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Regine Limaverde

Thomas Colle,  The Return, 1837

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Contos:


Alguma notícia da autora:

 

 

John William Godward (British, 1861-1922),  A Classical Beauty

 

Da Vinci, Madona Litta_detalhe.jpg

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Regine Limaverde



Bio-bibliografia

Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira nasceu no dia Nacional da Poesia. É formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado em Tecnologia de Alimentos (1985) e doutoramento em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (1986).

Professora universitária titular no curso de Engenharia de Pesca da UFC, pesquisadora do Laboratório de Ciências do Mar (da Universidade Federal do Ceará). Membro da Associação dos Escritores Profissionais do Estado do Ceará. Pertence à Academia Cearense de Letras, à Academia Cearense da Língua Portuguesa, e à Academia de Letras e Artes do Nordeste.

 


Obras

  • Rio em Cheia, (1980),
  • Ressurgências, (1982),
  • Estrela de Vidro, (1984), Prêmio Estado do Ceará,
  • Mar de Sargaços, (1985),
  • Poemas Quaternários, (1990),
  • As Leves e Duras Quedas do Amor, (1992),
  • Caleidoscópio, (1995),
  • O Limo e a Várzea, (1998),
  • Eternas Lanternas do Tempo, (2012),
  • Canção do Amor Inesperado, (2014),
  • Dentro de Mim, o Mar, (2017),

(Texto redigido em 23.01.2023)

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Consummatum est Jerusalem

 

 

 

 

 

Regine Limaverde


 

Comentário de Uma canção distante:


 

Meu amigo Soares Feitosa,
 

Sou também louca pelo mar. Ele é meu medo, meu amigo, minha inspiração. Minha poesia é toda inundada de mar porque dele ganho o meu pão. Sou microbiologista marinha e é nas águas que vivo. É nelas que sonho. É dela que nutro minha poesia.
Andreas Achenbach, Germany (1815 - 1910), A Fishing Boat

Parabéns pelo poema lindo. Ainda bem que no Brasil não se tem grande catástrofes quer marinhas, quer terrestres. Coitado de quem faz o mar inimigo. Tenho pena, de quem não gosta dele. Respeito-o e amo-o muito.
 

Sei que sua poesia é muito telúrica, mas também aquática, pois quem não gosta do mar?, principalmente tendo uma janela de frente para ele como você tem e que fere os olhos toda a manhã com o verde espalhado nesse marzão de Fortaleza.
 

Beijos e um ano inundado de poesia.
 

Aqui vale um maremoto de versos lindos como os seus.
 

Regine Limaverde
 

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

 

 

 

 

 

Regine Limaverde


 

Comentário de Adolescíamos:


 

Que encanto de poesia Feitosa. A fumaça é um pano de fundo para os sonhos.Tiziano, Mulher ao espelho
 

E o chocolate é doce na nossa boca. A paquera é açúcar para nossa alma.
 

Que lindas pontes você faz entre o gesto e o ato , entre o pensar e o agir, entre o olhar e o sonhar. Gosto de sua poesia.
 

Regine
 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova. 1864.

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Sérgio Castro Pinto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Regine Limaverde


 

Comentários sobre a poesia de Regine Limaverde:
 


“A poesia de Regine tem se voltado, reiteradamente, para a vertente erótica. É uma poesia pontilhada de símbolos e metáforas do amor. São signos apaixonados para tecer o seu cântico ou para conjurar o amado” (Francisco Carvalho).


“Herdeira do verso curto da chamada Geração de 45 (que evidentemente não o inventou, nem deixou de usar versos longos) Regine Limaverde , cearense de Fortaleza, já se firmou na paisagem de nossas letras com uma poesia bem pessoal, em que se destacam a nota erótica e a presença da natureza”
(Sânzio de Azevedo).


“Como na poesia, no conto Regine Limaverde não se limita a ser, existir. É participante ativa e, por muitas vezes, fecunda. E só os que têm o dom e a coragem da entrega total, alcançam o milagre maior da criação. As leves e duras quedas do amor não apenas se converte em mais uma conquista da inteligência de Regine. Abre-lhe os portais para o ingresso no lúdico e mágico universo dos novos contistas cearenses. Uma geração caracterizada não só pela originalidade , mas, sobretudo, pela consciência plena de que os que a constituem estão marcando o seu lugar de destaque como contistas e escritores autênticos” (João Clímaco Bezerra).

“Ciente da sua, nossa fragilidade, da absurda condição que nos torna insatisfeitos e ásperos diante da presença aniquiladora da morte, Regine engendra o discurso com a lírica substância que assinala seu artesanato, engrandecendo a pequenez do cotidiano, nossa pobreza e isolamento. Nenhuma hipocrisia e culpa habitam seu universo criativo, não pede desculpa ou perdão pelo gesto imprudente e vulcânico. Fiel a si mesma, partilha com o leitor a gravidade do silêncio, o que lacera a alma. A descoberta, a resistência e o prazer do amor. O diálogo e o rigozijo do amor. Contraponto, exaltação, verdade, ardil e recompensa. Corpo” (Marly Vasconcelos).


“Minha cara amiga Regine; gostei imensamente de suas lembranças da Alemanha. Você sabe contar, e o mais importante, escrever. E tem “espírito” jocoso, tão agradável que, a meu ver, você faria “também”sucesso escrevendo comédias.
A observação não é acidental.
Tente! Você sabe dizer com graça, e essa é a condição muito importante para o autor teatral.
Parabéns! E o abraço do amigo
Manuelito Eduardo.”

 

 

 

Ruth, by Francesco Hayez

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Cyro de Mattos

 

 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Reflexion, detail

 

 

 

 

 

Regine Limaverde


 

Ao meu amigo Samuel Penido



Amigo Penido, não te sabia longe.
Você era um rochedo, uma ponte
onde eu buscava palavras, saber.
Você era doce, fácil de viver.
Nunca o vi amargurado,
zangado, ou mesmo estressado.
Era um lago, uma campina
qualquer coisa pequenina:
uma flor pura, margarida esparramada
branca, bonita, solta mas apaziguada
pelo seu temperamento dócil, fácil.

Samuel, meu amigo, você partiu
e é triste porque faz tempo que a gente se viu,
mas guardo na mente seu semblante,
seu cavalheirismo, nunca arrogante,
num sorriso que lhe era peculiar.
Você que foi mais lago que mar,
há de nas estrelas navegar.
Cá em baixo seguirei, mais mar que lago
buscando sua lembrança para meu regalo,
buscando seu sorriso para meu consolo.

 

 

 

Da Vinci, Cabeça de mulher, estudo

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Alberto da Cruz

 

 

 

 

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SB 23.01.2023