Nicodemos Sena
A Obra & A Crítica:
SOBRE “ESPERA DO NUNCA MAIS”:
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“É uma alegria quando nos deparamos com um livro como A espera do
nunca mais, esta extraordinária saga amazônica, narrada com
sedução, seriedade, poesia. Forma e estilo são impecáveis nessa
estréia, que nem estréia parece, de tão madura. Todo o livro, em suas
876 páginas, é uma exaltação à palavra, lavra que o autor utiliza como
veículo para contar inúmeras histórias entrecruzadas dos seres
amazônicos, habitantes genuínos dessa esplendorosa floresta, ícone
nacional. (...) A espera do nunca mais, de Nicodemos Sena, é
uma lição de literatura e de brasilidade”. OLGA SAVARY/O GLOBO,
Caderno Prosa & Verso, Rio de Janeiro, 03-março-2001/Amazonense faz
boa ficção com ‘anos de chumbo’ e choques entre culturas
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“A espera do nunca mais desafia e devora o leitor desde o
início. Feito sucuriju, abre sua bocarra e obriga a penetrar
num universo denso. Não adianta resistir. Uma vez dentro da boca deste
livro-serpente, o destino é conhecer os seus interstícios plenos de um
fazer artístico solidamente urdido, elaborado com mãos de mestre”.
OSCAR D’AMBROSIO/JORNAL DA TARDE, Caderno de Sábado, São Paulo,
20-maio-2000 /Uma extensa e densa aula de Amazônia
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“Eis um romance que invade a literatura brasileira com a força de um
fenômeno da natureza. Trata-se de uma saga amazônica chamada A
espera do nunca mais. Seu autor, Nicodemos Sena, tem o talento de
criar gente. Seus personagens representam a Amazônia com sua largueza
e sua mistura, caboclo e floresta unidos num ecossistema
geográfico-humano que retrata a nossa mais desconhecidamente forte
região em que o Brasil se firma e se revela. É romance que deve ser
lido. Nele, realidade e lenda se juntam com naturalidade. As palavras
formam um estilo ínsito à grandeza das paisagens que descreve”.
ANTONIO OLINTO/ JORNAL DE LETRAS, nº29, Rio de Janeiro,
janeiro/2001
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“Partindo do particular para abstrair uma realidade universal,
Nicodemos Sena leva de um recanto solitário da floresta para o mundo a
pureza, a complexidade e a beleza da cultura amazônica. Para tanto,
apoia-se nos personagens que, com suas tristezas e alegrias, decepções
e esperanças, têm o condão de emocionar o leitor de qualquer país”.
O ESTADO DE SÃO PAULO/São Paulo, 04-junho-2000/Leituras no Brasil
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“Gosto de frases. De palavras. Às vezes, de sílabas... Tudo, enfim,
que caiba no microcosmo do poema. E me assusto – quem sabe, por inveja
sadia – com os que atingem a vertigem da cachoeira, do oceano, das
grandes forças universais. Assim me parece A espera do nunca mais.
Apreciador de um quarteto de cordas, vi-me diante de um turbilhão
sinfônico – e muito bem regido”. ANTONIO CARLOS SECCHIN, poeta,
ensaísta e professor de Literatura na Universidade Federal do Rio de
Janeiro(UFRJ)/Rio de Janeiro, 05-fevereiro-2000
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“Nicodemos Sena, em A espera do nunca mais, seu formidável
romance da Amazônia, demonstra ter um senhor pulso de romancista.
Conseguiu amalgamar numa escrita sedutora e envolvente milhentas
vivências, experiências, informações, etc. É incrível a rede de
fatores que o autor conseguiu reter na rede das palavras”. NELLY
NOVAES COELHO, escritora e crítica, professora de teoria literária
da Universidade de São Paulo(USP)/São Paulo, 23-novembro-2001
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“A crítica local não economizou elogios e o vem considerando a maior
revelação da literatura regional nos últimos anos. O entusiasmo se
justifica. No intenso trabalho de escrever e aprimorar seu estilo,
Sena conseguiu fugir dos estereótipos que cercam a Amazônia. Seu
grande medo, como confessa em entrevistas, era cair no exotismo que
geralmente devora aqueles que se aventuram a escrever sobre a região.
O resultado final, no entanto, atinge plenamente a busca de um estilo
próprio de se debruçar sobre os homens e os problemas amazônicos”.
OSCAR D’AMBROSIO/JORNAL DA TARDE, São Paulo, 20-maio-2000
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“Não se trata de simples estréia, da aparição de um iniciante. Quer
pelo conteúdo, quer pela forma escorreita da narração, o autor conduz
histórias da saga amazônica com a segurança de um escritor já
experimentado. Ele não tem preconceito de escola literária, pois o
romance A espera do nunca Mais transita do realismo naturalista
até o realismo mágico. Fica aqui apenas um registro de um livro que
entra de chofre na estante do que há de bom na ficção brasileira”.
ALUYSIO MENDONÇA SAMPAIO/LB-REVISTA DE LITERATURA BRASILEIRA, nº
18, abril-2000, São Paulo
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“Quem leu Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, e
Incidente em Antares, de Érico Veríssimo, há de concordar que os
brasileiros são bons de saga. A leitura de A espera do nunca mais,
do paraense Nicodemos Sena, insere-se nessa tradição. Com esse livro,
o autor reconta a formação política e cultural de nós mesmos, buscando
nas raízes populares o que aconteceu em nossa mutação”. LEANDRO
ESTEVES/LB-REVISTA DE LITERATURA BRASILEIRA, nº 18, abril-2000, São
Paulo/Mais um saboroso fruto da Amazônia
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“Os heróis de A espera do nunca mais são personagens vivos,
autênticos, que ainda habitam as barrancas dos rios amazônicos, as
estradas líquidas dos igarapés e igapós, com seus costumes
incivilizados. (...) Nicodemos Sena usa o lendário amazônico não como
folclore, mas para completar o desenho e o registro do perfil
psicológico do caboclo ribeirinho, das várzeas e dos campos do Marajó,
sua perplexidade e descaminhos ao conviver com a cidade grande”.
ALONSO ROCHA/A PROVÍNCIA DO PARÁ, Belém, 05-novembro-1999/Romance
de estréia surpreende
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“Na narrativa de Sena, a linguagem resiste aos conhecidos clichês
regionalistas e desloca-se, com especial fluência e jorro imagético,
para uma outra realidade fática, em que o discurso desvia-se da
retórica limitadora – e muitas vezes pastichizadas – das prosas
similares contemporâneas, para projetar um outro sentido, um outro
modo de escrever sobre a vida e os costumes da região amazônica. (...)
Muitos têm tentado interpretar esse povo e sua região, como Márcio
Souza, Dalcídio Jurandir, Thiago de Melo e Ferreira de Castro, que nos
legaram obras antológicas sobre a região. Sem demérito para eles,
creio que Nicodemos Sena ousou na força da linguagem e no desenrolar
das tramas, com isso pretendeu (e alcançou sobejamente) formular um
diálogo com a natureza desafiadora de uma região muito explorada (e
agredida) pelo homem e pouco visitada pela literatura”. RONALDO
CAGIANO/Suplemento OPÇÃO CULTURAL, Goiânia, 13-julho-2003/Um novo
olhar sobre a Amazônia
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“A espera do nunca mais, romance de estréia de Nicodemos Sena,
é um livro de alto nível literário, capaz e destinado a consagrar o
autor como romancista. Questões sociais são tratadas com precisão,
abrindo chagas na História nacional”. LINGUAGEM VIVA, maio/2000,
São Paulo
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“A espera do nunca mais maravilhará os amantes da literatura,
pois se trata de obra visceral, na qual o autor, com rara felicidade,
une o mistério e a grandiosidade do continente amazônico à selvagem
exploração de homens miúdos em seus horizontes, mas gigantescos na
luta feroz pela sobrevivência, na faina diária contra o infortúnio de
vidas lançadas a esmo no coração da floresta, esquecidas pelo país
oficial e esmagadas pela ganância de exploradores brutais. Tem-se
nessa obra a visão do moderno e do arcaico que permeia o mundo
amazônico e que se encontram na própria matriz da brasilidade. Ao
mesmo tempo real e alegórica, emergem da narrativa personagens típicas
desse mundo, como Gedeão, Albino, Sabá, Silvestre Bagata, Veva,
Primitiva, Estefano, Julião e tantas outras, construídas com o rigor
dos grandes romancistas. De tessitura notável, o enredo romanesco é
construído com a maestria dos escritores que já estréiam prontos para
figurar entre aqueles ungidos pelo reconhecimento da crítica”.
EDIVALDO DE JESUS TEIXEIRA/LITERATURA-REVISTA DO ESCRITOR
BRASILEIRO, nº 24, Fortaleza, 2003/Um romance que deleita e ensina
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“O texto, tanto em A espera do nunca mais, de Nicodemos Sena,
quanto no Macunaíma, de Mário de Andrade, é a realidade
regional enquanto matéria viva transformada em ficção como coisa
pulsante e como que “arrancada” da própria alma cabocla. Não se trata
de realismo puro e simples. Diria que é, em verdade, como se o
contexto em si virasse texto: feito, aqui, sim, uma revelação, um
descobrimento”. ACYR CASTRO/A PROVÍNCIA DO PARÁ, Belém,
23-julho-2000/Um refluir no tempo
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“Com gosto e prazer, do começo ao fim, da primeira à última linha, eu
li, mergulhado, A espera do nunca mais, romance de estréia de
Nicodemos Sena. E valeu a pena. Emergi com o sentimento gostoso da
mais pura satisfação: eu tinha lido um grande romance. A espera do
nunca mais divide-se em três partes, cada parte beirando as
trezentas páginas. O todo alcança quase cem capítulos. Tudo isso
espanta e amedronta o leitor menos avisado. Mas, pode-se garantir, uma
vez iniciada a leitura, não se pára mais. A leitura é um mergulho, eu
já disse, e vai às raízes da gente brasileira, navega pelos meandros
da vida nacional e está à tona em nossos dias que vivemos. Poucas
obras vão tão longe, abrangem tanto, são tão completas. E tão
romanescas e tão verdadeiras. Basicamente, o cenário é a Amazônia e a
história acontece dos anos 50 aos anos 70 do século XX. Mas aí não se
fixa. Avança, recua, desvia, penetra, divaga, reflete, espairece,
imagina, reflexiona, demonstra, narra e traça um painel completo da
Amazônia, desde seus primórdios até a atualidade e sua agonia. Não é
um romance histórico, mas a História está presente; não é um romance
geográfico, mas a Geografia está presente; não é um romance
folclórico, mas o Folclore está presente; não é um romance mítico, mas
o Mito está presente; não é um romance religioso, mas a Religião está
presente; não é um romance psicológico, mas a Psicologia está
presente; não é um romance sociológico, mas a Sociologia está
presente; não é um romance político, mas a Política está presente; não
é um romance econômico, mas a Economia está presente; não é um romance
ideológico, mas a Ideologia está presente. Sonho, fantasia e realidade
perpassam a história de ponta a ponta. Os personagens são humanos e
fortes, a gente acompanha as peripécias de cada um e quer ver o
desfecho. Gedeão, Julião e Dora são emblemáticos, junto com Estefano,
o protótipo do conquistador branco. (...) As veredas do romance de
Nicodemos Sena são muitas. Justamente por isso, por serem quase
infindas as veredas, é que me surgiu com tanta insistência a lembrança
desta afirmação de Thomas Mann: ‘Hoje em dia, um romance precisa ser
mais que um romance’. O romance de Nicodemos Sena é bem mais que um
romance: é a própria Amazônia. E é o Brasil e é o Mundo”. NELSON
HOFFMANN/JORNAL IGAÇABA, Roque Gonzales, RS, nº 76,
setembro-2003/Mais que um romance (também in O GIRASSOL, Palmas, TO,
nº66, setembro-2003)
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“Com A espera do nunca mais, pela primeira vez temos, na
ficção, o caboclo como agente da história, o índio que se
destribalizou, que vive entre dois universos que se opõem e se
excluem”. VICENTE SALLES/A PROVÍNCIA DO PARÁ, Belém,
15-março-2000/Sobre A espera do nunca mais
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“Como um Hércules moderno, Nicodemos Sena arrastou o Amazonas para o
seu mundo romanesco. A espera do nunca mais é um livro
contundente, com todo o húmus do grande rio e das matas amazônicas”.
ARISTIDES THEODORO/A VOZ, São Paulo, 16-dezembro-1999/Fragmentos de
um diário
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“Nicodemos Sena nos lança à leitura de uma face da Amazônia que é
mitológica, sim, porém no sentido grego: o da palavra que busca
a luz e, com isso, fura a selvageria do obscuro. Na atual
geração de romancistas, sob o signo do Pará, é fascinante, e exata,
revelação”. ACYR CASTRO/O ESCRITOR,nº90, março-2000, jornal da
União Brasileira de Escritores-UBE, São Paulo/A Amazônia enquanto
estória
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“Vejo-me no dever de dizer que, além de um grande romance, Nicodemos
Sena escreveu páginas que merecem ser consideradas clássicas na
literatura amazônica. A comovente morte do búfalo rosilho, por
exemplo, narrada na segunda parte de A espera do nunca mais
(págs. 448 a 466), merece estar entre as melhores páginas que já se
escreveram sobre a vida do nosso povo. (...) Quando os historiadores,
antropólogos e sociólogos quiserem resgatar aspectos originais e
fundamentais da cultura amazônica, terão que buscar nas páginas do
romance A espera do nunca mais”. BENEDICTO MONTEIRO/O ESTADO DO
TAPAJÓS, Santarém-PA, 05-março-2002/O romance da civilização fluvial
SOBRE “A NOITE É DOS PÁSSAROS”:
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“A noite é dos pássaros é muito mais que um romance calcado em
documentos. É uma roldana mágica, envolvente, com vigor criativo
notável na tessitura da vida dos nativos e suas heranças culturais, da
floresta, seus animais e pássaros, onde o jovem português e sua amada
Potira, que o salvou da morte no último momento, envolvem-se e nos
envolvem também nesse mundo estranho e fascinante, real, emblemático e
metafórico. Romance, e quase Canto, para ser lido, sentido, e dele não
mais se esquecer”. CAIO PORFÍRIO CARNEIRO/ESTADO DE MINAS, Belo
Horizonte-MG, 20-12-2003/Universo metafórico (também in O ESCRITOR, nº
105, São Paulo, outubro-2003/Romance conta a vida dos tupinambás)
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“A noite é dos pássaros, segundo romance de Nicodemos Sena, é
uma obra fascinante. Nela, o autor transpõe as barreiras impostas pela
mediocridade e voa em todas as direções, sonhando, deixando-se levar
pelas asas da imaginação, entregando-se aos espíritos que habitam a
natureza, lá onde está a sabedoria, o medo lutando contra a valentia,
a metáfora da vida e da morte”. DIRCE LORIMIER FERNANDES,
escritora, ensaísta, professora e crítica da Associação Paulista de
Críticos de Artes(APCA)/São Paulo, março-2002
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“A noite é dos pássaros é festa de invenção. Ou mais,
reinvenção de um povo (os índios) marginalizado, com o fulgor de um
José de Alencar em novo tempo, a carnavalização backtiana, ao lado do
senso de poesia de um novo território, que sai do ‘túnel escuro e
profundo’ do ventre de tantas gerações e flui como um rio na pena
sonora e grave, pungente e lírica de Nicodemos Sena – entre lendas e
seres – o Brasil para muitos desconhecido e inóspito”. CARLOS NEJAR/poeta,
da Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, 18-01-2004
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“Nicodemos Sena, que há pouco mais de ano sacudiu a crítica com um
romance surpreendente, A espera do nunca mais, uma espécie de
Os Lusíadas em prosa (876 páginas), enaltecendo o mundo
amazônico em todo o seu fascínio, reaparece com A noite é dos
pássaros, seu segundo romance, que vem confirmar a força interior
desse novo ficcionista caboclo, inaugurando, assim, com original
tessitura (inclusive lingüística), a literatura amazônica do século
XXI”. ILDEFONSO GUIMARÃES, escritor, da APL-Academia Paraense de
Letras/ Belém, outubro-2003
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