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			Vanessa Buffone 
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
              
                                                                   
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
            Fortuna crítica: 
			 
  
			Vanessa Buffone 
			é uma descoberta múltipla. Primeiramente, a poeta se descobre, corta 
			o cordão umbilical, e segue pelos caminhos que o coração indica, a 
			urdir a história com a qual vai tecendo o seu fazer  
			poético. Sua poesia é um constante bordar, tal qual a tessitura de 
			Penélope, mas a poeta não desmancha sua artesania ao fim do dia, ela 
			persiste no ofício em busca do poema que, talhe perfeito, seja a 
			medida de sua alma. Ciente da efemeridade da condição humana – “Eu, 
			matéria feita de esquecimento e fome” –, a poeta carrega no âmago 
			algo que não consegue dizer, mas espreita esse mistério, e, 
			obstinada, persiste nas estradas que vai encontrando, na busca da 
			expressão que complemente suas “desassombradas mãos vazias”. A 
			poesia de Vanessa Buffone é uma descoberta que se revela plena de 
			beleza. 
			 
			José Inácio Vieira de Melo – Sobre Os outros poemas de que 
			falei – em 07/01/2005 
			  
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
             
			Quanto aos seus versos, penso que o poeta José Inácio já disse o 
			essencial (só não gostei, naturalmente, do “a poeta”) nas palavras 
			que os precedem. Eu acrescentaria que, tanto no verso livre, como no  
			medido, você se expressa com personalidade, com hermetismo que não 
			afugenta o leitor, nem parece artificial. Se me fosse dado escolher 
			os poemas que me parecem melhores (ou que mais me agradam, melhor 
			dizendo), eu escolheria “Cavalos d’água”, et pour cause, e “Terceira 
			chamada”, cujos dois primeiros versos são de uma beleza incomum. 
			 
			Sânzio de Azevedo – Sobre Os outros poemas de que falei 
			– em 11/02/2005 
  
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
              
			Desde as 
			rapsódias de Homero a poesia percorre o caminho do ser e pensar. 
			Transformar o mito em notícia faz do logos uma ontologia entremeada 
			de metáforas, como a da sombra que acompanha no  
			chão a lança de Aquiles. A revelação do ente é um mister do saber 
			que acrescenta ao logos a diferença, cuja Essência corresponde ao 
			pensamento, o qual fabrica o tempo e o poeta o renova na linguagem 
			como revelação do Eu. Extraio tal reflexão na leitura de poemas de 
			Vanessa Buffone - OS OUTROS POEMAS DE QUE FALEI – Salvador BA/ 2004 
			– Produção editorial EPP – onde se percebe a inquietação catártica 
			de cura pelo conhecimento. 
			 
			Foed Castro Chamma – Sobre Os outros poemas de que falei 
			  
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
             
			Vanessa Buffone apresenta, em geral, uma poesia de imagens  
			delicadas, metáforas plásticas, com movimentos insinuados, em que a 
			visualidade é uma das características mais fortes. Seus títulos são 
			prova disso, haja vista estruturaram-se em palavras como: leão, 
			cavalos d’água, anjos negros, bestas feras. Entre seus versos, 
			pode-se recolher amostras de simplicidade e beleza: 
			
				
					A caixa dos 
					botões bonitos se abre, 
					 
					anjos negros costuram encantos 
					 
					em delicada blusa de algodão. 
					 
					Desabotoam-se intenções e suspiros. 
				 
			 
			Aleilton Fonseca 
			– Sobre Os outros poemas de que falei – em 31/01/2005 
  
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
            
                          
                                                                   
          
             
			Um grande abraço e os meus cumprimentos por esses versos tão bem 
			urdidos e marcados quase por uma voluptuosa metafísica (a do último 
			poema) e por uma demanda poética que emerge de leituras várias e 
			vidas muitas. 
			 
			Marco Lucchesi – Sobre Os outros poemas de que falei – 
			em 31/01/2005  
  
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
              
			Gosto do que escreve. “Terceira 
			chamada” é um ótimo poema. Seus versos longos têm ritmo, o que é 
			essencial na poesia e não são muitos os poetas que sabem fazê-lo. Ao 
			longo dos outros poemas há grandes achados, como “Quando meu leão 
			chegou / eu tinha chocalhos amarrados nas canelas”, “Nasci como mar 
			nos olhos, sempre úmidos, eo corpo leve, nau a seguir seu prumo” – 
			“A caixa dos botões bonitos se abre” – e por aí. 
			 
			Antônio Brasileiro – Sobre Os outros poemas de que falei 
			– em 09/02/2005  
			 
  
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