Clique aqui: milhares de poetas e críticos da lusofonia!

Soares  Feitosa

Escreva para o editor

Soares Feitosa, dez anos
   
 
 

A menina afegã

Neste bloco:

Adelaide Lessa

Álvaro Pacheco

Edmilson Caminha

Elizabeth Marinheiro

Francisco Brennand

Luís da Silva Araújo

Moacir Leão

Neide Archanjo

Paulo Bomfim

Raquel Naveira

 

 

Culpa

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

Continua

 

Anterior

 

Um cronômetro para piscinas

 

 

 

 

Herbert Draper (British, 1864-1920) , Tha water nixie

 

 

 

 

Um esboço de Da Vinci

 

 

Adelaide Lessa


Psi, a penúltima

Minha Querida Raposinha  

Agora que nos conhecemos, estou rezando para o diretor de TV e o diretor de cinema, ou de Teatro, quando te descobrirem (se já não estão de olho em ti), respeitem tua simplicidade, tua força moral, tua coragem, tua inteligência, teu drama, tua pureza, teus compadres, o de Assis, o do Ceará e o do madeiro Santo.

Entendam esses diretores de Arte que a tua fábula ultrapassa o diálogo com o Corvo/Urubu, agora teu amigo, a quem entregas o queijo enviado pelo Santo franciscano; ultrapassa a fala do Urso Panda, do Mico-Leão Dourado, das Raposas Azuis do Canadá, da Baleia, dos pássaros em extinção; ultrapassa o teu direito à toca bíblica a exemplo d’Ele que até hoje não tem onde repousar a cabeça porque não está circunscrito a nenhum limite.

Podes fugir para o sul, para o norte, o nascente ou o poente, mas teus compadres não te querem covarde.

Ficaste hidrófoba, sim, de sagrada indignação, porque te roubaram o direito de comer, beber e ter filhos, pele sedosa, uvas, maduras, a toca limpa, decente, e o olhar erguido para as estrelas límpidas na tua oração na noite da velhice.

Ao contrário, teu sono é intranqüilo, vozes, distantes de teus companheiros perseguidos, presos, brutalizados pelo Fogo; japoneses, africanos, bósnios, judeus, nos guetos assassinos. Teu compadre Chico Pires, piedoso já te entregou o sudário, o incenso, a mirra; e os pobre, a compaixão.

Mas tu queres a Vida, não o apartheid. A chuva torrencial, não o Homem das armadilhas, raposa de dois-pés. Preferes o risco da Luta, nunca o adormecer em poeira esplêndida. Assume a consciência da liberdade, que o nosso Mandela te ensinou, o Cidadão.

Aprendeste muito com Jó e Luther King. Lambeste os pés dos Migrantes de Portinari e vieste a mim num pau-de-arara. Limpaste a minha casa. Ajudaste a lavar e a vestir minha mãe velhinha, cega e paralítica.

Somos amigas de longa data e de antes desta vida na terra. Raposinha querida, nordestina, cearense, de Acaraú ou de Jericoacoara, ciosa de teu brasão de Dignidade e Honra, somos iguais, duas irmãs, filhas de DeusMãe.

Minha gratidão ao poeta Soares Feitosa e à cearense Maria Adalgisa Dias.

Muito emocionada para continuar com esta carta, grata demais.


 

Roma, uma história de índios

 

Acabo de receber Roma sobre os jovens que incendiaram o índio pataxó, Galdino, em Brasília; o genocídio narrado em Caldeirão, autor e livro que eu desconhecia; e o Josino assassinado em Diadema; todos sem Picasso, mas com Soares Feitosa, memorialista:

"Minha pobreza é tanta 

que meu pintor pinta de cal,

ele nunca acredita que vá chover,

quando respinga apaga tudo."

 

E minha tristeza é tanta, depois de ler a veja desta manhã (17.08.97), pelos três meses de seca na Amazônia, 150 km de fogo devorando a floresta, 4.200 castanheiras queimadas numa noite. Horrendo. Também são seres vivos. Que Deus os tenha.


 

 

Salomão

 

Recebi Salomão, o abraço a dedicatória e a cópia do artigo de Wilson Martins. Riquezas suas, riqueza minha. Riqueza do Brasil. Enviei um livro meu ao Djalma Cavalcante, o senhor Bibliotecário de Salomão. Ele apreciou o poema DeusMãe, sem ler o restante, cuidando, como deve estar, da Biblioteca que lhe chega em prosa e verso. 

 Salomão: comecei a leitura pelas Notas do Autor, páginas 103 a 113, e fui transferindo informações, comentários e acréscimos às 53 páginas dos Dez Movimentos, de modo a saborear "na mesma  mesa". Só então, li num só fôlego. Posso estar errada em minha interpretação, mas comecei sentindo que o Coronel é Soares Feitosa, o branco, enquanto o Capitão Salomão simboliza a raça negra. A princípio, Salomão é um negrinho-moleque, afilhado do branco na religião dos padres judeus, comprado pelo Coronel para fazer-lhe compra de escravos, só os fortes, só as bonitas. Aos poucos, Salomão incorpora o pedreiro que levantou a muralha entre a Cidade Baixa e Cidade Alta, de Salvador; o Aleijadinho, escultor; o poeta Cruz e Souza (querido!) tuberculoso como o nosso Menino Antônio Frederico; Jesse Owens, campeão olímpico; Cassius Clay, campeão de boxe, da mesma raça dos livres. 

 Começa então o 4º Movimento: Tam! "Não adejava canto macio porque o momento não era macio." Todo o gênio de Castro Alves! Maior só o esturro dos Céus e da Terra na 6ª Feira Santa. "Varrei os mares, tufão!" (Ah, Soares Feitosa, isto gravado em sua voz!) E onde foram atirados os navios negreiros? No morro, na favela, nas palafitas, navios-barrancos, pendentes. 

 Sofrimentos: o massacre dos 111 do Carandiru. Um preso, de lá, pede um livro de poesia. O menino e o abutre, ambos famintos, como o do Prozac em vez de pão. 

 Então, no 7ª Movimento, aparece Eliézer, 9 anos, podre. Fico aflita: Quem é Eliézer, que eu não conheço? Releio, ansiosa, sofrida todas as Notas do autor, e nada. Preciso perguntar a alguém porque as Notas não se referem a ele, quem é Stanislaw? Eliézer, mestre-escola, sem braços, um mistério. 

 Chegam os companheiros: Francisquim, filho do vaqueiro, morto na cidade grande; outro, Josino, morto pelo PM Rambo em São Paulo; Antônio Rosa, mordomo, motorista, testemunha da Cantoria pelas Santas Casas, vivo. 

 8º Movimento: o estudo em dobro: médico, engenheiro, poeta, romancista, contador, padre, músico, violeiro, etnólogo, Nobel de Paz, Nobel de Literatura, pugilista campeão, master de informática. E os Antônios, de ontem e de hoje. Entre eles, a Voz de Todos, o Menino amado, Cachoeira de Paulo Afonso, o Navio, os Escravos. Tam, tão amado. 

 As comemoraçõe{s-z}inhas do sesquicentenário e as do ano 10.000. "a montanha de livros empurra os detentos para fora das celas". Antes, Eliézer. 

Eliézer, páginas 57 e 58, Eliézer, páginas 92, 95, 96, 98 a 101, o calvário completo. E quem o carregou nos braços, Soares Feitosa, Tam humano, da raça dos místicos! 

Profundamente comovida, curvo-me duas vezes, ao Chico José da Raposinha e ao Ésquilo-Cantador de Eliézer. 

Em Fortaleza — or elsewhere — onde for, seu amor e compreensão hão-de atrair os deuses mais próximos de Deus. 

PS - Como a carta anterior, sobre a Raposinha (Psi, a Penúltima), esta sobre Salomão foi escrita subitamente, com emoção e sinceridade; não foi preparada para um público; só quis, ainda que sem capricho, agradecer o presente poético que generosamente me enviou. 

De sua irmã em Antônio Frederico; Antônio Fernando Pessoa; Antônio Rodrigues da Silva, meu avô paterno; Antônio Rodrigues Lessa, meu pai; Antônio Rodrigues Lessa Filho, meu irmão caçula, portanto, em família, com você Antônio Francisco José Soares Feitosa.

Adelaide Lessa

 

 

 

 

 

 

 

 

Herbert Draper (British, 1864-1920) , Tha water nixie

 

 

José Saramago, Nobel

 

Elizabeth Mrinheiro


Psi, a Penúltima

Ao lado dos modos do discurso (leia-se modos fundacionais da literatura) estão os gêneros e subgêneros literários, ampliando o espaço  das teorias genelógicas e fragilizando as classificações canônicas. As postulações normativas — penalizadas sobretudo pelas categorias intertextuais — são  destronadas por obras de grande fôlego que vincam a interdiscursividade. 

Soares Feitosa (poeta cearense) confirma esta dimensão pluridiscursiva em sua palimpséstica Psi, a Penúltima, onde se evidencia um mágico trânsito entre as propriedades fono-semânticas/objetuais e as ricas possibilidades de formulação modal que o texto literário realiza. 

Entendemos que, ao intertualizar as mais diversas práticas discursivas, Soares Feitosa protagoniza tensões existenciais e formais. dos procedimentos técnico-formais às unidades de sentido, PSI desenha um pergaminho no qual se cruzam as inscrições provindas da Grécia e do Nordeste. Isto significa que o passado e o presente da História não remetem apenas para as variações triádicas (épico, lírico e dramático) ; referencializam disposição mental das formas simples e exercitam as categorias da eletrônica, envolvendo as entoações modais da memória, do trivial urbano, do universo sacral e da Bíblia. 

Tirésias, Calíope, Bandeira, Pinto do Monteiro. A notícia dos jornais, a BBC, a Rádio Tirana. Lucas e Jó. "Almazona" e "Siarah". As "benças" e as "coalhadas da ceia". Candelabro, Glória, mandacaru, resistência. Enfim, letra a letra — "qwerty" — o poeta vai conduzindo uma "carruagem" polimodal para desembarcar como "pole position" no território dos gêneros e contragêneros. Uma travessia desafiando o Ver o Olhar. Um convite às leituras menos apressadas em nossos Cursos de Pós-Graduação. 

A despretensão de nossas tessituras acolhe este livro enquanto semiose literária com dicção pós-moderna. Não o pós-modernismo folhetinesco, voltado para o happening. Não! Pós-moderno pela instabilidade genológica que a obra afirma.  

Psi, a Penúltima, derruba cânones e estranha o idioma poético. Sem dúvida um espetáculo greco-nordestino. Permanecerá. Tem razão César Leal: "Os críticos competentes irão lembrar de Soares Feitosa no próximo século".

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

José Saramago, Nobel

 

Raquel Naveira


A poesia de Soares Feitosa mistura símbolos do classicismo greco-romano e do cristianismo, os grandes pilares de toda a poesia de qualidade produzida pela civilização ocidental, notadamente em Portugal e no Brasil, passando por Camões, Fernando Pessoa, Anchieta, Gregório de Matos Guerra aos poetas místicos modernos como Cecília Meireles e Murilo Mendes. Soares Feitosa acrescenta-lhes o telúrico dos jatobás, do Rio Macacos, dos assa-peixes e dos oitis carregados de sol. Tudo com ousadas experimentações de forma. Por isso, sua poesia é humana e vigorosa.

 

 

 

 

 

 

 

Caravaggio, A incredulidade de São Tomé

 

 

 

José Saramago, Nobel

Neide Archanjo


Receita de Poeta

Ternura, menos cruel que a paixão
Bondade, tão bela quanto a manhã
Consideração, aquela de que São Bernardo fala
Desvelo, de pai, amigo, amante, irmão
Palavra, instrumento que lapida história, 

estórias, faz versos e reversos
Navegação, no céu brilhante do computado

e também no branco da página em branco
Soares Feitosa, Ulisses no sertão!

Neide Archanjo

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

Paulo Bomfim


No cântaro das mãos

 

Trago, no cântaro das mãos,  
Paulo bomfim a nuvem de seus poemas.
Você tira da cartola da noite 
estrelas e ritmo apunhalados de surpresa!

Em tamanho garimpar, 
o veio é veia de um sangue cósmico.
Um abraço do irmão em Poesia e 
patrício no País dos Mourões.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

Moacir Leão


Brasília, 1994

 

Caro poeta e colega:
 
        Recebi teus poemas e fiquei espantado: vi neles o vigor e força só presente nos grandes.

Salieri queixava-se a Deus por lhe ter concedido o dom de distinguir a composição genial daquela apenas boa, sem, contudo, lhe ter dado o talento de compor com a mesma genialidade de Mozart.

Assim, muito mal comparando - eu: não ouso chamar meus rabiscos de poemas, mas como leitor de poesia minha vocação vai um pouco acima da média. Sim, não me engano: és um poeta do primeiro time.

 

Moacir Leão 

 

 

 

 

 

 

 

Clique aqui: milhares de poetas e críticos da lusofonia!

 

 

Da Vinci, Homem vitruviano

 

 

Edmilson Caminha


Soares

Grato pela gentileza com que me mandou Psi, a Penúltima, acompanhado da fortuna crítica que já o recomenda como uma das  grandes obras da literatura brasileira contemporânea: a crítica de Wilson Martins vale por um prêmio. A sua poesia é daqueles ventos que, de uma hora para outra, varrem a soalheira em que se prostrar o sertão do Nordeste e fazem girar no olho do redemunho poeiras e folhos, espinhos e gravetos, sopro de vida a reanimar homens e bichos, plantas e coisas. Edmilson Caminha

 Quando a criação literária parece tocar a depressão que anuncia as grandes ondas, eis que surge a voz de um cearense para encher de força e de beleza a nossa poesia. Com Psi, a Penúltima, você alcança por direitos, o seletíssimo grupo em que se encontram Francisco Carvalho, Manoel de Barros e outros grandes nomes do verso brasileiro.

Edmilson Caminha

 

 

 

 

 

Clique aqui: milhares de poetas e críticos da lusofonia!

 

 

Um esboço de Da Vinci

 

 

Francisco Brennand


Observações ao estilo de Soares Feitosa 

 
 
“Estou com o século XXI
respirando na minha
nuca.  Preciso me mexer
logo, entende.”
(The Smiths, grupo musical inglês)
 

Ela disse:
que das trevas surgiria
uma mão prateada de um Anjo
  para sustentar a cabeça decepada
da Grande Prostituta Austríaca
(como vociferavam os sans-culottes).
Pobre Rainha tão sábia 
quanto gentil
e inocente Antoinette
ao indagar por que não comiam
bolo, no lugar do pão
que faltava aos desafortunados.
 
Francisco Brennand

Eu não vi.
Mas ela viu,
nos Espaços Estelares.
 

                                     1.  O que não estava presente
                                     2.  nos poemas carcomidos
                                     3.  vivificados agora
                                     4.  pela estrela do computador 
                                     5.  decifra-me ou eu te devoro
                                     6.  Só vemos o que somos
 

Célere levou o “Pimpinela Escarlate”,
pregada no seu colo
a sangrenta cabeça real,
como Mathilde de La Môle
o fizera com a do amante
Julian Sorel, repetindo assim
o antigo fervor religioso
de Margueritte de Valois
pelo amante Boniface de La Môle
decapitado em 1574 
 

                      — Corpo honrado............  Sire!

observou Felipe IV
ao seu confuso ministro Luis de Haro
quando o corpo de Carlos V foi exumado
(um século depois)
no Mosteiro de Yuste.
 

                         Sentia-se no ar
                         a fragância do mirto.
 

                         — Corpo honrado, Dom Luis.
 

                         E o ministro respondeu,
                         com o mesmo laconismo:
 

                         —  Mui honrado, Sire!
 

Aonde não sobram 
nem os dez Justos
¹
de Sodoma
como recorda o
poeta Soares Feitosa,
neste mundo 
da Enola Gay 
entronizada. Finalmente.
 

“Que com os reis esteja a crueldade:
Ela é o anjo que vem antes do mal
e sem o tal arco não me restaria
ponte nenhuma através dos tempos”

                         Assim falou Rilke em
                         O Livro de Horas
 
 

                          Quando Soares Feitosa
                          desvendou o mistério da prematura
                          morte dos jovens
                              (só eles sabem morrer com dignidade
²)
                          

sua voz distanciou-se
                          no prado metálico
                          da velocidade, com
                          a mesma pressa das parábolas
                          do Cristo - na interpretação
                          Mateus & Pasolini.
                          Não tinham tempo a perder.
                          não havia pausa 
                          nem Piedade:
antes configurava-se o Eterno!

 

¹  -  in Format cê dois pontos.
²  -  in Buscando a teoria.

 

 

 

 

 

 

 

 

Clique aqui: milhares de poetas e críticos da lusofonia!

 

 

 

Um esboço de Da Vinci

 

 

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

 

Luiz da Silva Araújo


Meu amigo, li os Poemetos. Não posso falar deles com a leveza que você fala por dois motivos: primeiro, porque me falta o jeito; segundo, porque, depois que aqueles figurões falaram... eu vou dizer o quê? Eu não ousaria porque não sou besta e de bobo só tenho o jeito de falar e de andar, ainda assim porque sou mineiro... 

Mas tem um problema, meu amigo, eu não posso resistir e, assim, como quem não quer nada... Rapaz... que maravilha essa negação de FEMINA. Essa negação a que chamo falsa, mentirosa, porque você disse não quando dizia sim. E o sim não foi porque o dissesse, que na verdade, ele não está explícito, mas pela idéia positiva que você arrancou a cada "não", quando foi capaz de materializar toda a sua ânsia, todo o seu desejo e toda essa agonia por essa mulher que parece fugir, talvez queira fugir, ou esteja deveras fugindo, e que você a conserva na essência daquela abstração que, agora, se tornam toda a matéria para a sua vida. 
          E o "modo mulher" - a meu ver - não é outra coisa senão uma armadilha, como o néctar, como o pólen e como o doce de que se revestem as plantas carnívoras, só para agarrar as carnes que elas precisam comer... E finalmente, quando o poeta diz que lavou a alma, aí é que ele não lavou nada... porque se aqueceu em todos os calores, se envolveu com todos os sons, se perdeu em todos os rastros e se benzeu na profanação duns olhos. Aí é que ele não lavou nada, meu poeta amigo, que perdido estava no túnel dos espelhos, na miríade das imagens que se encaixam, infinitamente, uma dentro da outra na superfície do vidro como fora uma areia movediça que engole um corpo para não devolvê-lo nunca mais... e não podia lavar nada... Pra mim, meu amigo, uma jóia, e não sei dizer mais que isto. 

Mas eu vou ler mais vezes. Preciso encontrar umas coisas ali. E eu sabia, meu caro amigo, que aqueles livros eram só um excerto... afinal, eu não vi a numeração das páginas? 

  Vai um abraço.
                                                         Luís

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Clique aqui: milhares de poetas e críticos da lusofonia!

 

 

 

 

 

 

Álvaro Pacheco


Meu caro Soares

Femina é um poema antológico!

Com o abraço

Álvaro Pacheco

 

 

Continua

 

Anterior