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Hildeberto Barbosa Filho

Theodore Chasseriau, Fran�a, 1853, The Tepidarium

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Hildeberto Barbosa Filho



Bio-bibliografia

HILDEBERTO BARBOSA Filho: Hildeberto Barbosa Filho nasceu em 09 de outubro de 1954, na cidade de Aroeiras, Estado da Paraíba. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba; tem curso de Licenciatura em Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB); Especialização em Direito Penal, pela USP e Mestrado em Literatura Brasileira, pela UFPB, com dissertação intitulada Sanhauá: poesia e modernidade. Logo cedo, iniciou sua vida de professor, lecionando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira em colégios públicos e particulares. Ingressou no ensino superior, através de concurso público, sendo, atualmente, professor da Universidade Federal da Paraíba, lecionando Literatura Brasileira, Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa, no curso de Letras, ministrando aulas, também, no curso de Comunicação Social, ao mesmo tempo, prepara-se para concluir o curso de doutorado em Literatura Paraibana. Além de professor universitário, Hildeberto é crítico literário, escritor, poeta e jornalista; mantém uma coluna em o Jornal O Norte, escrevendo sobre literatura. Colabora em os jornais A União, Correio da Paraíba, O Momento, Correio das Artes; Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco (PE); O Galo (RN), O Pão (CE); D.O. Leitura (SP); Suplemento Literário de Minas Gerais (MG) e a Revista Cultura Vozes (RJ). Coordenou o Projeto LER e editou a revista Ler. Constantemente, é convidado para participar em simpósios, congresso e seminário como palestrante e conferencista. Assumiu a Cadeira nº 06 da APL, em 10 de setembro de 1999, recepcionado pelo acadêmico José Octávio de Arruda Mello. Bibliografia: (Poesia) A geometria da paixão, UNIGRAF, 1986; O livro da agonia e outros poemas, Idéia, 1991; São teus estes boleros.João Pessoa: Idéia, 1992; O exílio dos dias.João Pessoa: Idéia, 1994; Desolado lobo.João Pessoa: Idéia, 1994; A comarca das pedras João Pessoa: Manufatura, 1997; Ofertório dos bens naturais. João Pessoa: Manufatura, 1998. Crítica literária e ensaios: Aspecto do Augusto dos Anjos. João Pessoa: SEC/DGC, 1981; A convivência crítica: ensaios sobre a produção literária da Paraíba. João Pessoa: Governo do Estado, 1985; Ascendino Leite: a paixão de ver e sentir. João Pessoa: SECETUR, 1985; Osias Gomes: a plenitude humana e literária. João Pessoa: SECETUR, 1986; Sanhauá: uma ponte para a modernidade. João Pessoa: FUNESC, 1989; A impressão da palavra: literatura e jornalismo cultural. João Pessoa: Idéia, 1993; Os desenredos da criação: livros e autores paraibanos. João Pessoa: UFPB, 1996; Namoro com a doce banalidade. João Pessoa: Idéia, 1997.

Além dessas publicações, Hildeberto tem várias outras em co-autoria como, também, participação em obras coletivas, e alguns títulos a publicar.




Fonte: Academia Paraibana de Letras
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Hildeberto Barbosa Filho



Hildeberto Barbosa Filho, no Facebook, 03.02.2023:


Breve Comentário Crítico

Tenho um ritmo especial na leitura de poemas. Leio devagar, e, quando os poemas me impactam, leio e releio muitas vezes. E estes poemas passam a integrar a minha vida, convivendo comigo nos espaços renovados da estesia. Tem sido assim com muitos dos poemas de Soares Feitosa, reunidos no volume "psi, a penúltima", publicado em Salvador, pelas Edições Papel em Branco, 1997. Seu verso mescla o épico ao lírico, os signos digitais aos odores da terra, a cosmologia grega aos néons da contemporaneidade, a cadência sincopada dos minimalismos ao excesso visceral do discurso, o fogo dionisíaco à apolínea simetria dos clássicos, o vigor indispensável da tradição aos sortilégios críticos da modernidade. Estas marcas, responsáveis pelo rigor de uma intensa e tensa unidade, fazem dos seus poemas um arquipoema, em cujas esferas semânticas transitam os mitos, as lendas, as crenças, os costumes, enfim, todo o ethos originário do Nordeste.

Com seus elementos naturais, suas regiões distantes, seus ventos sagrados, seus habitantes sedentários e peregrinos, a compor uma estranha espiral carregada de signos e símbolos singulares, particulares e universais. Verdade: ninguém, que saiba da incontida sabedoria e da explosiva beleza do cântico poético, pode sair incólume do desafio encantatório deste esplêndido macrotexto.

Dentro da música dos versos, dos artefatos ideativos e da arquitetura imagética, é a vida, humana, animal, vegetal, mineral, telúrica e cósmica que se transmuta em matéria de poesia. Cearense de Ipu, Soares Feitosa tem a luz poderosa e o calor orgânico dos grandes poetas do Nordeste. Sobretudo os poetas enraizados no áspero chão das caatingas, irmãos das pedras, do sol, da poeira e dos ventos que uivam, solitários, pelas verdes léguas da noite e do silêncio.



Soares Feitosa, 2003

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Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

Hildeberto Barbosa Filho


 

Destino


Decerto não serás feliz.
Algum oráculo, estranho
e de longo tempo, anuncia.
Imponderável é o teu destino.
Mesmo que o amor inunde o pátio
das tardes e as tardes inundem as margens
dos dias e os dias invadam o delta
das noites, decerto não serás feliz.
Os elos, mesmo os de sangue, ruirão.
O tempo, com sua agulha silente, tecerá
a fábula febril da dor, os atrozes
elementos de tua insaciável agonia.
E nada restará a ti, ao animal
que és e foste nas horas extremas
dessa ancestral melancolia.


 

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean L�on G�r�me (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Hildeberto Barbosa Filho


 

Imagens de palavra


Buscar a palavra
nas lições da vida.
E na morte prematura,
buscar a palavra,
embrião perdido
por entre os olhos
e os lábios sepultados.

Reter a palavra,
essência tarda no cume
do poema, perfeito
paraíso de degredos...

Retê-la no fremir
do verso, e no fremir
do verso, moldá-la:
rigorosa linha entre
as manhãs e as noites
do meu tédio.

Guardar a palavra:
gesto último de quem
vazou o texto e não
beijou neblinas...
nem formas acabadas.

Perdê-la no tempo
vazio e recomposto,
único janeiro dos anos
estivais.

Plantar a palavra
no verão e no inverno,
alimento que povoa
o medo nos desertos
do papel

e entre sílabas de dor
ganir o amor contido,
rio de luzes e sal
de agosto, dezembros
maculados...

Depará-la, fendida,
na geometria da paixão,
cálculos infindos
para uma imagem
derradeira.

Buscar a palavra
esquecida na gaveta
e molhada na saliva
do silêncio:
único roteiro dos meus
sonhos irreais.

Liame do meu mundo
com o teu mundo

(itinerário devastado) uma planície que se fez
outono...


 

Jean L�on G�r�me (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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(22.05.2023)