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Marcos A. P. Ribeiro 

Titian, Three Ages

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

Albrecht Dürer, Mãos

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Empire of Flora

 

 

 

 

 

Marcos A. P. Ribeiro


 

Biografia

 

MARCOS AUGUSTO PESSOA RIBEIRO, poeta, tradutor e médico, nasceu em Jequié - Ba em 1957. Passou a infância em Medeiros Neto, extremo-sul baiano. Publicou Vagas Obscenidades, poesia, na Coleção dos Novos. em 1981. Publicou poemas em periódicos e participou de antologias nacionais de poesia emergente. Escreveu o livro "A Faculdade de Medicina na visão de seus memorialistas", no prelo pela Editora Sarah Letras, de Brasília.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Marcos A. P. Ribeiro


 

Splen da tecnologia


Presença apenas pressentida.
Ainda invisível.
A seguir, o odor - o enxofre
que antecede o demônio.
O detetor de movimentos registra avanço de todas as
direções: 40, 30, 20 metros...
A materialização: monstros sob forma de louva-a-deus,
verde-negros, úmidos; verdadeiros apanágios.
Em círculos, mas não atacam.
Transformam-se sem estátuas. Você também.
Se olharão eternamente nos olhos.

 

 

 

Da Vinci, Cabeça de mulher, estudo

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Cida Sepúlveda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Judgment of Solomon

 

 

 

 

Marcos A. P. Ribeiro


 

12. Setembro. 1977


Robert Lowell morto num táxi em Manhattan.


O sol parece infantil.

 

 

 

Leonardo da Vinci, Embrião

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Sonia Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Titian, Venus with Organist and Cupid

 

 

 

 

Marcos A. P. Ribeiro


 

Família


Como na sala irreverente uma banana.
A lua basculha pela janela da rua,
a casa. Meu tio tentando
livrar-se dos maus espíritos;
a avó passa lírica pela sala;
a empregada espana.


A noite, como seu broche,
caminha indiferente à sorte do dia.

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Maria da Paz Ribeiro Dantas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

 

 

 

 

 

Marcos A. P. Ribeiro


 

Minha bermuda


A sujeira invisível que minha bermuda acumula
só aquele sabão-em-pó vê.


Sinto que novos atributos, de origem não-identificada,
lhe são lentamente agregados.
Ela adquire novo odor:
papelão velho, restos de comida,
líquidos orgânicos, pêlos de gato -
perfeita síntese odorífera
de horas lendo diante da TV
(fazer duas coisas ao mesmo tempo
é um prazer meu).


Então vem o momento
em que é preciso decidir não mais usá-la.
Está suja - conceito bastante elástico.
Volte-se ao início do processo.


Assim percebo a passagem do tempo,
quando se vive para a escolha do epitáfio.

 

 

 

Sophie Anderson, Portrait Of Young Girl

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Adriana Zapparoli

 

 

24.03.2006