- POÉTICA -livro digital, aberto, gratuito, participado e participativo.
Prefácio (intenções), antes da capa: Poetas, Este projeto, dois livros: a) POÉTICA, versão digital, um “livro de leitura”, a reunir os leitores, incentivar uns e outros a essa grande festa que é a Poesia, em especial aqueles que se manifestaram sobre alguns destes poemas (não incluídos no livro “PSI, A PENÚLTIMA LETRA”), publicados no formato “panfleto” ou e-mail. Imagino que, até mais importantes que os poemas, os comentários dos leitores, fundamentais ao debate. b) POÉTICA, livro físico, papel-e-tinta, somente os poemas, texto limpo e seco, como todo mundo faz, neste segundo semestre de 2023. Por favor, os elogios, nesta versão digital, não são pessoais. A maioria dos comentaristas, sequer os vi pintados. Ao texto — análise crítica, viagem, vertigem e debate. Palavras do poeta Hildeberto Barbosa Filho, Facebook, “Pensamentos Provisórios”, mar/2023:
“Não se faz poema sem outros poemas. Não há poeta sem outros poetas. Toda poesia que se preze é sempre um prosear”.
Vivo dizendo, até para quem não quer ouvir, que “Ler é mais difícil que escrever, senão tanto”. Deveras, lendo e relendo os comentários deste livro, dou-me conta de “outras viagens”, sequer imaginadas. Um enriquecimento, com certeza. Vale esclarecer que nunca houve uma troca prévia, de escrever e pedir sugestão. Não, isto não. A “corrente” acontecia via e-mail e também via “panfletos”, do tipo uma folha A-4 na horizontal, formando quatro páginas; doze folhas, quarenta e oito páginas; pura farra: imprimir, dobrar, grampear, dedicar de próprio punho e levar ao Correio. Sim, um trabalhão, muito mais prático na gráfica. Era o prazer do fazer, faber – mãos. Um total de quatro panfletos, de mundo afora. Uma integração muito interessante que, agora retomo com esta versão digital. O bom daquele intercâmbio é constatar que o escrito repercutiu. Alguns que nunca escreveram uma linha – escreveram. E, certeza maior: leram mais. O péssimo desta história toda tem sido a minha “viuvez”: amigos a quem nunca vi (mas o convívio-escrita dava-me conta de “vê-los”) – caíram na bobeira de morrer. Quem? O Iosito Aguiar, a Sonia Alves Dias, dentre muitos outros. A Rita Brennand, a Yeda Schmaltz, a Adriana Lustosa – uma lista longa. Cito-me, sobrevivente, “Estudos & Catálogos – Mãos”:
“Ah, meu caro Vergilius – Nunes Maia ou Publius Maro, tanto faz –, a legitimidade do nosso canto é tão-só a sustentar o júbilo. Se cantamos a vida, cantemo-la como a não morte; se cantamos a morte, que seja um psalmo de ressurreições.”
Esta frase, o Dr. Rogério Lima (à época, advogado do nosso escritório; hoje, Jurídico do BNB), emoldurou e me deu de presente, aqui, na parede, a quem chegar. O Dr. Rogério anda com ela, num papelucho plastificado, para cima e para baixo. Eu também ando, tatuada no peito, lado de dentro. Dos amigos que se foram, este outro registro especial: J. Romero Antonialli, um professor no interior de São Paulo, Casa Branca, dizer que o maior prazer, então aposentado: dissecar, em ampla profundidade, alguns poemas que lhe mandei; que estava a aprender grego para analisá-los melhor. E, ausência das mais sentidas que, simplesmente sumiu: Maria Alice Villa Fabião, a Alícia, cultíssima, "traductora" (assim que se escreve em Portugal) da União Europeia. Sim, cadê a Alícia?! Alícia, vou gritar o teu nome. Agora, este “panfletão”, um Livro Vivo? Sim, isto mesmo. Quiser participar, será um prazer. Permanentemente atualizado, on line, em aberto, no Jornal de Poesia. Poeta, isto é um convite. Projetos: a) Ressuscitar o “Jornal de Poesia”. Prioridade absoluta aos poetas que participaram deste ágape. E quem morreu? Isto lá é conversa!, sobretudo em respeito ao senhor Bibliotecário, Djalma Ribeiro Cavalcante, em sua cela, no Carandiru (demolido há muitos séculos), noite de 13 para 14 de março do Século Cem, de Ésquilo, vide estrofe primeira da “Ode Triunfal”, de Pessoa, quando homenagearemos o Menino (Castro Alves) e resolveremos um monte de pendências, deuses e demônios, poema Salomão. Se trabalhamos com esta grandeza, o Século Cem, de Ésquilo, reunião marcada para a Noite do Menino, 14 de março do ano 10.000 — convido-os! —, é porque desacreditamos a morte. b) Publicar “SALOMÃO”, neste mesmo molde, os leitores “de dentro”; e livro em papel e tinta; Tudo, aqui, sob a velha cláusula do Jornal de Poesia: Pix-zero! Nada pagamos, nada recebemos. Sugira. Participe. Repito: Isto é um convite! O abraço do Soares Feitosa .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. Agora, a capa, eu mesmo fiz. Provável que no papel-e-tinta, contrate profissional gráfico, o "macaco" no seu galho de competência
Orelhas: ANA CABREIRA: Caríssimo sr. Feitosa. Mas que coisa é a Arte, não? O senhor vai lá, amontoa umas palavrinhas - aquelas mesmo que, tão comportadinhas na fila do dicionário, nem dão piado - e transforma tudo num rio revolto, aluvião, remoinho, belezura… Tudo tão bonito, tche! Aí está o que chamo de Arte: aquele estranhamento que agudiza nossa percepção do real. Agora quero mais... Um abraço. CRISTINA BITTENCOURT: Claridade (mas isso ninguém escreveu, eu escrevi sobre "Architectura"); simplicidade (falsa, por sinal); densidade (não aparente); isenção total da nalidade; profundidade (disfarçada, passa despercebida); dor no coração, de tanto (ninguém falou isso também não). Eu não posso falar de amor. Chorei várias vezes lendo a poesia (Nunca direi que te amo) e os comentários. Eu só sei dizer que você traz o Grande para dentro de nós, não sei dos outros, mas de mim... você me traz o Grandioso, a que reverencio. Quase não há mal ou bem, está além. Grandioso. ÉRIC PONTY: Soares Feitosa, uma sintaxe desconcertante, porque é ao mesmo tempo passado-presente-futuro e instante, ou seja poesia. Fiquei deslumbrado como ele consegue encadear-se nos poemas longos de dificílima excussão, uma vez que a poesia pede sintaxe. Conseguir essa densidade é rara e uma outra coisa: como nos remete a outros poetas sem ser explícito! FABRÍCIO OLIVEIRA: Concluí a leitura de POÉTICA. Que livro impactante. Imagens arrebatadoras. Ritmo cativante. Muito bom ler esse livro importante. POÉTICA, com seus poemas e textos de outros autores, veio para ficar. LUIZ PAULO SANTANA: Mas quem é que não engasga, Soares, quem é que não engasga? O que você escreveu, do jeito que escreveu, e escreveu tão bem com o modo com que escolheu as palavras, e escolheu tão bem as palavras para dizer o que disse, que eu, repleto, contente com esse espetáculo de composição, onde os diversos planos se interpenetram sem os marcadores de tempo, e outras magistrais construções reveladoras (“O proprietário franziu-se ao tempo e...”), do escritor maduro e algo roseano – eu comentei e Ascendido também falou – que a homenagem fez brilhar o homenageado e assim, eu quero ler, eu vou ler Ascendido Leite. Grande, grande Abraço. LPSantana LUCIANO LANZILLOTTI: Quem acreditava que Soares Feitosa fosse apenas mantenedor do Jornal de Poesia, enganou-se profundamente. Embora venha fazendo com trabalho fundamental para arte tão ameaçada, Feitosa é muito mais: poeta e prosador dos excelentes, além de leitor dos mais cultos. E de retorno, após longo silêncio, produz livro bipartido: (este aqui) de um lado, apenas o esqueleto do texto; do outro, os diálogos produzidos em decorrência dele. Ambas as faces são belas e necessárias em um cenário cada vez mais árido, como esse em que vivemos por aqui. MANOEL DE BARROS: Prezado Soares Feitosa. Sabe o que me veio logo? A figura de um cantador erudito. Como se fosse um Cego Aderaldo com erudição e instinto linguístico. Um caipira que fosse (que vai) botando em linguagem de poesia erudita as raízes de sua gente e de sua terra. Sabe outra coisa que me encantou? Poeta substantivo. Quase não usa adjetivo, esse penduricalho. Poeta substantivo. A palavra carnal. Abraços do Manoel de Barros MARIA DA CONCEIÇÃO PARANHOS: Quanto a você, a cada texto seu penso que você é um irmão gêmeo do Rei Midas. Principalmente porque o que tocamos são palavras. Nada mais corrompido, corruptível e corruptor, nada mais impuro e tributário, “vil metal” mais que o vil metal. O ser poeta (e aqui uso o termo no sentido germânico – dichter, o que abrange todas as formas estéticas em linguagem) ou é Midas ou não é poeta. Um grande e fraterno abraço. Conceição MICHELINY VERUNSCHK: Onde você aprendeu a escrever assim? Micheliny OSVALDO CHAVES: Tem o melhor do antigo e do atual: poesia-sugestão, poder de Homero para transfigurar o que é pequeno em plano olímpico; e o particular, o pessoal, em nível de universo. Poesia perene. É poesia. PAULO TORQUATO TASSO: Soares, eu só queria saber como se aprende a escrever assim. PEDRO NUNES FILHO: Que é isso, poeta!? A que alturas você quer chegar?! Creio que não pretende chegar a lugar algum. Poetas nunca chegam. São seres entre-mundos. Difícil alguém ser capaz de dizer o que você disse nesse poema (Habitação]. As palavras são suas, mas são minhas também. São nossas porque dizem o que cada leitor gostaria de dizer e não consegue. RITA BRENNAND: Leio tantas vezes, tantas vezes leio, só me resta o corpo intenso, a carne trêmula, o arrepio da alma. Rita THIAGO DE MELO: Poeta Feitosa. Celebro a felicidade que me deste com a tua poesia. Conseguiste um novo idioma que é só teu. XENIA ANTUNES: Caro Soares. Eu fico "de cara" - é, só na gíria mesmo pra expressar - com a sua produção! E vai escrever bem assim na… cê sabe onde! Um grande abraço. Xenia .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
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