Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

 

 

 

 

 

Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

 

 

 

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

 

Sophie Anderson, Portrait Of Young Girl

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Bio-bibliografia


Carlos Roberto Lacerda nasceu em Pirajuba, Minas Gerais. Em Uberaba (MG), onde se radicou desde criança, bacharelou-se em Direito, em 1970, pela Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, tendo exercido nessa cidade e em sua terra natal suas atividades profissionais.

Começou a escrever em 1965 e, a partir de 1967, passou a colaborar intensamente nas publicações de Uberaba e, mais tarde, eventualmente, no Suplemento Literário Minas Gerais, tendo também participado de outros periódicos nacionais. Integrou ativamente, durante quase vinte anos (até o n° 11, também como conselheiro editorial), o grupo que editou Dimensão – Revista Internacional de Poesia.

Trabalhou como assistente jurídico da Universidade de Uberaba (UNIUBE) e foi secretário municipal de Educação, Cultura e Meio Ambiente da cidade de Pirajuba.

Em 1992, mudou-se para Goiânia, onde fez mestrado em literatura brasileira na Universidade Federal de Goiás (UFG). Lecionou na Universidade Católica de Goiás (UCG).

OBRAS PUBLICADAS

  • A Paisagem do Morto. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1973. (Plaquette: projeto gráfico, capa e arte-final de Carlos Henrique Rezende e Luís Eduardo Rezende. Mimeo.)

  • Astérion. Uberaba: Edição do autor, 1983.

  • O Azul Menos o Nome. Pirajuba: Edição patrocinada pela prefeitura municipal, 1991.

  • Antifaces. Goiânia: Editora da UFG, 2002. (Vencedor do concurso promovido pela editora da universidade para publicação na Coleção Vertentes).

ANTOLOGIAS

  • Poetas do Triângulo Mineiro. Guido Bilharinho (org.). Academia de Letras do Triângulo Mineiro e Bolsa de Publicações do Mun. De Uberaba, 1976.

  • A Praça é do Povo – Coletânea de Poetas de Agora. Joaquim Borges (org.). Uberaba: Editora Juruna, 1979.

  • Antologia da Nova Poesia Brasileira. Olga Savary (org.). Rio de Janeiro: Fundação Rio/Ed. Hipocampo, 1992.

  • Poetas Uberabenses Contemporâneos. Guido Bilharinho (org.). Uberaba: Revista Dimensão, n° 25, especial, bilíngüe, português-francês, 1996.

  • A Poesia em Uberaba: do Modernismo à Vanguarda. Guido Bilharinho (org.). Uberaba: Instituto Triangulino de Cultura, 2003. (História, Poesia de Uberaba. Col. ArteCultura).

ENSAIOS

  • A Questão Perceptual do Novo em Literatura. Signótica, Revista do Mestrado da Faculdade de Letras da UFG, jan./dez., 1994.

  • A Construção do Solar ou a Lição Crítica do Conto. Suplemento Cultural do Jornal Opção, n° 41, jun./95, Goiânia – GO.

  • Diálogo entre Brasil e África. Suplemento Cultural do Jornal Opção, números 87/88, maio de 1996, Goiânia – GO.

CONTOS

  • O Templo Vazio. Suplemento Cultural do Jornal Opção, n° 119, dez./96, Goiânia – GO.

OBRAS INÉDITAS

  • Minimal logos (poesia, título provisório).

  • Fronteiras narracionais: autoritarismo e incerteza em Adelino Magalhães e Hugo de Carvalho Ramos. Goiânia, 1997. 150 p. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Goiás.

DISTINÇÕES CONFERIDAS

  • Destaque em Literatura, no ano de 1973, em Uberaba, numa promoção idealizada por TV Uberaba e Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

  • Homenageado em 18 de abril de 2000 com o Diploma de Mérito, conferido pela Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, pelos serviços prestados na realização dos projetos literários e artísticos do Instituto Goiano do Livro, no ano de 1999.

OUTROS

  • Consta de verbete na Enciclopédia de Literatura Brasileira. Afrânio Coutinho e J. Galante de Souza. Rio de Janeiro, OLAC / FAE, 1989.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Capas dos livros de
Carlos Roberto Lacerda

 


 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

John Martin (British, 1789-1854), The Seventh Plague of Egypt

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Configurações


Pode
olho não-cúmplice
fotoamar a geometria —
antítese
a que a árvore cumpra
seu mapa
de desígnios

fabrique,
em ritmo incontido,
de fome, amor e raiva,
sob o fluxo elemental,
sombra
e outros nadas,

assim:
como a hera
sobre o muro orienta
seu vôo e recupera o espaço
conhecido
antes da seiva?


[Extraído do do livro Astérion, Uberaba - MG, 1983]
 

 

John Martin (British, 1789-1854), The Seventh Plague of Egypt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana, detail

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Plenilúnio


A espada
rasga
as oscilações do azul
e ilumina
o jardim zen de Ryoan-ji
de onde a lucidez
corrige meu olho e o faz
sentir-se
Atento
à fúria de Bodhidharma
responde
o veludo das pedras
às arestas da íris

Tão plena
quanto a morte:
a luz
nessa lâmina
e quando não penso

A insônia
se esvai
no que é ver-se mas
o vazio
não dorme


[Extraído do livro Astérion, Uberaba - MG, 1983]
 

 

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Antielogio


Não!
ao aço que não cor
te amo
res que não sangram
Repto
ao fio de pedras
: adaga
corte-me as veias

Nas nuvens
o tigre afia
sua pres(s)a

Minguante

!
nem um ah
à renda de suas meias
alusões e crateras


[Extraído do livro O azul menos o nome, Pirajuba - MG,1991 ]
 

 

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Titian, Three Ages

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

A Maçã


tinge o olhar (que a divide
e monta ponto a ponto
no ar ou dentro de nós)
resina cor de sangue:
transparência na íris
colhendo a manhã no armário
na mesa na fotografia

(Olhos) — laser recortando
o perfil dos objetos
se do escuro nos redime
também nos transforma em ilha

Da área do descaso
coisas contemplam
nossa esquizofrenia —
a maçã é um duplo enigma


[Extraído do livro O azul menos o nome, Pirajuba - MG,1991]
 

 

Titian, Three Ages

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Carlos Roberto Lacerda


 

Elo


O tigre vê na água
alheio à razão que o desdobra
esfinge sem perguntas


[Extraído do livro O azul menos o nome, Pirajuba - MG,1991]
 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito mais de não sei quantos mil poetas,

contistas e críticos de literatura.

Clique na 1ª letra do prenome:

 

A

B

C

 

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

W

 

X

Y

Z

 

 

WebDesign Soares Feitosa

Maura Barros de Carvalho, Tentativa de retrato da alma do poeta

 

 

(05.06.2023)