Odete Miranda
Flutuando
Neste universo vazio, repleto de nada
Com o arremesso da dor, sempre presente
Não vai, não vem, não fica parada
Sem rumo, sem direção, não pensa, não sente
Girando sem direção. a esmo
A humanidade não sabe para onde vai
As gerações flutuam no espaço
Não sabe se voa ou se cai
É som, é ruído, é zuada, é zonzeira
Olhando o vazio em qualquer direção
Sonhando com a sombra, dormindo nos ares
Num caldeirão de escuma mergulhado
Sem despertar para a cruel realidade
Pairando sob o sol, para sentir o seu calor
Buscando um sentimento que se chama "Amor".
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