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Maria Luiza Falcão 

 

falcaoml@oi.com.br

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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  • Maria Luiza Falcão escreve para o editor SF


Alguma notícia da autora:

Maria Luiza Falcão,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hélio Pólvora

 

Luís Antonio Cajazeira Ramos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Um esboço de Leonardo da Vinci

Maria Luiza Falcão

 


Sent: Friday, April 20, 2007 7:26 PM
Subject: recebendo correspondência em bh

 

Prezado poeta

Acuso recebimento (há mais de mês) de correspondências suas.

A última, adoravelmente perfumada, além do próprio livro que a contém, transmitiu seu perfume aos demais livros que estavam próximos. adorei!

Gostaria de enviar textos para o jornal mas não sei se é possível.

Por gentileza me informe e sempre que puder, "perfume' minha vida com seus textos. adorei o jovem que viajava à noite para prestar exames no colégio. viajei com ele pela noite. um primor!

Cordialmente,

 
MARIA LUIZA FALCÃO
Delegada Regional da APPERJ em Belo Horizonte
falcaoml@oi.com.br
(31) 32141470
 
ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE POETAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Fundada em 11 de abril de 1989
www.apperj.com.br
apperj@apperj.com.br
Saite referendado pela UNESCO no Diretório Mundial de Poesia
Reconhecida como de Utilidade Pública Municipal, através da Lei n°
3353 / 2001
 

Obs.

1. O perfume: trata-se do poema O Envelope. Quer ganhar um igual? É só dar um clic para soaresfeitosa@secrel.com.br

 

2. O menino que viajava de noite: Relato de uma peregrinação adolescente

   
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lauro Marques

 

 

 

 

 

 

 

 

Eduardo Lacerda

 

 

 

 

 

 

Ivan, 2003

 

 

 

 

 

Luciano Bonfim

Maria Luiza Falcão

 

 


Flor

 

Encontrei a flor entre as flores...

Rosa maior, orquídea rara,

Violeta mais humilde do jardim.

Folhas muitas, com todo brilho,

Nas verdes, é a natureza que pulsa,

Nas brancas, é a mão quevida.

Imagens de sonho brincando livres,

Seres da terra, da água e do ar.

Imagens e sonhos em versos livres,

Para os que sabem sonhar.

Assim encontrei a flor,

uma a mais de um jardim.

uma em brilho e cor,

Vida em flor que não tem fim.   

 

 

 

REFLEXÃO

 

 

É doce a menina que me olha do espelho,

Verdes olhos vistos ao sol.

É-terna a mulher que se mira,

Com castanhos profundos de entardecer.

Os verdes faíscam,

Brilham vida, alvorecer...

Nos outros, estranho lume,

Veias imersas, flamejantes,

Oceano a derramar.

A menina não vê as lágrimas,

Não sabe, nem adivinha,

Só enxerga o seu sonhar.

Mas a mulher vê a menina

Sonhos, beleza infinda...

Um só ver, sem tocar.

Os corações batem, descompassam,

A dor oprime e pergunta: por que?

E a menina continua lá

Mas só a mulher consegue ver...

 

LIBERTAS

 

Eles vivem à margem do saber.

Não conhecem,

não sabem,

por certo sequer imaginam.

Ali bem perto,

escritores da terra reunidos,

imortalizados em bronze,

posam para a posteridade.

Eles, deitados lado a lado,

em plena tarde,

se acomodam para dormir.

Um céu de letras os protege. 

Pensamentos, sentimentos,

palavras escritas através dos tempos,

faladas por mil bocas.

Eles, não conhecem.

Este chão de lutas recebe seus passos.

Descalços, errantes, incertos.

Eles, não sabem.

E a bandeira tremula ao longe.

Branca e rubra, sangue e paz.

Libertadora, de ontem para sempre.

Mas eles, por certo, sequer imaginam.

Assim, um grupo maltrapilho,

tão filhos desta terra quanto tantos outros,

adormecem sob a Biblioteca,

em plena praça da Liberdade.

E sonham...

talvez com ela.

 

 

Maria Luiza Falcão

 

 

Manoel de Barros

 

Luiz Bello

 

 

 

 

 

22/04/2007