Társio Pinheiro
Dies irae
Tudo crepita:
o galho seco que queima
a brasa indômita, viva
o fumo ardendo em meus lábios.
Tudo range:
a fechadura da porta
a maçaneta, a missagra.
O tempo crava as esporas.
Tudo suplica:
as folhas secas que eu piso
as saúvas que eu esmago.
Um deus sucumbe aos meus pés.
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