
decepou-me o pescoço e a esperança.
Minha cabeça rolou pelos campos de toda memória.
Estava livre de todo o excesso da matéria
e comecei a viver.
 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Luís Augusto Cassas


 

Leilão de Poeta


Quem dá um dólar furado
por um poeta bastardo
sem quatro costados?

Quem ou ninguém se habilita
a adotar um salafrário
do amor estelionatário?

Quem doa perdoa e arremata
esse fino exemplar da raça
aristocrata vira-lata?

Qual tempo e avaliação
desse bardo a bordo:
vagabundo a estibordo?

Quantos reais ou ideais
valem as prendas estéticas
das veleidades domésticas?

Quem comprará a camisa
suja de batom e de brisa
desse príncipe de uma figa?

Vale o que diz cheira e pesa?
Vale o poema que reprisa?
Qual o preço sem barriga?

Quem dará o preço mínimo
pela carcaça do farsante
que de lábia é o mais fino?

Quem fincará uma estaca
no coração desse poeta
que de fúrias o amor exalta

e mesmo em extrema-unção
torpedeia a imaginação
de uma distante mulata?

Quem doa amor de ouro ou prata
àquele que à dor o coração ata
e de amor morre mas não mata?
 

 

 

Ticiano, Magdalena

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Marco Aqueiva

 

 

 

 

 

Poussin, The Triumph of Neptune

 

 

 

 

 

Luís Augusto Cassas



Soares Feitosa

Você conseguiu tornar amplo o paradoxo da criação: universalisar. Sua poética lembra Gerardo Mello Mourão e Manoel de Barros, mas no que eles têm de telúrico, já que você é árvore ímpar platado no chão adubado da poesia. Um caso raro de provincialidade não provinciana. E isso é tão raro, caro e perigoso - parabéns!




Soares Feitosa, 2003
Leia a obra de Soares Feitosa

 

 

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José Carlos A. Brito

 

 

 

 

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Maura Barros de Carvalho, Tentativa de retrato da alma do poeta

 

 

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