Joanyr de Oliveira
Fortuna crítica
(Alguns dos vários pronunciamentos de críticos,
poetas e outros)
ANTÔNIO HOUAISS: Riquíssima temática, senhorio da língua em
geral
e da poética em particular. (Sou) seu admirador, (agora que tenho a)
alegria de conhecê-lo e aos seus versos. Suas elegias são pungentes,
seus poemas a Brasília são intrinsecamente belos paradoxos, pois
ressaltam o criticável socialmente para, apesar disso, louvar a
sensível beleza da obra feita e in fieri (CS e Pl).
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:
Muito louvável a iniciativa de J. O. de recolher esse material
(sobre Brasília) e organizá-lo devidamente. (BP). // A poesia de
J.O. é merecedora da estima dos bons leitores (CS).
WILSON MARTINS: J. O. é
excelente poeta (Pl e FM). // ... também antologista incansável,
dedicado aos autores de uma cidade que ainda não viu reconhecida a
sua importância cultural (PB).
IVAN JUNQUEIRA: Poucas vezes em minha vida tive a
oportunidade de folhear uma antologia poética tão completa, oportuna
e criteriosa. Qualifico-a, sem rebuços, de obra hercúlea e
beneditina, e cuja utilidade é inestimável (PB).
PASCHOAL MOTTA: ... limpa e comovente criação poética (TC).
FRANCISCO CARVALHO: Em TC, encontramos as multifaces de um
poeta no pleno exercício de todos os recursos expressivos da
linguagem como expressão dos pendores estéticos consubstanciais à
natureza e à condição humanas ou como pretexto para uma visão
abrangente do que acontece (ou deixa de acontecer) no mundo.
ANDERSON BRAGA HORTA: Com uma
obra, em prosa e verso, que se
impõe de livro para livro, J. O. é sobretudo um poeta que deve ser
situado entre os melhores de sua geração (LA). O seu verso é
elegante e dúctil, a sua linguagem é pura e sóbria; e – o que mais
importa – o cerne é concentrada poesia, das mais dignas e elevadas
que se escrevem hoje entre nós. São poemas que proferem, com
grandeza, o canto solidário, o hino religioso, a canção de amor, o
grito de revolta, o cântico aos júbilos do porvir, o surdo cantochão
da morte...
RONALDO CAGIANO: Com o trabalho
que se particulariza pelo
equilíbrio, densidade, organização, sobriedade e estilo, concebido
com uma habilidade artesanal que delineia seu ofício nos parâmetros
de uma linguagem que comporta rigoroso apuro formal, J. O. vem-se
firmando no cenário de nossa literatura com uma respeitável
produção. // Além do sopro bíblico, cristão, humanista, há nos
poemas que (o livro) enfeixa mais
otivação evangélica: há um
sentimento universal, de lúcida compreensão do mundo e dos homens a
partir das verdades do Evangelho
(CF).
MARIA JOSÉ DE QUEIROZ: J. O. é poeta
acabado, dono de um estilo e de uma temática... excelência de sua
expressão (LA).
JOSÉ ALCIDES PINTO: Um belo livro de
um grande poeta (TC).
SALIM MIGUEL: Poesia contida, densa,
elaborada, banhada por um sopro lírico, de alguém que domina, e sabe
elaborar sua linguagem (GS).
BELA JOSEF: Poesia de tom
predominantemente lírico, é concentrada e essencial.
AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA: Aprecio (GS) pelo rigor, simplicidade e
eficiência.
JORGE MEDAUAR: Seus versos me
surpreendem pela inequívoca substância que neles corre. ... não teme
o tema: antes enfrenta-o, desarticula seus mistérios e do poema que
poderia hermetizar-se por timidez ou pudor J.O. retira toda sua vida
iluminada. Poetas como J. O. deixam a melhor certeza de que a poesia
vale à pena , porque ela é arma, instrumento de trabalho,
estandarte, bandeira (GS).
ÊNIO SILVEIRA: ... sua poesia tem fogo
e substância (Pl).
JORGE AMADO: Que sua poesia continue
“singrando o ar e a vida”.
CLÁUDIO FELDMAN: ... é um dos
raríssimos poetas que conseguem associar o cósmico e o social .
Quando perceber o grande poeta que ele é, a crítica o colocará,
luminosamente, na primeira fila dos poetas brasileiros (CS).
ALCIDES BUSS: ... presença singular na
poesia brasileira (CS).
BRANCA BAKAJ: ... livro publicado pelo
Fundo de Apoio à Cultura, com que foi (J. O.) brindado face a sua
grande capacidade poética e a enormidade de seu fazer literário (TC).
DANILO GOMES: Temos (em Ct) o forte
sinete criador de um poeta sacro moderno, ou seja, um artista que se
inspira no antigo Livro, para criar segundo processos
não-anacrônicos, nas informados pela modernidade.
CAIO PORFÍRIO CARNEIRO: Rica e
expressiva simbologia, mas sempre afirmativo, de uma poesia que
apenas constata e permite que nas entrelinhas caminhe um mundo de
interrogação... sempre direto sem ser contundente (GS).
OLGA SAVARY: ... tão denunciadora e
comovente poesia social e humana. Sua palavra lavra, pende e sangra;
sua palavra, verdadeira e madura, enxuta, concisa, abre sobre os
homens o clarão dos dias que todos nós esperamos melhores (...), sem
a torpeza dos abutres, sem aos longos caninos de lobos vorazes (TC).
CARLOS NEJAR: Excelente (GS), que li
de logo. E me sensibilizaram a beleza e a contenção de sua poesia.
JOÃO MANUEL SIMÕES: Li com emoção
espiritual e prazer estético a sua bela e nobre poesia, que parece
configurar, em toda a plenitude, o ideal de Novalis: “Die poesia ist
das echt absolut Reele”. Linguagem emblemática, feita de palavras
que são insígnias ardentes, forma imagética (passe o neologismo),
riqueza simbólica, exuberância metafórica: tudo isso faz da poesia
joanyriana, como diria Keats, “a joy for ever” (TC).
DELERMANDO VIEIRA: J. O. é realmente um grande poeta, maravilhoso e
realizado. Sabe tudo sobre poesia. Pode ombrear-se, perfeitamente,
com os maiores (TC).
STELLA LEONARDOS: Poeta de humaníssima poesia (SM e LA).
CYRO PIMENTEL: TC contém muita poesia, onde destaco: “A solidão
repleta de mim,/ nas teias de meu rosto”. Versos de poeta maior.
ELIAS JOSÉ: Uma bênção aproveitar o tempo para colher frutos de
tantos belos livros em um só, definitivo e depurado (TC).
RENATA PALOTTINI: Gostei muito (de GS).
OSWALDINO MARQUES: Nutro grande admiração pelo seu trabalho. Já fiz
a leitura. Sua lira está afinadíssima. (LA e SM).
EMIL DE CASTRO: Poesia de excelente qualidade. Criatividade,
inventividade, bom gosto e técnica são os seus instrumentos de
construção do poema. Gostei de todos, alguns são perfeitos, contém
emoção de largo sopro e refletem conflitos existenciais de todo e
grande poeta. Capa apropriada ao seu grito de protesto (por um amor
que enlouqueça.)
FRITZ TEIXEIRA DE SALLES:... o livro apresenta duas faces: a
primeira parte, predomina a visão objetiva, e a parte final onde
pontilha a criatividade do autor em vigoroso subjetivismo. ... um
fazer literário seguro e funciona tecnicamente, onde a dicção se
amolda ao domínio perfeito do autor sobre as duas visões em que o
livro se dimensiona: a visão social da tragédia contemporânea e, na
segunda parte do livro, temos uma perspectiva lírica de funda
espiritualidade... (GS).
CASSIANO NUNES: Seu rico, profuso, imagismo, ultrapassa a poética da
“geração de 45”. Parece-me mais barroquismo mineiro. Um
neo-barroquismo. Em todo o volume (Pl) distingo a qualidade na
unidade.
RENATO PACHECO: Que monumento poético! (TC).
NELLY NOVAES COELHO: ... acho fundamental esse trabalho de recolha
em um só volume da obra publicada ao longo dos anos (...) vai ajudar
meu trabalho, na escrita do seu verbete a ser incluído em meus
próximos projetos: “Ficcionistas brasileiros do século X” ´e “Poetas
do século XX”.
LEONTINO FILHO: Importante obra poética, contendo a relevante
trajetória de J. O. na poesia nacional (TC).
ADÉRCIO SIMÕES FRANCO: o “Tempo de ceifar” (em preparo) promete ser
uma bela obra poética. A cadência de “Teu nome no muro” fz lembrar
muito o almo responsarial quando rezado no ritmo gregoriano: “No
muro/ gravo teu no/me / jun/toaoteu rosto/toinvisí/vel / Le/tras
cinti/lam na noi/te.
ADRIANO NOGUEIRA: J.O. é um dos nossos melhores poetas. ...
respeitado como pesquisador. Pelo trabalho, pela escolha dos poemas,
J.O. será sempre lembrado na História da Poesia, especialmente da
brasiliense (PB).
ARTIGAS MILANS MARTINEZ: Sin duda, OGS, título que ya anuncia la
angustia que estremece sus paginas, y que el poeta sabe sortear,
mediante una construcción de gran brillo e atracción idiomática,
puede sumarse a la mejor poesía que em estos momentos nos llega del
Brasil, tierra de ilustre prosapia intelectual.
AQUILES CORTES GUIMARÃES: Além da consistência poética perceptível
aos espíritos bem formados, senti-me transportado para a nossa terra
em vários dos seus poemas (...) Certamente a sua poesia está
inscrita na literatura brasileira contemporânea como um dos seus
momentos mais salientes (TC).
DI CARRARA: Os poemas (de Pl) têm a leveza de Meireles, a densidade
de Bandeira e o despojamento de Drummond. São livros (os de J.O.)
que deveriam estar em qualquer estante ou biblioteca.
MANOEL HYGINO DOS SANTOS: Na poesia, J.O. é, hoje, inegavelmente, um
dos grandes valores. Com a fé que o incentiva, tem força e seus
versos sentido e objetivo. Ele sabe a que veio, cultor de idéias e
sentimentos... (TC).
Ct – Cantares, 1977
GS – O grito submerso, 1980
CS – Casulos do silêncio, 1982
BP – Brasília na poesia brasileira, 1982
SM – Soberanas mitologias e A cidade do medo, 1991
LA – Luta a(r)mada, 1992
PL – Pluricanto, 1996
PB – Poesia de Brasília, 1998
CF – Canção ao Filho do homem, 1980
TC – Tempo de ceifar, 2002
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