Márcio-André
Biografia:
Márcio-André de Sousa Haz graduou-se em Letras e é mestre em poética pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Em 2008, recebeu a Bolsa Fundação Biblioteca Nacional, pelo livro de ensaios
Poética das Casas e, em 2009, foi poeta-em-residência em Monsanto, Portugal. Deu curso de
formação avançada em escrita criativa e poesia sonora na Universidade de Coimbra e de teoria
literária na Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de inúmeras oficinas de poesia
sonora em escolas secundárias de Portugal.
Em 2007, ganhou as páginas dos jornais ao fazer uma “conferência” suicida na cidade fantasma
de Chernobyl. Nesta sua performance-de-um-homem-só (que chamou de “Conferência Poético-Radioativa
de Pripyat”), Márcio-André permaneceu seis horas lendo seus poemas em meios aos escombros da
cidade abandonada de Pripyat (Chernobyl), na chamada Zona de Exclusão, correndo deliberadamente
risco de contaminação radioativa por césio 137 e estrôncio 90. Após o evento, recebeu a alcunha
de “primeiro poeta radioativo do mundo”. Essa performance resultou no livro Ensaios Radioativos,
onde ele descreve a experiência de contaminação.
Eventualmente colabora com jornais como O Globo e o Jornal do Brasil e é articulista do
caderno Pensar, do Estado de Minas. É também tradutor de Gilles Ivain, Serge Pey,
Ghérasim Luca, Mathieu Bénézet, Paul Valéry e Hagiwara Sakutaro.
Participante da chamada “Geração 00”, Márcio-André tem sido considerado um dos mais relevantes
poetas das novas gerações no Brasil e um dos mais polêmicos ensaístas da atualidade. Com
três livros publicados, foi editor-chefe da revista binacional (Brasil/Portugal) de arte
e literatura Confraria (ISSN 1808-6276)[14] e fundador, ao lado de Victor Paes e Karinna
Gulias, da Confraria do Vento. Participou de várias edições do CEP 20.000 (Centro de
Experimentação Poética) e foi idealizador, junto com o poeta Guilherme Zarvos, do website
Cepensamento.
Fez leituras no Encontro Internacional de Poetas da Universidade de Coimbra(Portugal), no Marché de
la Poésie (França), no Encuentros de Interrogacion (Argentina) e em muitos outros eventos nacionais,
como Balada Literária, Rave Cultural, Cartografia Web Literária, Flip, Fórum das Letras, Flap,
Festipoa e outros. Seus poemas estão traduzidos e publicados em espanhol, francês, inglês, italiano,
finlandês, holandês e catalão.
Seus livros tem inspirado os mais diversos estudos acadêmicos, tais como a pesquisa de Ronaldo
Ferrito, na UFRJ, e o projeto Pólis Mínima, de Laurie Cristine Tavares. Seu poema “O objeto” deu
origem a uma peça coral do compositor Jean-Pierre Caron, recentemente apresentada em Bogotá, e seu livro
Intradoxos está sendo adaptado para o cinema pela cineasta Paula Gaitán.
(Texto redigido em 18.04.2023)
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