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Soares  Feitosa

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John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana, detail

 

Fortuna Crítica

 
 

William Bouguereau (French, 1825-1905), João Batista

 

Álvaro Pacheco

Dimas Macedo

Edmilson Caminha

Elizabeth Marinheiro

Francisco Brennand

 

Luciano Maia

Moacir Leão

Neide Archanjo

Paulo Bomfim

Raquel Naveira

 

 

Soares Feitosa

 

 

 

 

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Da Vinci, La Scapigliata, detail

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

Claudio Willer



Ruy Camara

 

 

 

 

 

Ingres, 1780-1867, La Grande Odalisque

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

Luciano Maia



Rodrigo Garcia Lopes

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

Marcelo Coelho



Raquel Naveira

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Morte de César, detalhe

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

Edna Menezes



Alberto da Costa e Silva

 

 

 

 

 

Frederic Leighton (British, 1830-1896), Antigona,detail

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da Vinci, La Scapigliata, detail

 

 

José Saramago, Nobel

 

Luciano Maia


Soares Feitosa,

Li o trabalho elaborado sobre o texto de Saramago. Ovo de Colombo? Não, uma invenção engenhosa, oportuna. E para além disto, uma bela homenagem.

Ao criador e à criatura: autor & texto.

Abraços

Luciano Maia

 

 

 

 

 

Frederic Leighton (British, 1830-1896), Memories, detail

 

 

 

 

Um esboço de Da Vinci

 

 

Dimas Macedo


Caro poeta soares Feitosa

As escaramuças verbais que o poeta-filósofo Juarez Leitão vinha fazendo sobre sua musa sempre me pareceram algo próprio de alguém que se deixa perder pela boca, por esnobação. Jamais acreditei que você fosse um poeta desses que nascem a cada século, que atualizam a tradição poética dos séculos precedentes e que abrem as portas da linguagem poética para atualizar o discurso dos séculos posteriores. 

Estou estarrecido, maravilhado, dominado por uma tensão aflitiva, trazendo sempre junto ao peito os seus cadernos deDimas Macedo professor de poesia. Você está no mundo. Você tem o mundo seguro nas mãos. Você faz o sertão brilhar diante de uma tela. e aí você também canta a tela e o conteúdo e a forma da tela. E espeta também no punhal a minha dor, que dói no meu coração de poeta, que sofre porque não consegue ser universal. 

Creio que estou diante de um autêntico milagre no universo da poesia. Não tenho como ser diferente. Eliot, Pound, Kavafis, Lorca e Mello Mourão estão encarnados em você. 

Nestas alturas, me perderia completamente se me fosse exigido apontar um ou outro poema pelo qual nutri maior predileção. Citaria, no entanto, a sinfonia das raposas - Psi, a Penúltima -, o Compadre-primo, o Ajunt-hotel e esse monumental poema que você escreveu para comemorar todas as conquistas deste final de milênio que é o Format Cê Dois Pontos. E o Menino do Balde e essas seculares Evanescências que me obrigaram a (re)viver. 

Percorri, lendo seus poemas, todos os caminhos e descaminhos possíveis e impossíveis que costuram o espaço todo com o sertão. Porque o sertão é o mundo, porque no sertão está o mundo e o mundo também está em você. Em você a imaginação, a solidão, a loucura, a provocação, o milagre, a história, a beleza, a alucinação, o atestado de que a arte é a única possibilidade de entrar em comunhão com os entes universais. 

Lindos, arrebatadoramente lindos os poemas de Soares Feitosa, visto é claro, pela miopia de quem se fez crítico para não perder o tempo com literatices de embromação. Avalizo, afianço, sem que você me peça, as linhas monumentais de sua poesia que é de dimensão incontestavelmente universal. 

Creio, depois do que disse, que não haverá possibilidade de nenhuma outra opção: ou serei, no próximo século, um crítico literário inteligente, ou você, por outro lado, daqui a um século, não será considerado um poeta. Se não for possível enfrentar esse desafio, sugiro que rasgue tudo que até agora escreveu e desista da vida para entrar em outra encarnação.                          

Ave, poesis!

Sursum corda!

Manhã, quase nevoenta, de ventos gerais, em Fortaleza de Nossa Senhora D'assunção, Setembro de 1994.

Dimas Macedo

William Bouguereau (French, 1825-1905), Mignon Pensive

Rafael, Escola de Atenas, detalhes

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Morte de César, detalhe

 

 

 

 

Elizabeth Mrinheiro


Psi, a Penúltima

Ao lado dos modos do discurso (leia-se modos fundacionais da literatura) estão os gêneros e subgêneros literários, ampliando o espaço  das teorias genelógicas e fragilizando as classificações canônicas. As postulações normativas — penalizadas sobretudo pelas categorias intertextuais — são  destronadas por obras de grande fôlego que vincam a interdiscursividade. 

Soares Feitosa (poeta cearense) confirma esta dimensão pluridiscursiva em sua palimpséstica Psi, a Penúltima, onde se evidencia um mágico trânsito entre as propriedades fono-semânticas/objetuais e as ricas possibilidades de formulação modal que o texto literário realiza. 

Entendemos que, ao intertualizar as mais diversas práticas discursivas, Soares Feitosa protagoniza tensões existenciais e formais. dos procedimentos técnico-formais às unidades de sentido, PSI desenha um pergaminho no qual se cruzam as inscrições provindas da Grécia e do Nordeste. Isto significa que o passado e o presente da História não remetem apenas para as variações triádicas (épico, lírico e dramático) ; referencializam disposição mental das formas simples e exercitam as categorias da eletrônica, envolvendo as entoações modais da memória, do trivial urbano, do universo sacral e da Bíblia. 

Tirésias, Calíope, Bandeira, Pinto do Monteiro. A notícia dos jornais, a BBC, a Rádio Tirana. Lucas e Jó. "Almazona" e "Siarah". As "benças" e as "coalhadas da ceia". Candelabro, Glória, mandacaru, resistência. Enfim, letra a letra — "qwerty" — o poeta vai conduzindo uma "carruagem" polimodal para desembarcar como "pole position" no território dos gêneros e contragêneros. Uma travessia desafiando o Ver o Olhar. Um convite às leituras menos apressadas em nossos Cursos de Pós-Graduação. 

A despretensão de nossas tessituras acolhe este livro enquanto semiose literária com dicção pós-moderna. Não o pós-modernismo folhetinesco, voltado para o happening. Não! Pós-moderno pela instabilidade genológica que a obra afirma.  

Psi, a Penúltima, derruba cânones e estranha o idioma poético. Sem dúvida um espetáculo greco-nordestino. Permanecerá. Tem razão César Leal: "Os críticos competentes irão lembrar de Soares Feitosa no próximo século".

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

 

Raquel Naveira


A poesia de Soares Feitosa mistura símbolos do classicismo greco-romano e do cristianismo, os grandes pilares de toda a poesia de qualidade produzida pela civilização ocidental, notadamente em Portugal e no Brasil, passando por Camões, Fernando Pessoa, Anchieta, Gregório de Matos Guerra aos poetas místicos modernos como Cecília Meireles e Murilo Mendes. Soares Feitosa acrescenta-lhes o telúrico dos jatobás, do Rio Macacos, dos assa-peixes e dos oitis carregados de sol. Tudo com ousadas experimentações de forma. Por isso, sua poesia é humana e vigorosa.

Albert-Joseph Pénot (French, 1870-?), Nude with red flowers in hair

John William Godward (British, 1861-1922),  A Classical Beauty

 

 

 

 

 

 

 

Caravaggio, A incredulidade de São Tomé

 

 

 

 

Neide Archanjo


Receita de Poeta

Ternura, menos cruel que a paixão
Bondade, tão bela quanto a manhã
Consideração, aquela de que São Bernardo fala
Desvelo, de pai, amigo, amante, irmão
Palavra, instrumento que lapida história, 

estórias, faz versos e reversos
Navegação, no céu brilhante do computado

e também no branco da página em branco
Soares Feitosa, Ulisses no sertão!

Neide Archanjo

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

Paulo Bomfim


No cântaro das mãos

 

Trago, no cântaro das mãos,  
 a nuvem de seus poemas.
Você tira da cartola da noite 
estrelas e ritmo apunhalados de surpresa!

Em tamanho garimpar, 
o veio é veia de um sangue cósmico.
Um abraço do irmão em Poesia e 
patrício no País dos Mourões.

Paulo bomfim

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

Moacir Leão


Brasília, 1994

 

Caro poeta e colega:
 
        Recebi teus poemas e fiquei espantado: vi neles o vigor e força só presente nos grandes.

Salieri queixava-se a Deus por lhe ter concedido o dom de distinguir a composição genial daquela apenas boa, sem, contudo, lhe ter dado o talento de compor com a mesma genialidade de Mozart.

Assim, muito mal comparando - eu: não ouso chamar meus rabiscos de poemas, mas como leitor de poesia minha vocação vai um pouco acima da média. Sim, não me engano: és um poeta !

 

Moacir Leão 

 

 

 

 

 

 

 

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Edmilson Caminha


Soares

Grato pela gentileza com que me mandou Psi, a Penúltima, acompanhado da fortuna crítica que já o recomenda como uma das  grandes obras da literatura brasileira contemporânea: a crítica de Wilson Martins vale por um prêmio. A sua poesia é daqueles ventos que, de uma hora para outra, varrem a soalheira em que se prostrar o sertão do Nordeste e fazem girar no olho do redemunho poeiras e folhos, espinhos e gravetos, sopro de vida a reanimar homens e bichos, plantas e coisas. Edmilson Caminha

 Quando a criação literária parece tocar a depressão que anuncia as grandes ondas, eis que surge a voz de um cearense para encher de força e de beleza a nossa poesia. Com Psi, a Penúltima, você alcança por direitos, o seletíssimo grupo em que se encontram Francisco Carvalho, Manoel de Barros e outros grandes nomes do verso brasileiro.

Edmilson Caminha

 

 

 

 

 

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Francisco Brennand


Observações ao estilo de Soares Feitosa 

 
 
“Estou com o século XXI
respirando na minha
nuca.  Preciso me mexer
logo, entende.”
(The Smiths, grupo musical inglês)
 

Ela disse:
que das trevas surgiria
uma mão prateada de um Anjo
  para sustentar a cabeça decepada
da Grande Prostituta Austríaca
(como vociferavam os sans-culottes).
Pobre Rainha tão sábia 
quanto gentil
e inocente Antoinette
ao indagar por que não comiam
bolo, no lugar do pão
que faltava aos desafortunados.
 
Francisco Brennand

Eu não vi.
Mas ela viu,
nos Espaços Estelares.
 

                                     1.  O que não estava presente
                                     2.  nos poemas carcomidos
                                     3.  vivificados agora
                                     4.  pela estrela do computador 
                                     5.  decifra-me ou eu te devoro
                                     6.  Só vemos o que somos
 

Célere levou o “Pimpinela Escarlate”,
pregada no seu colo
a sangrenta cabeça real,
como Mathilde de La Môle
o fizera com a do amante
Julian Sorel, repetindo assim
o antigo fervor religioso
de Margueritte de Valois
pelo amante Boniface de La Môle
decapitado em 1574 
 

                      — Corpo honrado............  Sire!

observou Felipe IV
ao seu confuso ministro Luis de Haro
quando o corpo de Carlos V foi exumado
(um século depois)
no Mosteiro de Yuste.
 

                         Sentia-se no ar
                         a fragância do mirto.
 

                         — Corpo honrado, Dom Luis.
 

                         E o ministro respondeu,
                         com o mesmo laconismo:
 

                         —  Mui honrado, Sire!
 

Aonde não sobram 
nem os dez Justos
¹
de Sodoma
como recorda o
poeta Soares Feitosa,
neste mundo 
da Enola Gay 
entronizada. Finalmente.
 

“Que com os reis esteja a crueldade:
Ela é o anjo que vem antes do mal
e sem o tal arco não me restaria
ponte nenhuma através dos tempos”

                         Assim falou Rilke em
                         O Livro de Horas
 
 

                          Quando Soares Feitosa
                          desvendou o mistério da prematura
                          morte dos jovens
                              (só eles sabem morrer com dignidade
²)
                          

sua voz distanciou-se
                          no prado metálico
                          da velocidade, com
                          a mesma pressa das parábolas
                          do Cristo - na interpretação
                          Mateus & Pasolini.
                          Não tinham tempo a perder.
                          não havia pausa 
                          nem Piedade:
antes configurava-se o Eterno!

 

¹  -  in Format cê dois pontos.
²  -  in Buscando a teoria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Álvaro Pacheco


Meu caro Soares

Femina é um poema antológico!

Com o abraço

Álvaro Pacheco

 

 

 

 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana, detail

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

Titian, Three Ages

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), The Picador

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

Entardecer, foto de Marcus Prado

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Goya, Antonia Zarate, detalhe

 

 

Helena Quental


Rio, 12.08.98

Caro Feitosa

Recebi seu envelope surpresa com a homenagem a Octavio Paz. À altura do grande poeta estão seus poemas, principalmente A carnaubeiras de Catuana. 

Adorei as chagas nos pés de Filoctetes nordestino, do seu poema Nordestes, que São infindáveis; enquanto que as do amigo de Hércules só duraram dez anos. 

Um abraço da desconhecida amiga,

Helena

 

 

 

 

 

 

 

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