Henriqueta Lisboa
(1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica
um dos grandes nomes da lírica modernista,
dedicou-se à poesia, ensaios e traduções. Nasceu em
Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1901, filha
do farmacêutico e deputado federal João de Almeida
Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Formou-se
normalista pelo Colégio Sion de Campanha, MG, e, em
1924, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Dedicou-se à poesia
desde muito jovem. Com Enternecimento, publicado em
1929, de forte caráter simbolista, recebeu o Prêmio
Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de
Letras. Aderiu ao Modernisno por volta de 1945,
fortemente influenciada pela amizade com Mário de
Andrade, com quem trocou rica correspondência entre
os anos de 1940 e 1945. Sua produção inclui, além da
poesia, inúmeras traduções, ensaios e antologias.
Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira
de Letras em 1963.
Em 1984, recebeu o
Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de
Letras pelo conjunto de sua obra. Foi professora de
Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira
na Pontifícia Universidade Católica (Puc Minas) e na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Poeta sensível,
dedicou sua vida à poesia. Considerada um dos
grandes nomes da lírica modernista pela crítica
especializada, Henriqueta manteve-se sempre atuante
no diálogo com os escritores e intelectuais de sua
geração e angariou muitos leitores ilustres durante
sua vida, dentre eles Mário de Andrade, Carlos
Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília
Meireles e Gabriela Mistral.
Sobre sua poesia,
Drummond nos deixou o seguinte testemunho: “Não
haverá, em nosso acervo poético, instantes mais
altos do que os atingidos por este tímido e esquivo
poeta.”
Henriqueta faleceu em
Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Seu
Centenário foi comemorado ao longo do ano de 2002 e,
além de inúmeros eventos culturais em sua homenagem,
várias reedições de sua obra foram feitas com o
objetivo de revelar a força de sua poesia para os
jovens de hoje.
Títulos publicados
Fogo-fátuo (1925);
Enternecimento (1929); Velário (1936); Prisioneira
da noite (1941); O menino poeta (1943); A face
lívida (1945), à memória de Mário de Andrade,
falecido nesse ano; Flor da morte (1949); Madrinha
Lua (1952); Azul profundo (1955); Lírica (1958);
Montanha viva (1959); Além da imagem (1963); Nova
Lírica ((1971); Belo Horizonte bem querer (1972); O
alvo humano (1973); Reverberações (1976); Miradouro
e outros poemas (1976); Celebração dos elementos:
água, ar, fogo, terra (1977); Pousada do ser (1982)
e Poesia Geral (1985), reunião de poemas
selecionados pessoalmente pela autora do conjunto de
toda a obra, publicada uma semana após o seu
falecimento.
Publicou também as
coletâneas de ensaios Convívio Poético (1955),
Vigília Poética (1968) e Vivência Poética (1979),
coletâneas de ensaios. Os poemas que traduziu foram
recentemente reunidos pela Editora da UFMG em
Henriqueta Lisboa: Poesia Traduzida.
Entre as coletâneas
que preparou para a infância e a juventude,
destaca-se esta, de folclore, e Antologia Poética
para a Infância e a Juventude (1961), que será
reeditado pela Peirópolis brevemente.
Livros publicados pela Editora Peirópolis
Literatura oral para a infância e a juventude
Antologia de poemas portugueses para a juventude
Fonte: Editora Peirópolis