Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

Efer Cilas dos Santos Júnior 

efer.jr@globo.com

Poussin, Rebecca at the Well

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Contos:


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova. 1864.

 

Hélio Rola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caravagio, Êxtase de São Francisco

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


From: Efer Jr

Sent: Friday, August 06, 2004 10:09 AM

Subject: Edições Caruru


Caro Sr. Feitosa,

 

Foi com imensos surpresa, alegria e prazer que recebi ontem o livro com seus "Estudos & Catálogos - Mãos".

Em primeiro lugar esta maravilha impressa veio ainda envolta em um envelope com uma das mais belas poesias que já li (Architectura); sempre sonhei em ser a pessoa que comprou um pão embrulhado com a  Partitura de Mozart, tive essa sensação ontemLeonardo da Vinci,  Study of hands ao receber seu "pão" para o meu espírito, envelopado com este belíssimo poema! (Comentário de minha esposa: "Como é bom poeta este Feitosa!").

Caro Poeta, é um lindo prefácio este que li de sua autoria! Que sorte a do autor! Fiquei com lágrimas nos olhos, pois o Sr. conseguiu evocar em mim lembranças e recordações que eu, menino da Cidade, nunca tive e sempre sonhei que fossem parte de mim! Meus parabéns! Foi um dos melhores presentes que já recebi.

Um grande abraço,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior



Bio-Bibliografia



Nascido em 1970, no Rio de Janeiro. Médico por formação, poeta e literato por vocação. Leitor voraz, exerce a Homeopatia no Rio de Janeiro e escreve nas horas vagas poesia e prosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Titian, Venus with Organist and Cupid

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


 

Dor Infinita


Um dia nasce e, por fim, morre então;
Surge depois outro e também fenece,
Assim nossa existência acontece
E, aos poucos se dissipa qual poção.

Mas o que tem o pesar como irmão,
E de uma dor profunda assim padece,
Todo dia tormento lhe parece
Insuportável sua condição...

Não há riqueza, sorte, ou até conquista
Que impedir possa que tal dor persista
E faça rir de novo o triste ser...

Que dor é essa maior que o existir?
É sem um amor ter que resistir!
É sem carinho ter que então viver!
 

 

 

 

John William Waterhouse , 1849-1917 -The Lady of Shalott

Início desta página

Nicodemos Sena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Plaza de toros

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


 

Viver como um Médico


Médico é amar o semelhante,
Nunca negar ajuda a quem precisa;
Conviver com a dor que martiriza,
Lutar contra percalços como um infante!

É uma vida muito desgastante.
Não é a que o estudante idealiza,
Quando sua exaustão ele ameniza,
Com visões de uma clínica brilhante.

Ser um médico é nunca ter hora;
É estar à vontade de quem chora;
É tentar salvar quem não quer morrer...

É uma vida muito dolorosa,
Mas premiada de uma forma honrosa,
Quando um sorriso vem agradecer!
 

 

 

 

Michelangelo, Pietá

Início desta página

Cida Sepúlveda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Consummatum est Jerusalem

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


 

Cinema


John Ford, John Huston e também o Preminger,
Howard Hawks, Michael Curtiz, Henry King,
Billy Wilder, René Clement e Wyler,
Stanley Donen, Cukor, Victor Fleming,

Robert Wise, Coppola, Milos Forman,
King Vidor, B.Mile, Raoul Walsh,
Woody Allen, Sergio Leone e Kasdan
Stanley Kubrick, Buñuel, Aldrich.

Todos são nomes imortais, honrosos,
Assim como seus filmes grandiosos,
Que, para sempre,entre nós,ficarão.

E as gerações futuras encantadas,
Assistirão a tudo emocionadas
E aqueles nomes memorizarão!
 

 

 

 

Um cronômetro para piscinas

Início desta página

Laeticia Jensen Eble

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Bathsheba

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


 

A Robert Alexander Schumann
(1810-1856)


Ouço Papillon, Carnaval
E cada vez me espanta
De ver beleza tanta
Colocada em notação musical!

Quanta profundidade espiritual!
Minha alma, quando as ouve, levanta
E todos os desgostos espanta,
Renovando-se de modo total!

Suas sinfonias são um belo testemunho,
Escrito por seu próprio punho
Do que a música melhor produziu!

Seu Quinteto sublime e outras composições,
São obras de grandes inspirações,
Que pouco até hoje se viu!
 

 

 

 

Culpa

Início desta página

Donizete Galvão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

 

 

 

 

 

Efer Cilas dos Santos Júnior


 

O Cigarro


Pobre menino negro,
Sentado à beira do mar,
Não pode ocultar sua vergonha,
Só tem seu cigarro de maconha,
Apenas com ele pode sonhar.
Cercado está por prédios em que nunca irá morar;
Vê, embevecido, moças lindas que nunca irá conquistar;
Só com a maconha pode viajar,
Só ela lhe dá o consolo que nunca terá!
Sua alma tão livre paira sobre o mar – que é só seu –
Está próximo do céu e de suas estrelas,
Tudo isso é dele, naquele instante em que o fumo se consome.
Seu espírito se confunde com os espirais de fumaça de um cigarro aceso.
Aliás, sua vida é uma série de “baseados” que se queima, consome e se evola,
Talvez fumado por um Ser maior “viajando”
Em imaginar o sofrimento e a dor
Que qualquer criatura poderia ter!
Sim, a vida talvez não passe de uma idéia
Que Deus tenha ao fumar um grande “baseado”...
Quando o fumo acaba,
O pequeno deita na areia e dorme embalado...
Pés bruscos o chutam...
Um guarda chega e o expulsa da praia,
Sem seu fumo não tem mais o mundo
Que há instantes lhe pertencia;
Não tem nem a areia de seu...
 

 

 

 

A menina afegã, de Steve McCurry

Início desta página

Cláudio Feldman