Da caixa postal aos corrós de açude

(Visita ao poeta Ascendino Leite)

 

Também sou velhote: sessenta, batidos neste janeiro recém. Jovenzinho, dezessete, dava meus primeiros passos no jornal. Depois larguei tudo, Fiscal do Consumo, de concurso, dos mais jovens entre os jovens. Mas à época do jornal, quando me ligava, de obrigação, aos jornais, acho que lia sobre um certo Ascendino, um besouro doudo, muito doudo. Distante, pois, o meu primeiro contacto com o seu distinto nome.

Ascendino

Bom, meu primeiro contacto paraibano deu-se por via de um Wanderley. Juracy Gomes Wanderley, sobrinho de um certo Verniaud, Verniô, um nome assim, do Tribunal de Contas da União, ministro. O sobrinho, Juracy, um “prinspo”, o irmão que não tive, fizemos parelha aos estudos de Fiscal do Consumo. Ele também passou, foi para São Paulo, morreu por lá, de grande saudade. Ah, o nome do pai dele, Jair Wanderley, irmão do ministro do TCU.

Ele, o amigo, diria naturalmente “Aicendino”, de “aicensão”, que é assim que os paraibanos reproduzem o encontro “sc”, mesmo que não haja “i” algum. (O velhote Ascendino, 105).

Bem depois, “de ofício”, virei paraibano, transferido para lá: morei na Manaíra quase um ano. Em seguida o Recife, 14 anos morei lá. E, por último, a Cidade da Bahia, onde fiquei quase cinco. Aposentei-me e voltei – Fortaleza, mas sou dos matos, lá de dentro, daqui, Ceará.

Chegou-me o plano de dar um pulo até aí, a conhecê-lo. Futucá-lo de vara bem curta: conferir que existe (?!) esse meu poeta auroral. Abraçá-lo.

Larguei caminhos! Saí, saímos, eu, mais um casal de poetas daqui. Pelo meio, lembrei-me dos endereços. Trago-os no computador portátil. Em Aracati, beira do rio e ponte, abri a maquineta e lá estava: Ascendino Leite, CP nº 3.065. Retrocedi, que já me acontecera igual, aliás, muito pior. Conto-lhe.

Cidade da Bahia, morava lá, me apareceu de correspondência, um convite aos peixes pintados, nas barrancas do Velho Chico, um poeta, gente finíssima, o Luiz Manoel Paes Siqueira. Disse-me ele: Petrolina, beira do Rio, aqui, venha!

Botei chãos de fome e léguas. Pois quando cheguei, de muito abafo e sol, procurei o endereço. Tal qual o de sua distinta pessoa, uma caixa. Bati lá. O moço do correio garantiu que ali, na caixa, não estava ninguém. Eu disse que sim. Ele disse que não. Afirmei-lhe que, de muito tempo, do primeiro rádio, na casa do coronel Honório Melo, passara a ter a certeza que ali, rádio, só podia estar de gentes, cheio, muitas, ainda que gente miúda, nos conformes do aparelho. É tanto que cantavam, mangofavam, saltitavam, dançavam.

Não! Não era nessas TVs de agora, que aí a certeza é total – estão todos por detrás da parede! A gente é que não consegue falar com eles, mas falam com a gente, mostram coisas que, de grandes sem-vergonhices, nem sei com que coragem.

Era, naquele tempo, um rádio, de botões de girar, a caçar outros ajuntados de vozes. Sim, de voz bonita! Depois a gente via o retrato deles na folhinha do almanaque. Inclusive a foto do Gonzaga, Luiz, que cantava do pai, Januário, oito baixos; ele, oitenta. Mas o de oito ganhava do de oitenta, coisa assim. Nem sei se isto é certo, oitenta perder para oito, mas, na cantoria, perdia. Ou, o filho, de bom, deixava o pai ganhar. Era bom o Gonzaga, um homem vasto e bom.

E, para fazer aparelho igual, rádio, a gente botava besouros mangangás dentro de uma caixa de fósforos, uma imprudência, no bolso, os bichos roncando bonito, grosso e macio. Dizíamos que eram notícias da guerra, do rádio da casa paroquial, em ondas-curtas, em espiquíngles, que ninguém entendia, nem o padre. Mas para quê?! Era bonito!

– Então, meu caro, como é que não tem gente aí dentro?!

Ele disse que isto de procurar gentes dentro da caixa postal havia de ser por conta do sol quente na cabeça do cristão – e se abanou. Real, andava eu sem chapéu, como sempre andei, e ali, naquela viagem, deixara longe o carro. Andei varas e varas de ruas até a acertar na caixa.

– É esta aqui, meu senhor, de nº 317. Veja, não me enganei não! É esta mesmo!

Ele falou que o número da caixa postal estava correto; mas, gente ali dentro, paciência!, não tinha ninguém lá dentro. Pedi para olhar na frincha como se fora um primo meu que, em frincha igual, no cofre da igreja, em hora esquiva, fazendo-se de devoto, com um palitinho de visgo, pescava dinheiros. Mas não levava eu palito algum. Nem visgos. [Um dia ainda lhe conto da pega dos besouros, na caixa de fósforos!]

De tanto insistir, o senhor dos correios disse que iria telefonar, como de fato, pouco tempo depois, em vez do peixe e respectivo anfitrião, era o zumbido de sirenes. Não sei se a dos incêndios, da polícia ou do asilo de doidos, ou as três, juntas.

Só pode ter sido por conta das rezas de minha mãe, me acorreu sábia e prudente a ideia de me escapulir ligeiro, gesticulando que o meu amigo, do outro lado da rua, já me chamava, com o caldeirão de peixes fumegando. Não! Não era não. Claro que não, nem amigo, nem peixes.

Não deu tempo ver que condução chegou por lá, de sirene aos berros. Esquinas seguidas, virei para um lado, para o outro, por sorte o carro estava no lugar, engatei marcha de força, dois, três, quatro... quinta-marcha, tudo ligeiro! Varei sinais, barreiras, desviei-me dos bêbados, do pajem de carros e, agora lá longe: a estrada. Eu nela!

Respirando, pude ver, num beira-de-estrada, na tabuleta, depois de um café tomado como calmante, que apregoavam codorniz — assada, no sal grosso, uma delícia. Protestei, aliás, apenas indaguei (era de prosa) pelo Meio Ambiente. O estalajadeiro murchou, acho que desconfiou da minha cara de fiscal, benzeu-se e me chamou discreto ao quintal:

– Veja, senhor, se eu disser que é pinto-de-um-dia, a clientela vai embora! Codorniz?! Nem lembro mais como era! Agora é pinto, doutor!

Ele abriu o chiqueiro, uma maloca deles, piu-piu, mas estavam cercados de isopor, acústico, para que ninguém os escutasse, embaixo e cima, piu-piu, adeus, codorniz! Piu-piu, adeus, freguesia.

– É pinto, doutor! – disse-me o da beira da estrada.

Sim, meu caro poeta Ascendino Leite, era pinto. Castiguei no sal. Estavam ótimos. Botei lonjura nos pés e sumi no poeirame. Lá na frente, na tarde seca, a sede! De puro milagre, o melhor refresco de maracujá da face da Terra. Em jarra bojuda e copo, aliás, taça e jarra de vidro fino, cristal. Gelo em pedras, miúdas, “estralando”. Nos dentes. E no calor de dentro.

Eu disse:

– Não repetirei viagem de peixes à caixa postal! Vamos comer um corró de açude!

– Corró de açude?! – Espantaram-se os meus companheiros, um belo casal de poetas daqui que os levava a conhecer o poeta daí. Chamaram o proprietário. Ele garantiu que ali, no rio Jaguaribe, no mar, nem em canto algum da bela e fidalga Aracati, sequer em Canoa Quebrada, havia esse produto, corró de açude.

Torcemos o itinerário. Lugarejo Monsenhor Tabosa, “seu” Jeremias, um velhote bem encurvado e atencioso, tangia nas mãos muitos atilhos de corrós, visguentos e cevados, alguns ainda abrindo o bico, do ar faltante, água, aliás.

– Corre, menino! Atalha “seu” Jeremias, que hoje vamos comer corró de açude – disse-me a mãe.

Corrós, ditos carás, ditos tilápias, com casca, aliás, escamas. A madrinha, com uma tábua, e, na ponta da tábua um parafuso-tarraxa de cabeça bem grande, como se fosse um pino – rét-rét, em poucos minutos os peixes eram limpos. Aos temperos de praxe, limão, vinagre, farofas, cebola vermelha, uma longa travessa com eles dentro. Um arroz ao branco, de solto.

E os peixes pretos e seus escuros, nas partes mais fritas, mas nem tanto. De sal e brilhos, os corrós de açude, no prato longo. Não e não! Recusarei qualquer descrição que os descreva. Então, de um lado, a mão e sua colher — a mão direita. Do outro, o peixe à esquerda, mão, segurando-o, direto, com a mão, a mão esquerda.

– É assim que se ocupam as duas mãos – disse-lhes.

O casal de poetas confirmou que sim. Mas a mãe não deixava. Dizia que eu não tinha idade de comer peixe com a mão. Havia de comê-lo, sim, catado por ela, pelas mãos dela, formando um montinho em que ia botando mais. A esquerda, mão, por enquanto, na frente dela, mãe, desocupada. Foi assim, enquanto estive lá, inclusive a passeio.

Botei pimenta pra cima do caldo do peixe, arrastei-o para dentro do arroz-pirão e perguntei se chovia. O proprietário franziu-se ao tempo e disse que sim. Um bom inverno, este 2004, confirmamos em coro. O sol era seco, mas debaixo dos cajueiros, sombra.

Reparei numa sombra longa, como se um despencamento no rumo do outeiro, aliás, manhã. Porque estas coisas, noite e dia, são de uma só, a depender do olhar – o olhar de quem olha. Ascendino Leite, um poeta auroral. De manhã bem cedo há quem diga que já anoitece; outros dirão, da noite, mal anoiteceu, que o amanhecer é questão de minutos. O olhar de quem, só isto.

Ascendino Leite, novent'anos, auroras, sabe delas.

Não lembro quem me deu o endereço dele; acho que foi o Lau Siqueira, poeta, amigo. Mandei uns “papés”. Ele, de pura generosidade, me chama de mestre. Mandou livros. Um deles conta uma viagem. Da porta de casa, com anotação dos quilômetros saídos, passeados, proseados, até a porta de casa, de volta. De todos os gastos, tim-tim por tim-tim, em moeda que nem existe mais. Uma viagem a Argentina, com o leitor de dentro.

 

LEMBRANÇAS DO VALE

Não, não é o vale de lágrimas. É ele, montado num carneiro, e a figura do pai ali de perto. Uma estação chuvas, que isto aqui só presta quando chove.

 

VULGATA (LIVRO MISTO)

Desnecessário o subtítulo, todos os livros de Ascendino Leite são mistos. A noite, o dia, com a prevalência da aurora. Ainda que ele escreva que não dormiu de noite, nem sabe se amanhece. É que ele incensa a Beleza e diz:

“Preciso pintar.
Preciso de um atelier.
Nele desnudarei todas as mulheres do mundo.”

Ah, velho doido! Dá gosto viver novent'anos e muitos mais. Assim, só assim. Termino de receber das mãos dele, via correio:

 

OS PESARES

É livro para ter sempre por perto:

“[...] As árvores que se deslocam como se tivessem pés de gente. E alma de pessoas. Carregando a verde coma ao sol a pino, andam. Milagre ou ilusão, o céu profundo participa. Ah, os bosques, a mata...”

Ascendino fala dos céus — ordinais, primeiro, segundo, terceiro — os céus de Paulo, apóstolo. Mas não é um livro religioso, no sentido fanático, digamos, um livro de crentes ou de sacristia. É religioso sim, na buscada desse remédio quase impossível à existência em si mesma: o pacto, o pacto permanente com os deuses, acreditados ou não. Se não acreditados, tanto pior porque mais fortes.

E traz um ensaio sobre o olhar, em pouco mais de meia página:

“[...] Com todas as desculpas,
olhar é captar
e adotar circunstâncias. [...].”

Mais não falo. Digo apenas que o título está errado. Ali não há pesares. Pelo contrário, bem leve me pareceu a canga sobre a cerviz de Ascendino.

Melhor que o leitor tenha o livro. Debaixo da rede, o meu; na cabeceira, por perto, a abri-lo à toa, de plena delícia, o teu exemplar, meu caro leitor.

É um diário não cronológico, todos os livros de Ascendino são assim; basta abri-los em qualquer lance, de poesia pura, no dizer de outro poeta, este aqui, numa vertigem ao destempo (Salomão), inédito:

“Desliguei todos os relógios,
entortei-lhes os ponteiros,
lancei-os ao mar.”

Poeta Ascendino, Mestre!, receba o meu abraço. Soares Feitosa. MiCeará, 26.4.2004, de noite.

 

[Fizemos grande camaradagem. Era para ir vê-lo, qualquer dia, qualquer hora, mas a ceifeira chegou na frente. Um dia, ao telefone, ele me disse que já desejava morrer. Faleceu em 13.6.2010. Nascido em 21.6.1905, cento e cinco anos. Deus o tenha em Sua “gulória”].

 

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Este, o 13º capítulo de Poética, um livro vivo, aberto, gratuito, participado e participativo, cheio de comentários que, a rigor — esta, a proposta —, os comentários, mais importantes que o texto comentado: abrir o debate, uma multivisão.

— Livro vivo, como assim?

— Porque em permanente movimento, espaço aberto a quem chegar, tão amplo como o espaço àqueles que aqui estão desde os séculos, todos em absoluta ordem alfabética. Seja bem-vindo!

POÉTICA: Capa, prefácio e índice poemas e poetas comentaristas

 

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Comentários:

ADEMIR DEMARCHI: Impagável essa sua crônica sobre o Ascendino! Grande abraço. Ademir Demarchi

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ADRIANA ZAPPAROLLI: Querido, dizer que eu gostei do texto é pouco, porque na realidade: eu adorei! Está uma delícia, realmente. Ao contrário de você, eu gosto muito de caixas. Adoro a sensação em abri-las, mas esta já é outra conversa... O texto, bem humorado e muito leve. Extremamente descontraído. Gosto de uma escrita assim. Obrigada. Mande-me textos sempre, porque eu adoro. Beijos. Adriana

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ALFREDO FRESSIA: Caixa Postal de peixes. Feitosa, Feitosa, entortar os ponteiros aos 90 é pinto. Quero morar em caixa postal e ouvir radinho de besouros. Ascendino eu lerei, mas quero que você conte mais dessas histórias (que eu sei que cê sabe) de mensagens de caixa com fantasma. Épicas. Lá nos matos-de-dentro da vida mesmo. Ouvir essas histórias é também escrever, sério. Escrevi hoje à tarde com você.

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ANDERSON BRAGA HORTA: Excelente o texto, meu caro Soares, e pra lá de justa a homenagem ao nosso Ascendino, belo escritor em prosa e verso, amigo, nos seus noventa de perene juventude. Grande Abraço. Anderson

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ANISIO LAGE NETO: Grande Feitosa! Obrigado por apresentar-me a Ascendino Leite e aos corrós de açude e, aproveitando o gancho, lhe dedicar este poema em reconhecimento ao seu imensurável trabalho à frente do “Jornal de Poesia”.

POETAS E PEIXES

Para Soares Feitosa
O que tem a haver poetas e peixes?
Tudo! São criaturas que habitam
um mudo mundo estranho, particular.
Para entendê-los é preciso mergulhar...

Um abraço, Anisio Lage

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ANA CORDEIRO: Caro amigo poeta, perdoe a intimidade de o chamar de amigo, mas para mim é como se já fizessem parte do meu círculo de amigos todos os seus poemas e o seu “Jornal de Poesia”. Fiquei muito surpresa nesta manhã com sua mensagem, muito obrigada. Fiquei no aguardo dos tais “papés” que disse ter enviado em Março, mas aqui nada chegou. Com muita pena minha! Por isso gosto bem mais da internet é tudo muito mais imediato. Embora se perca o toque, o cheiro, o consolo do livro poisado na cabeceira bem ao alcance da mão e da alma. O poeta Ascendino é uma doçura, conquistada por cada cabelo branco, por cada dia passado, por cada verso desnudado no papel, por cada inconfidência das suas palavras colocadas magistralmente em verso. E a sua descrição dos corrós de açude... de crescer água na boca. Todos os que leem é como se estivessem naquela mesa partilhando de tal divinal repasto. Aquele abraço lusitano. Ana

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ANTONIO CARLOS SECCHIN: Caro Soares Feitosa: você é bom em prosa & verso! Parabéns pela homenagem ao Ascendino. Forte abraço, Secchin

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CARLOS BUENO GUEDES: Soares Feitosa, que texto incrível, a poética que surge por dentro do viver, absoluto de reviver este encontro,uma linguagem enxuta que nos aproxima deste poeta Ascendino Leite que vai se delineando numa escalada que vai permitindo reconhecer toda a trajetória, se torna um mistério, capítulo da natureza humana. Soares Feitosa é um mestre arrendando em cetim uma história real. Aqui em São Paulo, tomei meu primeiro encontro com seu livro "O Salto Mortal " e a" Viúva Branca"; vivi meu momento de espanto, percorria sebos e ia comprando a maior parte com dedicatória, " As Pessoas", com dedicatória p/ Maria Helena Salo, em 2004,"Caracóis na Praia”, p/Nelly Novaes,"A Prisão "p/ Carlos Hugo Christensen e esposa 1961, por último adquiri "Poesia ou Morte" "Reunião de toda sua obra poética, dedicada para Walter em 10/06/06, li como se estivesse dentro de seu mundo, me enfeites com as cores da minha memória. Soares me trouxe o mistério de um domingo que imaginava sem novidades, como sou grato com um texto que movimentou minhas emoções. Abraços meu poeta e irmão!

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CLAUDIO WILLER: Belo tema!Publique livro desses teus textos mas em forma de crônicas, coloquiais e fluentes. Você decididamente não tem cara de ter 60 anos. Abraxas, Willer

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DANIEL MAZZA: A tua prosa, como a tua poesia, é essencialmente telúrica. Gostei do que li. Preciso é conhecer um pouco mais da poesia do Ascendino Leite. Obrigado pelo convite. Aguardo outros. Um abraço, Mazza.

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ELIANA BUENO RIBEIRO: Eu também, poeta, eu também aqui da beira deste corgo aqui distante, também engasguei com os corrós do açude nordestino, que nunca vi.
Merci, poeta, obrigado, amigo Soares, que bom lê-lo de novo.
Um abraço destas lonjuras.
Eliana

Nota do editor: Eliana mora e ensina em Paris, França, dos amores de Ascendino, de ascendência cultural tipicamente francesa.

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ERORCI SANTANA: Corrós, Ascendinos e outros seres formidáveis.
Feitosa, caríssimo. Essas tuas crônicas impregnadas de poesia são sempre surpreendentes, disparam muitas lembranças que supúnhamos para sempre sepultadas. É que sua memória, pródiga, vasculha os detalhes, os lances aparentemente irrisórios que dão grande transe poético. Inspira-me, pois eu também tenho esse gosto, essa inclinação. Deixa pra lá, pois já estou fazendo exegese. Poucas vezes tive nas mãos um atilho de corrós ou uma fieira repleta de tilápias, acarás. Quando tirava essa sorte nos poços de Minas ganhava o dia, a semana, a lenda pessoal, por muito trazia o imaginário saciado. Nunca fui ambicioso como Ernest Hemingway, que tinha apreço só pelos peixões marinhos. Penso igual ao Willer: essas suas crônicas darão um belo livro pra ser lido com muito gosto e encantamento. O Ascendino mandou-me, gentilmente, os nada pesarosos “Os Pesares”, última safra de seu jornal literário. Noventanos! Esse nosso grande poeta paraibano é mesmo uma legenda. Um esteta que merecia ter toda a obra reeditada por uma grande editora, com capricho, e distribuída em todo o país. A homenagem foi bonita e merecida. Faço-a minha também. Archiabraço amigo, do Erorci Santana

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FOED CASTRO CHAMMAS: Prezado Soares Feitosa, grato pelo enriquecimento de minha/nossa fortuna crítica no “Jornal de Poesia”. Posso com Ascendino Leite dizer, adotando suas palavras, que “olhar é adotar circunstâncias”. Seu texto de puro gosto barroco sobre o “auroral” poeta paraibano/brasileiro é um registro com sabor de poema-romance, ou conto. Agradeço por mim e por André Seffrin, amigo sem par, suas boas palavras. Um abraço, Foed

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IZACYL GUIMARÃES FERREIRA: E que maravilha pro Ascendino o seu texto. Uma das coisas que mais aprecio na sua escrita é a visualidade dela. Vê-se o que se lê. Poucos sabem fazer isso! Abração. Izacyl

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JOSÉ PEDREIRA DA CRUZ: Caríssimo poeta Soares Feitosa. Qual foi a minha cara no momento em que recebi sua correspondência (“Jornal de Poesia”) – que se diga, a primeira que recebo –, laureando-lhe de gentilezas, de cordialidades e de reconhecimentos oriundos de personalidades e de anônimos? – Creia, minha cara foi de intensa felicidade, meu caro poeta! Como por premonição, antes do carteiro entregar-me o “Jornal de Poesia”, eu lia, satisfatória e dedicadamente, o seu poema “Femina” e nele eu me envolvia tentando entender o porquê e a razão de tão belas palavras dedicadas à mulher; só poderiam ser palavras de um homem de sensibilidade e de alma lírica como jamais eu vi, ou li. Senti nas letras de “Femina” todo gesto de carinho e afeição à mulher amada. Depois, parei por um breve momento e pus-me a refletir: todo poeta deve ter duas vidas: uma, a da razão; e a outra, a dos sonhos. Que bom que o sonho e a razão vivenciem eternamente entre nós pobres sonhadores. Li, com aguçado interesse, o conto “Da caixa posta aos corrós de açude: uma Visita ao Poeta Ascendino Leite” e senti suas labirintosas palavras, um tanto recheadas de poesia, florescerem como floresciam as malvas nos pastosos campos baianos que minha infância viu, e, que no topo da minha idade jamais verei. Em meus pensamentos – viajando na leitura – voltei a capturar mangangás e tanajuras tendo-o, senhor poeta, como cúmplice das minhas pecaminosas malvadezas. Quero aqui agradecer e registrar o vosso grau de bondade e cordialidade ao enviar-me a dita correspondência: o que me deixou muito feliz. Com todo meu respeito. Atenciosamente, José Pedreira da Cruz

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LAU SIQUEIRA: Peixe na caixa postal. Que maravilha, Feitosa! Que bela homenagem, que percepção de mundo na vida e obra de Ascendino. Ele já conhece esse texto? Se quiser, posso levar às suas mãos. Lau Siqueira. Um abraço!
Um 2º e-mail
Feitosa, eu terminei a leitura do texto completamente emocionado. Mas... alguém chegou antes de mim pra entregá-lo ao véio. Eu falei com a secretária dele, ela ficou de passar lá no meu trabalho para combinarmos a visita, mas...
Bem, o que importa é que a ligação se completou. Você está de parabéns, meu amigo, e eu também por ter um amigo da sua qualidade.
Um abraço!
Lau

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LAURO MARQUES: Feitosa, eu quero chegar aos sessenta como você, e aos noventa como o A(i)scendino. Lendo o que você escreveu sobre esse último eu me pergunto: serei poeta? Chegarei aos cascos desse homem? Abraços. Lauro

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LUCIANO MAIA: Poeta. Li “Da caixa postal aos corrós de açude”. Narrativa realista? Realismo-fantástico? Insinua-se entre o mágico e o plausível, entre a memorança e o que disso ressoa. Narrativa com todas as letras que uma boa narrativa ostenta, com todas as possibilidades que uma boa fabulação acrescenta ao puro ato de criar literatura. Obrigado pela oportunidade de uma boa leitura. Luciano Maia

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LUIS MANOEL PAES SIQUEIRA: Feitosa, li tua crônica onde me citas – a caixa postal que me persegue, o surubim que um dia inda comeremos juntos! O que aprecio em ti, Soares Feitosa, é essa tua afetuosidade gratuita. É essa tua generosidade bem sertaneja, cativante, banguela e risonha. Essa tua afetuosidade limpa, tão rara, que me faz me sentir teu amigo de antigas datas, mesmo sem sequer te ter visto. Nem falo aqui de tua poesia. Nem de tua prosa. Teus tesouros dados pelo Pai. Falo de tua capacidade de semear amigos. Um abraço. (Vou imprimir tudo e guardar como quem guarda um troféu.)
Luis Manoel Siqueira

Nota do Editor:
Luís Manoel é o dono da Caixa Postal dos peixes de Petrolina. Claro, meu caríssimo Luís, vamos comer esse peixe, agora no Recife. Aguarde. Teremos companhia – levarei o Ascendino. Soares Feitosa

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LUIS PAIS: Poeta, eu? Quem me dera ter esta pretensão! Escrevo, sim, mas longe de ter a sagacidade de tuas palavras sobre Ascendino Leite. Agradeço, de qualquer modo, o elogio – e olhe que ainda não leste o que escrevo! Parafraseando este grande poeta: “olhar é captar e adotar as circuntâncias”, tal a visão eloquente com que tu gravaste essa justa homenagem. Um abraço, Luís Pais

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LUIZ EDUARDO CAMPELO: Soares Feitosa, Amigo, gostaria de conseguir descrever a vida e os trechos dela como fez, faz! Bom, fiz uma homenagem a Senna, não chega aos pés do que você fez, mas um dia eu consigo retratar com as palavras uma parte da vida.

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LUIZ PAULO SANTANA: Mas quem é que não engasga, Soares, quem é que não engasga? O que você escreveu, do jeito que escreveu, e escreveu tão bem com o modo com que escolheu as palavras, e escolheu tão bem as palavras para dizer o que disse, que eu, repleto, contente com esse espetáculo de composição, onde os diversos planos se interpenetram sem os marcadores de tempo, e outras magistrais construções reveladoras (“O proprietário franziu-se ao tempo e...”), do escritor maduro e algo roseano – eu comentei e Ascendido também falou – que a homenagem fez brilhar o homenageado e assim, eu quero ler, eu vou ler Ascendido Leite. Grande, grande Abraço. LPSantana

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MARIA DA CONCEIÇÃO PARANHOS: Peixes e ouro. Tão caro e raro amigo. Dizem os teóricos que o máximo da comoção não é o movimento, mas a stasis. Assim me senti ao ler seu texto e os trechos do Ascendino Leite. Aliás, tenho de registrar que recebi os livros que ele, generosamente, me enviou e portanto fiquei (e estou) vivamente impressionada com o que li. Quanto ao Ascendino, tem toda a razão de reclamar uma resposta. Circunstâncias minhas. Algumas bem sérias. Mas estive e estou com ele, desde a primeira linha que li de seus textos. Vou telefonar para ele, agora que você revelou o número. Quanto a você, a cada texto seu penso que você é um irmão gêmeo do Rei Midas. Principalmente porque o que tocamos são palavras. Nada mais corrompido, corruptível e corruptor, nada mais impuro e tributário, “vil metal” mais que o vil metal. O ser poeta (e aqui uso o termo no sentido germânico –dichter, o que abrange todas as formas estéticas em linguagem) ou é Midas ou não é poeta. Um grande e fraterno abraço. Conceição

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MAURO MENDES: Poeta Soares, delicioso este peixe, digo, este texto, que só você sabe preparar!... O turbilhão de lembranças que me evoca é tal que eu vou parar por aqui, para não me emocionar muito, também tô ficando velho... Comi muito corró do açude do Choró, perto de Quixadá, do qual meu avô era zelador, lá pela década de 50! Por que a página de Ascendino só tem um poema? Queremos mais! Grande abraço! Mauro Mendes

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MIGUEL SANCHES NETO: Dom Soares, grato pelo texto-visita a Ascendino Leite. O episódio dos besouros na caixa de fósforo dá um belo conto, à la J. J. Veiga. Abraço do Miguel

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NICODEMOS SENA: Corrós de açude – poesia?
Caro Soares Feitosa,
Foi com satisfação que li mais um delicioso texto de tua lavra “Da caixa postal aos corrós de açude: uma visita ao poeta Ascendino Leite”. É crônica? É ficção? É poesia? Penso que as três, juntas. Da crônica, tem aquele “ar” despretensioso de quem se deixa conduzir pelo ritmo da “valsa” (despretensioso – claro – só na aparência, pois é de ar que anjos e demônios preenchem seus corpos ao se apresentarem aos humanos). Da ficção, há o verbo se fazendo carne, se fazendo estrada, a linguagem peregrina através dos Sertões. Da poesia, existe o sábio uso das figuras, como esta, a grande metáfora do texto: “Porque estas coisas, noite e dia, são de uma só, a depender do olhar – o olhar de quem olha”. Ela coloca, diante de nós, indecifrável, o grande poeta e prosador “auroral” Ascendino Leite, em seus 90 anos. Um texto com a leveza do ar e a densidade de um bom pensamento. Digno do próprio Ascendino. Um abraço do amigo, Nicodemos Sena

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NILTO MACIEL: Poeta, um peixe na caixa postal!
Poeta Soares Feitosa, li com todo o prazer possível a sua conversa com o velho Ascendino, de quem recebi hoje mais um livro, o de que você fala na crônica. Sim, crônica grande, das boas, como as de antigamente, como as de Caminha e outros descobridores. Você também é descobridor de poetas e outros seres invisíveis. Você é cronista-poeta como Ascendino, que merece de você e de todos nós seus leitores todas as loas, não apenas pela idade a que chegou em plena lucidez, mas pela prosa boa e bonita, como a sua. Ponha tudo isto que você escreve dia sim, dia não, num compêndio. Estamos a merecer um livrão destes, feito de Soarices ou Feitosices. Você é poeta de mil e uma noites nos serralhos do sertão, do mar, do céu, do universo. Seu admirador, Nilto Maciel

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PAULO TORQUATO TASSO: Soares, eu só queria saber como se aprende a escrever assim. A música do Gonzagão a que você fez referência é essa:
Quando eu voltei lá pro sertão eu quis mangar de Januário com meu fole prateado. Só de baixo, 120, botão preto, bem juntinho, todo nele pareado. Mas antes de fazer bonito, de passagem por Granito, foram logo me avisando. De Taboca a Rancharia, de Salgueiro a Bodocó, Januário é o maior. E foi aí que me falou meio zangado o Véio Jacó: Luiz, respeita Januário, Luiz, respeita Januário! Luiz, tu pode ser famoso mas teu pai é mais tinhoso e com ele ninguém vai. Luiz, Luiz, respeita os oito baixo do teu pai, respeita os oito baixo de teu pai!
Grande poeta, o Gonzagão. Grande filósofo também. Aparentemente, nessa vida, toda a real diferença entre as pessoas está em ser mais mais ou menos “tinhoso”. É engraçado como essas pessoas tinhosas parecem ter uma espécie de aura reluzente, muito evidente para quem tem olhos para ver e que deixam o restante das gentes com a sensação de estar na presença de algo superior e totalmente fora da compreensão. Uma besteirinha: o nome da praia onde Ascendino mora deve ser Tambau, com acento no a, não Tambaú. Já andei por lá, eras atrás. Paulo

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RAQUEL NAVEIRA: Caro amigo, Soares Feitosa, Bom receber mensagem sua! Uno-me à homenagem ao poeta amigo, Ascendino Leite. Agradeço a Deus por sua longa vida, sua resistência iluminada pela Poesia e pelas virtudes dos homens bons e puros. Abraço fraterno, Raquel Naveira

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ROSA ALICE BRANCO: Peixe & companhia. Olá, bom dia. Já aceitei o seu convite e comi um belo almoço antes mesmo do pequeno almoço. Fez-me lembrar o peixe e como se comia quando estive em Dakar. Além de ter gostado muito de ler (e ver as fotos de ilustração) adoro descrições em que se mistura gastronomia. Muito obrigada. Um abraço amigo. Rosa Alice

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ROSALICE SHERFFIUS: Peixes e radinho espiquíngles, olhe que eu entendo. Poeta, esse abraço em peixes que recebi na caixa postal, eletrônica essa, é formidável. Já estava pensando que a sua caixa não estava funcionando, pois tenho enviado mensagens de vez em quando, que me ficaram até hoje sem resposta. Mas entendo a correria e a falta de tempo, porém quando folgar mais um pouco, diga-me o que achou do texto acrônimo do JP, que lhes remeti. E se não recebeu, favor avisar que repasso de novo. É uma homenagem minha para com a laboriosa equipe do JP. Veja como as coisas são engraçadas, de manhã cedinho, ouvia no rádio as notícias internacionais. Um grupo de empresários de pesca, investiu num projeto para aceleração do crescimento do bacalhau, iguaria muito cobiçada em todas as partes do planeta. Querem forçar os bichinhos a reproduzirem mais cedo, para que possam ser pescados ainda mais novos... Eu não sabia que o bacalhau precisa de seis anos, antes que comece a reproduzir. Agora, dizem os experts, só precisam de cinco anos, pois estão geneticamente modificando o DNA dos coitadinhos... Por que estava eu escutando sobre o bacalhau? Conto já. Aqui na América do Norte, os descendentes de portugueses (e por tabela, todo bom brasileiro que aqui se encontra) são peritos na pesca desta iguaria, e na região de Nova Inglaterra (New England), que fica na Costa Nordeste do Atlântico, a grande maioria da população é descendente de portugueses, que imigram para cá desde a época do descobrimento. Uma vez explicado a importância do bacalhau na vida dos povos lusófonos desta terra, vale ressaltar que o gene português está tão arraizado por estas partes da América, que faz gosto! Por exemplo, a escritora e poeta que compôs o famoso hino que dá voz à Estátua da Liberdade, é' uma judia portuguesa. Existem inúmeras academias literárias por esta terra, chamadas Cod-Fish Literary Academy, ou seja Academia Literária do Bacalhau. Pode perguntar ao Google! Agora, o seu abraço em peixes e a caixa postal do poeta Ascendino, vieram em muito boa hora. Acho que é devido ao nome dele, Ascendino, que mesmo aos noventa continua ascendendo nas letras que o imortalizam. E as travessuras: “E, para fazer aparelho igual, rádio, a gente botava besouros mangangás dentro de uma caixa de fósforos, uma imprudência, no bolso, os bichos roncando bonito, grosso e macio. Dizíamos que eram notícias da guerra, do rádio da casa paroquial, em ondas-curtas, em espiquíngles, que ninguém entendia, nem o padre. Mas para quê?! Era bonito!”. É bonito mesmo. Peixes e radinho spinquígles – olhe que eu entendo. Um carinhoso abraco, e uma perqunta: Corró de açude tem gosto de bacalhau? Fiquei feliz e grata com sua mensagem. Até mais.

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RUY ESPINHEIRA FILHO: Feitosa, você é sempre porreta no que escreve (e na vida também!). Já já lhe mando a capa do meu livro que está na boca para sair. Um abração.

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SANDRA REGINA BALDESSIN: Poeta, meu querido Francisco, você tem o dom de nos deixar com saudade... Saudade até do que não vivemos, mas terminamos por ser vividos pelos fatos que você nos conta, vividos pelas suas palavras que fluem. Manancial interior, as suas águas nunca faltam, meu poeta. Nunca mais chamarei as tilápias senão de corró de açude... Quanta poesia você soube imprimir aos peixes! Sabor/saber poético. Obrigada por me apresentar a Ascendino Leite. Obrigada, Francisco, pela beleza que você oferece... Em troca, receba o meu afeto sem fronteiras. Sandra

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SILVANA AMORIM: Soares, sou eu, a da foto da orelha do livro de que você tanto gostou e muito mais ainda me emocionou. Gostei do texto, coisas e palavras, expressões da terra, que aqui, onde me escondo, não existem. Falamos e escrevemos um arrevezado de misturas italianas, caipiras e outras que tais. Falo do texto dos peixes, como sabe, animais têm especial significado em minha vida. Meu filho, de nome Nuno, que significa peixe em hebraico, é meu animalzinho querido. Adorei os peixes do poeta! Aceite meu abraço e volte à lista, por favor! Silvana
Nota do editor:
O livro referido por Silvana Amorim, de sua autoria: “Guillaume Apollinaire, Ensaio Literário”. Ed. Unesp.

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WEYDSON BARROS LEAL: Convite aos peixes. Parabéns, amigo, tudo tem a tua marca, tu iluminas tudo.

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