Ricardo Alfaya
UM RELÂMPAGO NA
SÃO SILVESTRE
Transito pela luz
amiga oculta
Conheço todos os ritos
De passagem
Maratonista da São Silvestre
Encontro num pedestre
Uma face conhecida
Ou quase
Foi engano
Mas lhe desejo
Feliz Novo Ano!
O grito o eco o clarão bem mais perto
O passado caminha adiante
Da prateada rua minguante
No meio da noite
Dormir para quê?
Espero o brinde dos fogos da taça
Onde há champanhe há fumaça
Num relâmpago o ano passa.
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