Abilio Terra Junior
Sobre "Da Caixa Postal aos Corrós de
Açude: uma Visita ao Poeta Ascendino Leite.":
Caro Poeta Soares Feitosa,
Mais uma vez você nos leva por "mares nunca dantes navegados", neste
empolgante périplo em que homenageia o poeta Ascendino Leite.
Desde
cedo, o seu primeiro contacto com este "besouro doudo, muito doudo".
E aí, você vira paraibano, depois pernambucano por 14 anos e baiano
por quase cinco.
E com humor refinado, você nos intriga buscando o outro poeta, o
Luís Manoel Siqueira, gente finíssima, na caixa postal do próprio.
De passagem, você visita o primeiro rádio, que 'só podia estar de
gentes, cheio, muitas, ainda que gente miúda, nos conformes do
aparelho.' E os 'besouros mangangás dentro de uma caixa de
fósforos',
'para fazer aparelho igual, rádio.'
E as sirenes que tocam, o 'escapulir ligeiro', graças às rezas de
sua mãe, e a codorniz que não passa de 'pinto-de-um-dia', 'piu-piu,
adeus, codorniz!'
E os 'corrós de açude?!'
E então, você chega ao 'Ascendino Leite, um poeta auroral', 'novent'anos,
auroras, sabe delas.' E visita os seus livros, com um carinho
possível de um mestre para outro mestre.
Mais uma aula que vossa mestria nos dá, poetando em prosa e verso
sobre os 'diários não cronológicos' do outro grande poeta Ascendino,
criador de 'poesia pura.'
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