Myriam Fraga
Setembro
Subitamente
Te invoco, minha Baby
Babylonia,
Neste setembro secreto,
Sem flores, sem
Asas de borboleta
E raízes brotando.
Teu nome Baby, longe,
Longe, longe,
Como a síntese perfeita,
Gosto de mel e laranjas.
Teu nome Baby, Babylônia
A perversa, a pervertida,
Ilusão de contar
A derradeira estória.
Todo o tempo carregando
Os meus jardins de sonho
E o doce sabor
Dos inúteis mistérios.
Nada mais resta agora.
Nem a lembrança do rio
Correndo em minhas pernas
Nem a sombra das muralhas
Onde ganiam leoas.
Na terra devastada,
Entre o sono e a vigília,
Contemplo a sombra esguia
Que se alonga como lança.
Enquanto o sol se deita
Atrás dos zigurates.
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