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Almandrade

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Jacques-Louis David (França, 1748-1825), A morte de Sócrates

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan Banks, USA, Hanna

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Reflexion

 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Almandrade



Bio-bibliografia


Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia.

Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista "Semiótica" em 1974. Realizou cerca de vinte exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 1997; escreveu em vários jornais e revistas especializados sobre arte, arquitetura e urbanismo. Publicou os livros de poesias e/ou trabalhos visuais.

Tem trabalhos em vários acervos particulares e públicos, como: Museu de Arte Moderna da Bahia e Pinacoteca Municipal de São Paulo. Retrospectiva Museu de Arte Moderna da Bahia, 2000. Exposição “pensamentos” no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 2002.

Participou de várias mostras coletivas, entre elas:

XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo;
"Em Busca da Essência" - mostra especial da XIX Bienal de São Paulo;
IV Salão Nacional;
Universo do Futebol (MAM/Rio);
Feira Nacional (S.Paulo);
II Salão Paulista;
I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza);
I Salão Baiano;
II Salão Nacional;
Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972.

Prêmios:

Prêmios nos concursos de projetos para obras de artes plásticas do Museu de Arte Moderna da Bahia, 1981/82.
Prêmio Fundarte no XXXIX Salão de Artes Plásticas de Pernambuco em 1986.

Livros:

"O Sacrifício do Sentido", "Obscuridades do Riso", "Poemas", "Suor Noturno" e Arquitetura de Algodão". Prêmio Copene de cultura e arte, 1997.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Almandrade



CENA DO DESTINO


Um vício
ao meu redor
um erro corroí
o mundo
do outro lado
incomunicável.
A paisagem
atrás da noite.
Segredos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Almandrade



NA ESTAÇÃO


Revelações do calendário
lembranças do tempo
as rugas descortinam
rabiscos da insônia
uma música desconcertante
um ponto ou uma fuga.

 

 

 

 

Ticiano, Magdalena

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Rosane Villela

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

Almandrade



PARADOXO


O infinito reclina
e adormece
na solidão dos enigmas.
As manias gregas
O mármore das imagens.
Mitos e estátuas
que desafiam
o vazio e o abstrato.
Verdades,
dúvidas de ninguém.

 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Alcina Azavedo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Almandrade



PONTO DE FUGA


Que indagação faz
o umbigo feminino
quando aparece entre
uma peça e outra
da veste?
Intimidade
sensualidade.
Nem mesmo
a musicalidade dos pelos
é maior que o apelo
da cicatriz do nascimento.

 

 

 

 

Soares Feitosa, dez anos

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Almandrade



UMA PAUSA


Na paisagem oculta
da noite
a indecisão
um livro, uma canção
um blues.
O que a fala
não revela
o pulsar do ciúme
sem destino
último instante
um diário ferido.

 

 

 

 

Ticiano, O amor sagrafo e o profano, detalhe

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Almandrade



ENCONTRO


O olho caça
na mata
abaixo do umbigo
um abrigo
secreta pátria
a língua avista
bem no centro
do jardim de pelos
o lugar
caverna
doce e úmida.

 

 

 

 

Tiziano, Mulher ao espelho

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Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904) - Phryne before the Areopagus

 

 

 

 

 

Almandrade




Os enunciados correm
sobrevoam
desmaiam sobre as coisas
não se explicam
ensaiam
a performance de uma queda
ou de uma perda.

 




Há dias
em que tudo é inútil
a permanência
é uma sina
e a vida uma melodia
que nos visita.

 




A provocação do infinito
enche o compartimento
o desenho interpreta
a vazio
lugar simbólico
tropeços da indiferença
confiar
na palavra
acreditar
na incerteza dos objetos.


 




O humor
classifica o homem
rasga
a ética do temor
brinca
com o inacessível.
A gargalhada
é a ressonância do anônimo



 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922),  A Classical Beauty

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19/10/2005