"Véio" Gerardo Mello Mourão, um siri dentro de uma lata seria mais manso do que ele com essa história dos 20 POETAS. A Biblioteca Nacional, através da revista Poesia Sempre, fez correr no Brasil uma enquete pedindo 25 nomes dos melhores poetas brasileiros vivos, exceto Cabral, que segundo a carta-consulta já seria o melhor. [Leia a carta de Gerardo] Fui um dos consultados e meu voto — que deveria ter sido só um, votante num só nome — foi de GMM. Pra mim GMM, o Poeta, infinitos furos acima do poeta oficial, Cabral. Sempre pensei isto, nunca disfarcei, e até agora a minha admiração pelo Poeta Gerardo Mello Mourão apenas cresce e cresce e cresce. Pois GMM ficou de fora! E muito puto ficou! Tenho que esse GMM é poeta póstumo. Porque poetas oficiais já os temos. Mas é assim mesmo. Portugal será sempre uma terra maldita pelo resto dos tempos, não pelo pelo que fizeram de mal nas colónias — ali(aqui) eles achavam que estavam certos — mas pelo infamante segundo lugar que deram a Mensagem, dum certo António Fernando Nogueira Pessoa, (da mesma estirpe GMM) porque o outro, cujo nome é olvido, é que era "oficial" e apaniguado. Quando preteriram Pessoa sabiam que fraudavam consciência. Quem o "primeiro", o premiado contra Pessoa, quem sabe dele? Igual maldição recai sobre nós, Brasil, com as injustiças a Cruz e Souza e a Augusto dos Anjos. Ainda no tema das Listas, estou abrindo um ensaiote, analisando uma outra, a do poeta, tradutor e crítico de poesia, Floriano Martins que também fez a dele, com ele de-dentro, claro — porque na minha também me botei lá-dentro. Link para Listas, um tema interessante(des). Transcrevo-lhes as notícias, do jornal O Povo, 03.10.1998: "Vintes Fora Projeto de antologia com os poetas que melhor representam o Brasil neste fim de século provoca controvérsia e pode mudar tema da nova edição da revista Poesia Sempre, publicada pela Biblioteca Nacional. Para a sua próxima edição, a revista Poesia Sempre decidiu elencar os poetas que melhor representariam o Brasil neste fim de século. Através de uma eleição da qual participaram 96 pessoas de todo o país (entre poetas, críticos, escritores e jornalistas), foram escolhidos vinte nomes que integrarão uma antologia a ser publicada junto com o próximo número da revista ano que vem. Entretanto, mesmo que a publicação só saia em 99, a simples divulgação da relação dos poetas já está causando certa controvérsia pelo país. Primeiro pelo próprio caráter polemista que antologias e listas como essa têm. Os descontentes com as inclusões e com os esquecimentos tendem sempre a formar a linha de frente de contestação à representatividade da seleção. Depois pelo fato de que organizar uma lista que contempla apenas vinte poetas, numa universo tão amplo e diversificado quanto o nosso, é restringir a abrangência da seleção e cutucar com vara curta o vespeiro das vaidades na poesia brasileira. Mesmo que quem faça isso seja uma revista do porte da Poesia Sempre. ``A revista sempre foi aberta a todas as tendências e a poetas de todo o Brasil. O que nós fizemos foi radicalizar este espírito democrático, produzindo uma antologia que não viesse de um gueto, de uma seita e representasse a pluralidade de vozes que marca a poesia brasileira hoje. Este procedimento aumenta a credibilidade da revista, pois o meio poético costuma ser refratário aos critérios de seleção mais tradicionais'', defendeu Antônio Carlos Secchin, um dos editores da publicação, em depoimento ao jornal O Globo. De fato, para a eleição foram consultados 119 jurados (ainda que apenas 96 tenham efetivamente colaborado), de modo que fossem evitadas particularizações ou que a votação fosse comprometida por vínculos de diversas origens. Já o número de poetas contemplados foi escolhido a partir de critérios industriais. A princípio seriam 35, depois 25, e por fim 20, para que o número de páginas da revista não extrapolasse seu orçamento, uma vez que cada poeta ganha cerca de dez páginas em seu dossiê - com direito a perfil biográfico e crítico e uma bibliografia selecionada. ``Numa hora em que o governo acena com um corte de verbas, o que já estava no osso fica ainda mais escasso. Por isso, nós decidimos por apenas vinte poetas. Foi uma decisão editorial'', explica Ivan Junqueira, editor-executivo da revista. ``Claro que poetas em que eu mesmo votei ficaram de fora. E quando fomos analisar o resultado final, nós percebemos que muitos nomes importantes não estavam na lista. Mas nós podíamos ampliar esse número''. Acontece que o problema não está nem tanto nos critérios adotados ou nos nomes escolhidos. A lista tem seu peso obviamente, fruto do cuidado que a equipe editorial teve em seu trabalho: de Adélia Prado a Manoel de Barros, de Affonso Romano de Sant'Anna a Ferreira Gullar - incluindo-se aí até o cearense Adriano Espínola -, estão presentes poetas de várias gerações e tendências. O problema é que, sendo a Poesia Sempre uma publicação financiada pela Biblioteca Nacional, a lista ganha ares de seleção oficial. E aí... ``Nunca me incomodaram as discriminações feitas à minha obra por tolos ou invejosos ou carreiristas inconfessáveis. `Guarda e passa' - como recomendava Virgílio ao Dante. Mas o que não posso permitir e não permitirei é que essas discriminações sejam pagas com meu próprio dinheiro, o dinheiro público, que sai do bolso do contribuinte. Isto é, do meu'', soltou o verbo o escritor e poeta Gerardo Mello Mourão, uma das grandes ausências da lista, em carta enviada à redação do jornal O Povo. ``As ditaduras sempre fizeram suas listas oficiais de escritores. É a primeira vez que se vê uma lista organizada por um suposto sufrágio universal. Parece que o Ratinho, a Xuxa e outros menos votados estão entre os sufragantes''. Quando da divulgação da lista, no último dia 19, Gerardo afirma ter recebido mais de 17 telefonemas, de vários Estados, em que críticos e poetas ``repeliam a afoiteza e a tolice, enganosamente consagradora e discriminatória, sob a égide da Biblioteca Nacional e à custa de suas verbas''. A polêmica, de certo modo, reverberou até entre os que estavam na lista. ``Não posso dizer que não me orgulho de estar numa lista como essa. Só acho que é uma coisa imerecida na medida em que poetas do porte de Gerardo Mello Mourão e Francisco Carvalho, entre outros, não estão contemplados'', afirmou diplomático Adriano Espínola. ``É uma bela lista. Eu mesmo fui dos que votei. Acredito apenas que vinte nomes restringe demais a coisa. Outros poetas deveriam estar lá'', completou Ferreira Gullar. A carta que Gerardo Mello
Mourão enviou à reportagem do Sábado foi
a mesma enviada ao diretor da Biblioteca Nacional, Eduardo Portela. Segundo
nos informou Gerardo, Portela havia lhe telefonado dizendo que a revista
Poesia
Sempre não mais publicaria a antologia pelos mesmos motivos
que o poeta tinha questionado na carta. Até o fechamento da edição,
não foi possível entrar em contato com Eduardo Portela, que
participava de um seminário no Rio de Janeiro e não nos retornou
a ligação. Segundo Ivan Junqueira, a equipe da revista, oficialmente,
não havia sido informada de nada até a manhã de terça-feira.
Portanto, a questão permanece em aberto. (Felipe Araújo)
Os vinte escolhidos
(em ordem alfabética)
1 - Dos 20, o JP não tem uma linha de 2 deles, Alvim e Freitas. Jamais os li mais gordos. Endereço, sim, tenho-lhos pelo Braga Horta e Nêumanne Pinto [mais 2 injustiçados?], mas nunca me responderam um bilhete. Dos outros, alguns estão com as páginas muito pobres. Vale dar uma atualizada, afinal, são os ! Refiz esta página para colocar os endereços: vale um telegrama de parabéns. O único que tem email, ao que me consta, é o Sant'Anna. Quem tiver outros dados, por favor mande-mos. Vou abrir página nova — como se fosse uma temporada de caça aos 20 — de modo a coligirmos o que de bom esses bravos poetas fizeram. Clique: Caçada aos 20! [Em tempo: 13.10.1998, encontrei alguma coisa de Armando Freitas Filho 2 - Leia entrevista de Ferreira Gular sobre dois dos eleitos. 3 - Vai o endereço
do Gerardo Melo Mourão:
4 - o do chefe do Concurso
dos 20:
5 - e, para encerrar, o do
"dono" da Bilioteca Nacional:
O do bispo, para ir-se queixar?
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A
Lista dos 119 Cardeais
A Lista dos 20 Carta de Gerardo Mourão contra a lista Carta de Ildásio contra a Lista dos 20 Temporada de caça aos 20 da lista Listas, uma idéia interessante(des) Saramago ou das Listas e seus critérios Censura a Ruy Espinheira Filho? ACM renuncia a Academia de Letras da Bahia! Lista [nova] de dona Heloísa Buarque de Holanda Lista dos nobéis de literatura, do nº 1 a Saramago |