César Leal
Crítica:
"A Quinta Estação é, creio, o mais belo dos poemas até hoje publicados, aqui e
no mundo sobre a sorte dos homens , roçando entre o profético e poético
absoluto, onde cabem todos os “ parênteses” repetidos, “ barras”, como irônicos
“official duties” e pontos reticenciados em linhas que dão ao livro os signos e
os sinais da espantosa linguagem que precede o fim de nosso milênio e prenuncia
a radiosa alvorada do ano 2000” - CASSIANO RICARDO ( Prefácio do Tambor Cósmico,
Rio, 1978 )
"Se César Leal houvesse nascido em Londres , Paris ou Nova York e publicado a
poesia que publicou até agora no Brasil, já seria conhecido no mundo inteiro
como um dos maiores poetas do século XX." (À margem da tradução de Invenções da
noite menor) – OLIVIER LUNEAU ( França).
"Bei César Leal herrscht vollkommener ZusammenschluB zwischen Mensch und Kosmos.
In der Transzendenz offenbaren sich die magischen Mächte seiner Sprach." ("Em
César Leal há perfeita integração entre homem e cosmos. É na transcendência que
se revelam as potências mágicas de sua linguagem"). CURT MEYER -CLASON (Alemanha).
Tradutor dos livros O Triunfo das águas, Ursa Maior, e cerca de 30 poemas de
Constelações para a língua alemã.
"Concordo com o poeta–crítico que é mestre Odilon Nestor em que, escrevendo
Romance do Pantaju, o jovem colega , também poeta e também crítico, e também do
Recife, César Leal, produziu uma pequena obra prima de “ invenção” e de Arte."
GILBERTO FREYRE - Revista O CRUZEIRO, Rio,10 / 08 / 63
“ César Leal é uma das
figuras mais importantes da poesia brasileira, à espera somente de uma edição
ampla que o torne conhecida do público e da crítica” – OSMAN LINS, O Estado de
São Paulo,1958
“Ao registro classicizante não falta a raiz. Ao discurso culto não faltam pés na
terra. Do mesmo modo a construção elaborada jamais esquece a cotidianidade. A
poesia e o ensaio de César Leal sabem operar esse equilíbrio nervoso, ao qual se
une a seriedade do olhar crítico. Por isso o trabalho de César Leal, o trabalho
encantado da linguagem, é das construções mais convincentes da nossa literatura
contemporânea." – EDUARDO PORTELLA (Jornal do Commercio, Recife,
1998).
“ Sua poesia deve ser tomada como um sistema cosmogônico, como a galáxia da vida
intelectual e do mundo, com seus animais,águas e revoluções cósmicas, (...) mas
também como uma cosmogonia literária que de Dante a T. S. Eliot, passando por
Shakespeare e Joaquim Cardozo, acrescentou aquilo que o capítulo do Gênesis
havia esquecido, embora comece com a declaração seminal de que no princípio era
o Verbo." – WILSON MARTINS, Jornal do Brasil, 1995
“Objeto para além do belo e do feio, não consumível, a poesia revolucionária
deve ser o que ela já é na Ursa Maior e no Triunfo das Águas, de César Leal, poemas-carrefours, poemas de contra-apresentação, testemunhos de um lugar
essencial de conscientização através de um mosaico intertextual dotado de valor
de uso, não de valor de troca. Em outros termos, queremos dizer que esses dois
poemas de César Leal são maciços estéticos consideráveis, porque neles fica
inscrita uma dupla desconstrução , irrecuperável pelas facções ideológicas de
qualquer procedência: desconstrução ao nível semântico; desconstrução ao nível
discursivo e, com J.F. Lyotard: instauração de uma ordem 'figural'." – SÉBASTIEN
JOACHIM, Introdução ao livro Tempo e Vida na Terra, Imago Editora, 1999.
“César Leal é até agora o poeta brasileiro mais preocuopado com a teoria do
poema” JOSÉ GUILHERME MERQUIOR, Jornal do Brasil, 1980.
Além desses depoimentos, o professor canadense Sébastien Joachim organizou, em
1994, uma fortuna crítica de César Leal, com 350 pp. e quarenta e cinco ensaios
de grandes críticos e poetas brasileiros e estrangeiros, intitulada – César
Leal: Poeta e Crítico de Poesia – onde se destacam estudos de Oswaldino Marques,
Ronald Rassner (USA), Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Fernando Py, Mauro Mota,
Luiz Antônio Marcuschi, Ana Lúcia Lapenda, Olivier Luneau (França), Geraldo
Falcão, Fábio Lucas, Cassiano Ricardo, Mário Hélio, Weydson Barros Leal, Nelson
Saldanha, José Fernandes, Nelly Novais Coelho, J. Domício Coutinho (USA) e
outros. Essa fortuna crítica não inclui os longos estudos de Curt Meyer-Clason,
tradutor de três livros seus para o alemão, Wilson Martins, Marco Lucchesi,
Lucila Nogueira, Lourival Holanda, Sérgio de Castro Pinto, Luiz Carlos Monteiro,
além da tese de doutorado de J. Domício Coutinho, defendida no Departamento de
Literatura Comparada da Universidade da Cidade de Nova York.
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