Fernando Alves Sales
Uma doença
Nada é anódino
que perpetue a alegria
da felicidade clandestina
Segue sem rebento
o laço fraco que impede a coragem
um covarde sem espada
um espírito sem escudo
E cobrindo o telhado,
tapando as paredes,
cercando o medo, atrás:
o trauma
o estribilho não pára
e os passos, querendo passear,
não vêem
que o que sobra de mim
são retalhos de um boneco
usado pra fazer voodoo
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